sábado, 16 de janeiro de 2016

O adeus dói



Belo pôr do sol chorou...adormeceu
Ao ver sua princesa na dor rendeu
Eram tão felizes, até ciúmes havia
Hoje dói até a alma ao vê-la sofrida

As ondas bravias murmuram a dor
Choram as ondas o suor com furor
 Sua solidão doeu muito no oceano
Ondas devolveram o amor cigano

Risos, choros num abraço apertado
Iemanjá fez a felicidade num plano
Bem mais elevado do que a sua dor

No outro dia, os dois foram à praia
Para ver o pôr do sol dormir na água
Beijos, abraços e flores para Iemanjá


sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

"Feche o bico" ( crônica )




Os bons ensinamentos vêm dos nossos antepassados: pais, avós e com muita sorte bisavós; são inteligências adquiridas num tempo que ,de fato, nunca foi diferente do tempo de hoje.
A inveja e os "amigos" são os vilões do seu insucesso. Saia fora, ouça a voz da sabedoria que não quer que você caia no chão da ignorância. Nos desamores vividos, seja ousado, levanta e corra atrás do seu futuro pois o tempo ainda está a seu favor, diferente do que acontece com os mais velhos, onde as situações muitas vezes se tornam irreversíveis, infelizmente. É bom recomeçar a viver d'outra forma, focando o seu amor intrínseco em alta e saber fechar a boca na hora certa, pois as palavras voam contra você próprio e mesmo sem querer podem até barrar os seus objetivos e ninguém aguenta conviver com um derrotado.
O sábio é silencioso e só mostra a sua sabedoria quando consegue o seu intento e, a partir daí, poderá  propagar o seu modo de viver, pois já é um vitorioso. Assim faziam os grandes homens da história do mundo, um exemplo de sucesso: Marx, seu movimento de ideias fez dele um filósofo da Política:" O homem produz apenas para ter o produto de seu trabalho a fim de trocá-lo por um outro. Graças a roubalheira do comércio, todos acabam se alienando". À partir da ideia de Marx, estamos nos alienando a tudo que nos expõem, desde os jovens com as drogas até os mais velhos com a ganância que os levarão ao fundo do poço.
Daí, será irreversível para ambos, pois pra mancha do passado, ainda não descobriram nenhum antídoto capaz de retirá-la.
Portanto, termino na bela escrita acima da imagem:o que ninguém sabe, ninguém estraga.

 

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Não diga adeus


adeus

Não diga adeus ao meu coração
Ele vive só por você apaixonado
Mas, se fores nem que eu morra
Nunca mais irei de querer a volta

Arrastará seu corpo na areia grossa
Para pagar todo mal que me fizera
Não perdoarei mulher que dizia mô
E por trás traia espetava meu olho

De repente  veio grande tempestade
Fui à praia ouvi choro de desventura
Amparei-a e a levei para nossa casa

Ninguém é perfeito a vida nos ensina
Que os muitos pecados a gente perdoa
Mas nunca abandonamos um amor

 

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

A paixão da lua azul



Estava no volante, de repente perdi a direção e antes de desmaiar vi uma enorme lua azul, apaguei. Acordei numa enfermaria do SUS, nisso estava querendo acordar, quase desmaiei outra vez. O médico tinha os olhos azuis como os meus já murchos pelos meus quase oitenta anos. Pegou-me no colo para levar-me a um quarto. Nisso meu corpo sentiu um enorme desejo por ele e ele por mim.
Colocou-me na cama e disse: já volto. Estava com umas roupas esquisitas e minhas mãos não haviam rugas, então chamei a enfermeira e pedi baixinho: você não tem um espelhinho para me emprestar? Foi buscar e quando vi minha imagem refletida no espelho quase apaguei outra vez. Olhei várias vezes, daí que fui entender aquela louca paixão que sentimos um pelo outro.
O médico chegou perguntei se no acidente tinham achado meus documentos, ele próprio disse que achou todo amassado e foi fazer outros e me entregou: Por que fez isso? Você sabe a minha idade. O médico respondeu: amor não tem idade: amo você jovem e linda e se você envelhecer, mudaremos de lugar e a amarei, cuidarei das suas dores até você morrer e quando você se for irá levar a metade da lua que viu naquele acidente.
Como? perguntei. Ele respondeu: com uma agulha furarei um olho meu para que todos saibam que amor é coisa de pele, de brasas nas entranhas de beijos em qualquer idade e de muita saudade.
N'outro dia ela morreu feliz e amada, ele foi ao velório com um olho vendado chorando como uma criança.

Aviso:
Já que a dor é constante
Quando tomar o remédio "sossega" leão
Eu escrevo alguma coisa.