quarta-feira, 23 de março de 2016

Tolerância Zero para a Política Brasileira



A maioria do povo brasileiro tem medo só de ouvir falar de política, pois para ficar desempregado é num piscar de olhos, um só telefonema, tá na rua vendendo algodão doce para não morrer de fome, mas não perde a sua dignidade.
Por isso eu digo que o melhor caminho ainda é o servidor público, não perde emprego, mas a cada semana o colocam numa sessão para ver se e pede a conta? Pensam que é  o servidor é bobo, pois só sairá se for concursado e será servidor público para ganhar muito bem.Todos sabem que quem terá medo no final do mandato será o mandatário e se esconderá embaixo da saia da mãe, de vergonha.
Portanto, torçam para que o melhor aconteça, do contrário todos iremos descer na mesma correnteza para um buraco sem fim.
Termino no tópico desta: Tolerância Zero para  Política Brasileira.


segunda-feira, 21 de março de 2016

Sátira 1



Precisamos de pouco para ser feliz, ganhei de papai no dia do casamento um pedacinho de terra, um quarto e cozinha e bem lá perto do tanque um banheiro.
Eu como mulher fiquei cuidando da casa, fiz uma horta grande, foi um loteamento que um fazendeiro fez, pois estava "afogado em dívidas" cada um tinha um chiqueiro de porco, como era muito caprichosa ganhei do dono da fazenda água encanada na minha casa, pois era na cabeça que carregava água para molhar a horta.
Aos sábados num terreiro a dança corria solta a noite inteira, levávamos uns quitutes, adorávamos dançar, depois do baile tomávamos banho bem juntinhos. Que delícia!
Nosso avião eram dois cavalos que quando a safra de café era boa, íamos à cidade cantarolando e cavalgando guardar nosso dinheirinho no Banco.
Adorava comer fora, quem é que não gosta, mas tem muita gente que come iguarias caras e nós sentávamos cada um num toco e comia seu prato pronto, os homens tomavam umas cachaças que os ricos têm nojo e nós temos nojo das suas bebidas que pegam fogo, manjaram???
Nós tínhamos vários paraísos fiscais quando íamos passear pela fazenda aos beijos e...(encontrávamos) por muitas vezes, uma bela ninhada. A galinha ficava brava de medo que levássemos os seus pintinhos, ficava arisca, até que com jeitinho meu marido pegava a galinha no colo e eu levantava a saia rodada e colocava os pintinhos para levar para casa. Agora vocês estão pensando besteira, se eu levantava a saia iam ver minhas lindas pernas: erraram, embaixo da saia tinha um saiote de saco bem alvejado e para enfeitá-lo mamãe fazia crochê, ficava lindo.
Agora eu pergunto a "ocês":
Tem gente mais feliz" du qui nóis"? Duvido.


sábado, 19 de março de 2016

Contador de "causos"



Vovô era um homem muito sábio, apesar de não ser muito letrado, aprendeu a ler praticamente sozinho, tamanha era a sua vontade de ser um contador de "causos" e, conseguiu.
Ganhou um caderno velho e grosso do seu compadre e todos os dias, meio que às escondidas no seu quarto com a tramela fechada, escrevia seus "causos" que estavam acumulados em sua mente durante muitos anos.
Um dia seu neto pediu ao seu avô que lhe contasse um "causo".
Tá bom, meu neto, vou contar:
Paulo, um jovem sonhador e com família morta estava à beira de um riacho tentando pescar um bom peixe para o almoço, nisso sua vara tremeu e foi difícil puxar, chegou até entrar  num pedaço do rio. Um enorme peixe falou-lhe para que tirasse a fisga. Sua boca era grande e sangrava, fiquei com medo, pois nunca tinha visto um peixe daquele tamanho. Mas mesmo assim eu retirei.
Ia sair da água de medo quando ele me disse: não vou lhe fazer nenhum mal, você é um jovem de sorte, pois eu fui mandado para encontrar a esmo, mesmo porque não enxergo; um noivo para se casar com uma princesa e se ela gostasse casaria com ele.
Vou abrir a boca, ela está cheia de diamantes, pegue-os troque por dinheiro, compre lindas roupas e um lindo navio.
Ela estará esperando por você no seu castelo, ela é linda e meiga, mas se não gostar dela terá o direito de voltar.
Com o navio em auto-mar, balançando e tão nervoso que estava, então, o capitão tentou tranquilizá-lo: vá dormir um pouco. Quando ele pegou no sono chegou o capitão foi acordá-lo e Paulo comentou: já chegamos.
O castelo era lindo e tudo em volta era enfeitado de rosas vermelhas, uma maravilha. O que foi combinado com o capitão que quando chegasse no castelo teria que beijar a noiva na boca.
A porta se abriu, ele ficou até meio tonto com tanta beleza e era o dia do seu casamento, um vinha de encontro com o outro, Paulo bambeou as pernas, pois a noiva era horrorosa, mas mesmo assim beijou-a na boca, sentiu um hálito tão gostoso que continuou beijando até que alguém deu um toque em seu ombro e, quando Paulo olhou para a noiva desmaiou...logo voltou  a si. A princesa era linda.
O casamento aconteceu com todas as pompas que merecia uma princesa com seu futuro marido o príncipe Paulo.
A felicidade reinou naquele castelo, pois Paulo não era de brincadeira, deveria ser do Brasil, sua princesa tinha um filho por ano.
Aí, o neto perguntou ao seu avô; lá tinha muitas cegonhas?
Ah! Vá brincar pirralho.



quinta-feira, 17 de março de 2016

Diálogo de sobrevivência



fome

Mãe, tô com fome, cadê a comida?
Logo era virá minha filha, temos que ter paciência.
Estou com fome:
Não me enche menina, coma minhoca!
De repente a menina feliz, chega gritando: mãe, achei comida, estava com a boca cheia de minhocas. Coma também, lá tem bastante. A mãe chorou.
No outro dia, pegou sua filha, com uma garrafa d'água e foi caminhando a esmo. De repente, passa por eles um caminhão jogando terra de propósito com seus os pneus, chamando-a de vagabunda e vadia suja e prostituta. Dos seus olhos saíam lágrimas de desespero: que mundo é esse meu Deus!
Mãe, tô com fome, vamos procurar as minhocas.
Entraram num terreiro, cavaram, cavaram e nada de minhocas.
De repente, uma mão branquinha pousava no seu ombro
Era um anjo lindo que nos disse:
Aqui é o Céu
Caminhando viram muitos anjinhos vestidos de brancos com asinhas naturais, a levaram num chafariz deram-lhe um gostoso banho. Após o banho colocaram uma linda túnica branca e nas suas costas nascera um par de asas brancas. Ela perguntou por sua mãe e, nesse instante a mãe vestia uma túnica azul, cabelos bem penteados com flores e todos os dentes na boca.
O anjinho conversou com sua mãe dizendo a ela: aqui não existe fome e as pessoas são puras. Lá na Terra nos prometeram tudo e nada tivemos. Lá têm muitos desempregos, não é mãe? Sim filha. Vá brincar.