domingo, 6 de novembro de 2016

A ventania



Picasso

A ventania chega forte faz estragos
Não perdoa ninguém, nem mulheres 
Nem crianças, adultos e velhos escapam
Todos se escondem embaixo da cama
A cama quebra e pela porta nos leva a alma
O rio transborda leva pedaços de humanos
Que horror! Vamos rezar...Nada adianta
Vemos pessoas pedindo perdão pela traição
Quem diria que aquela tonta da feia Joaquina
Tivesse um amante enquanto seu marido batalhava?
Ninguém conhece o outro, o bizarro goteja lágrimas
Onde estão as crianças? Desceram a correnteza
Lá embaixo anjos lindos foram socorrê-las 
A ventania passou levou nossos sonhos e barracos
Todos amontoados numa escola, ouve-se gemidos
De dores e saudades do que a ventania arrebentou
Barracos e os corpos dos amigos; ouve-se lamentos
A vida é assim para a pobreza mundial, a sofreguidão

Recadinho


Liberei os comentários
Vou tentar voltar aos poucos
Minha caixa de e-mail ficou lotada
Muitas pessoas que não conhecia e nem lia suas línguas
Pedindo para eu postar
Vou tentar, se não aguentar
Fecho o blog para sempre

sábado, 5 de novembro de 2016

Blog parado temporariamente




Meus seguidores e amigos
Tentei seguir nas postagens e já me peguei cochilando em cima do computador
Agradeço de coração suas visitas
Se voltar haverá mudanças radicais nas minhas postagens
Tenho certeza que irão gostar
Obrigada aos muitos países que se achegaram ao meu blog 
E ao meu querido Brasil
Não me abandonem
Que Deus abençoe a todos
Beijos no coração

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Não chores




Não desperdice suas lágrimas por alguém que não a mereça, vá à luta, você é bela e se um sonho se esvai, outro aparecerá para enxugar as suas lágrimas e a fazer feliz.

Um livro para Carla


poesia

Escrevi um livro de poesias só para ti, seria o meu presente de noivado para te agradar e, em três meses nos casaríamos. Meu pai cuidou de tudo: comprou nosso apartamento, mobiliou a seu gosto. Estávamos felizes.
De repente sumiste da minha vida, não tive o prazer de te dar o livro no nosso noivado. Sabe Carla, chorei muito, só fiquei um pouco feliz, pois o livro foi um sucesso, talvez você tenha comprado. Ele ficou lindo, capa azul e um rosto lindo de mulher.
Chegava do trabalho, após me banhar, pegava um drink, deitava na cama para ler o que foi lido muitas vezes. Dos meus olhos jorravam lágrimas de saudades, meu peito doía e um nó na garganta parecia me estrangular. 
Via minha mãe triste, sem saber o que fazer. Nisso toca o telefone, minha mãe gritou da sala: é pra você Jorge. Era Ricardo meu amigo que chegara do exterior e queria me ver, aí ele disse: só que me casei e vou levar minha mulher. Levei um livro para lhe dar de presente a eles.
E tudo combinado, coloquei uma roupa social, peguei meu carro e cheguei ao restaurante antes do casal. Nisso vi Ricardo chegando quando olhei a mulher: estremeci. Era Carla. O que fazer? Minha vontade era de matá-la ali mesmo. Respirei fundo, "calma Marcos".
Ricardo me abraçou forte e me apresentou sua mulher, apertei suas macias mãos e disse: muito prazer Carla. Ricardo estranhou ele saber do nome da sua mulher.
Como sabe o nome da minha esposa?
Eu lhe respondi: uma triste  coincidência, peguei meu livro e dei-lhe de presente a Ricardo, Carla quis pegar o livro eu não deixei, nisso Ricardo já nervoso abriu o pacote e viu um livro um lindo rosto de mulher embaixo escrito: Um livro para Carla, levantei-me sorrateiramente, peguei meu carro e e fui embora. Entrei no quarto vi meu livro aberto e muitos pássaros levando minhas poesias. Fechei os olhos tudo normal. Será que endoideci?
Passado um mês Ricardo veio me visitar em casa, minha mãe o recebeu bem e foi  me chamar no quarto, ele viu que ele estava sozinho. Cadê Carla?
Nos separamos, era uma vadia que queria meu dinheiro, ainda bem que casei-me com separação universal de bens, só levou as roupas e deixei que ela levasse as jóias. Acabou amigo, me abraçou e a noite saímos como antigamente.