poesia
Escrevi um livro de
poesias só para ti, seria o meu presente de noivado para te agradar e, em três
meses nos casaríamos. Meu pai cuidou de tudo: comprou nosso apartamento,
mobiliou a seu gosto. Estávamos felizes.
De
repente sumiste da minha vida, não tive o prazer de te dar o livro no nosso
noivado. Sabe Carla, chorei muito, só fiquei um pouco feliz, pois o livro foi
um sucesso, talvez você tenha comprado. Ele ficou lindo, capa azul e um rosto
lindo de mulher.
Chegava
do trabalho, após me banhar, pegava um drink, deitava na cama para ler o que
foi lido muitas vezes. Dos meus olhos jorravam lágrimas de saudades, meu peito
doía e um nó na garganta parecia me estrangular.
Via
minha mãe triste, sem saber o que fazer. Nisso toca o telefone, minha mãe
gritou da sala: é pra você Jorge. Era Ricardo meu amigo que chegara do exterior
e queria me ver, aí ele disse: só que me casei e vou levar minha mulher. Levei
um livro para lhe dar de presente a eles.
E
tudo combinado, coloquei uma roupa social, peguei meu carro e cheguei ao
restaurante antes do casal. Nisso vi Ricardo chegando quando olhei a mulher:
estremeci. Era Carla. O que fazer? Minha vontade era de matá-la ali mesmo.
Respirei fundo, "calma Marcos".
Ricardo
me abraçou forte e me apresentou sua mulher, apertei suas macias mãos e disse:
muito prazer Carla. Ricardo estranhou ele saber do nome da sua mulher.
Como
sabe o nome da minha esposa?
Eu
lhe respondi: uma triste coincidência, peguei meu livro e dei-lhe de
presente a Ricardo, Carla quis pegar o livro eu não deixei, nisso Ricardo já
nervoso abriu o pacote e viu um livro um lindo rosto de mulher embaixo escrito:
Um livro para Carla, levantei-me sorrateiramente, peguei meu carro e e fui
embora. Entrei no quarto vi meu livro aberto e muitos pássaros levando minhas
poesias. Fechei os olhos tudo normal. Será que endoideci?
Passado
um mês Ricardo veio me visitar em casa, minha mãe o recebeu bem e foi me chamar no quarto, ele viu que ele estava sozinho. Cadê Carla?
Nos
separamos, era uma vadia que queria meu dinheiro, ainda bem que casei-me com
separação universal de bens, só levou as roupas e deixei que ela levasse as
jóias. Acabou amigo, me abraçou e a noite saímos como antigamente.
Que história emocionante Dorli!
ResponderExcluirA sua capacidade é incrível em escrever.
O que achei mais interessante é que no fim,Ricardo e Jorge não ficaram inimigos e sim continuaram sendo amigos como antes.
Adorei.
Bjs-Carmen Lúcia.