Andando à procura
do nada encontro uma praia vazia, sentei nas suas areias e ouvia os
murmúrios de todas as maravilhas que Deus nos deu e, eu aqui desolado devido a
um pequeno problema familiar, fugi de casa.
Anoiteceu.
Uma brisa suave
batia meu rosto e o coqueiros balançavam suas copas, as borbulhas branquinhas
das ondas do mar, a Lua e as nuvens no alto do céu clareia um pouco as nuvens e
meu pensamento.
Adormeci.
Sonhei com mamãe
chorando e papai a minha procura enlouquecido. Por que fugi do nada? Acordei,
tudo estava no mesmo lugar, a Lua estava quase no seu adormecer dando lugar
a uns raios de sol que batia meu rosto. Chorei de saudades.
Tal como o menino
pródigo, volto o caminho de casa, passo numa bica lavo meu rosto, tomo um
pingado com pão manteiga na chapa, coloco a mochila nas costas e rumo à
felicidade do meu lar.
Estou andando no
acostamento da pista, nisso sinto um carro quase às minhas costas e ela gritou:
Amor, vim buscá-lo.
Era a minha noiva,
mulher que amo, ela me abraçou, deu-me um beijo interminável e disse: suba no carro
rumo a nossa felicidade.
Chegamos: mamãe
estava a minha espera, abracei-a e lhe pedi perdão, aí perguntei por papai, ela
entristecida me disse: desde que saiu de casa entrou em depressão. Saí correndo,
adentrei o quarto de papai, peguei em suas mãos enrugadas e pedi-lhe perdão,
nada falou, mas senti sua mão na minha quentinha e beijei seu rosto.
No outro dia vi
papai no galinheiro jogando milho para as galinhas, chorei. Quase matei
papai.