segunda-feira, 28 de agosto de 2017

"Sentir a vida"





Aqui só, sentada nessa cadeira não me entristeço, pois a vida me foi camarada. Moro numa casa enorme  cheia de crianças, é o orfanato que meu companheiro comprou cinco meses antes de morrer.
Não tive filhos, mas adotei duas meninas lindas para que eu pudesse sentir a vida quando ficasse sozinha. As duas se casaram e tiveram dois filhos cada. São lindos, estudiosos e antes de ir  à escola os quatros vêm me abraçar e beijar. Hoje, todos moram comigo.
Aqui onde estou sentada é o único lugar tranquilo que achei no orfanato para namorar meu falecido, não estou louca não, pois aqui sinto o seu cheiro e sinto a vida mais tranquila. 
Às vezes me chateio de cá ficar vou junto as crianças que me chamam de vó, "puxa vida", como é bom ter a companhia delas.
Sentir a vida é viver o hoje com a tempestuosidade dessas maravilhosas crianças sentadas ao meu redor pedindo que eu conte lindas histórias e conto. Agora com mais tempo ouço o cantar dos passarinhos que fazem ninhos nas enormes árvores.
Nesse orfanato tem de tudo: professores bem pagos e todos os serviçais.
Adoro quando vejo aquelas crianças se jogando do trampolim sempre monitoradas por dois professores e elas gritam: vem vó nadar...Eu rio a ingenuidade, não que não saiba, mas recordo quando a noite eu nadava com meu amor e ele sempre me dizia: você é minha vida e nos abraçávamos e namorávamos um pouquinho.
Bem, está na hora de me banhar numa enorme banheira com águas sulfurosas, depois de me vestir vou a uma grande sala tomar uma gostosa sopinha, conversar na varanda com filhas, genros e mais tarde  adentrar meu quarto, agradecer a Deus a vida feliz que me deu.

Esta postagem é para a minha amiga do coração Ivone
Se quiser postar no seu blog fique a vontade
Obrigada
Dorli

domingo, 27 de agosto de 2017

Meu almoço de aniversário ( Feito por mim )




minhas artes




Não sobra nada

Cristovam

Antonio(marido)

Cristovam(filho)

Lua Singular

Bom domingo a todos
Beijos

sábado, 26 de agosto de 2017

Hoje é meu aniversário!





Lua
Singular




 Não são todos os dias que fazemos setenta anos: (ai), já estou no "bico do urubu", mas com a certeza que Deus haverá de me deixar com o raciocínio bom até a morte para não tentarem me fazer de boba.
Eu "durmo" com os livros, pois o meu maior medo é ter a doença de Alzheimer.
Trabalhei quarenta anos, gostava do que fazia e ainda dava aulas de física em casa. Adoro física que aprendi sozinha, mas minha vida não foi só trabalho: dancei muito, namorei, viajei. O tempo foi passando, morava perto da praia era só descer a serra, não gostava das águas furiosas, à noite tinha medo do marulho das ondas.
Depois perdi meu marido para morte( maldito cigarro e jogo), fiquei com meu filho de dois anos. A vida continuou nessa cidade grande que morava, mas quis criar meu filho correndo pelos prados e fazendas chegando em casa todo sujo. Criança tem que viver o seu tempo maravilhoso, voltei para o interior, tinha apenas trinta e sete anos, meu garoto nunca falou do pai. É assim até hoje, somos dois opostos, eu extrovertida e ele introvertido.( Como dizem: cada um é de um jeito).
Os anos escorregavam, a solidão batia meu corpo foi onde escolhi Antonio para me casar, um homem carinhoso, companheiro e amigo de todas as horas. Chora minhas dores quando elas resolvem me enlouquecer, mas os remédios, apesar de caros amenizam a agonia.
Gosto de gente, mas têm muitas que não gostam de mim(Mas eu tenho equilíbrio emocional). Eu vivo sem fazer alarde e nunca me altero e nem zombo de ninguém. Sou agraciada com muita sorte.
Trocando em miúdos, apesar dos percalços eu fui e sou uma mulher feliz, amada e bem estabilizada na vida, não esqueçam que muito trabalhei para isso.
A gente colhe o que planta... 
Domingo posto umas fotos do meu almoço, adoro cozinhar

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

"Os animais na vida das crianças"



criança/animais

É de real importância que as crianças desde a mais tenra idade tenham seus bichinhos de estimação, elas sentem que os bichinhos as amam muito e entre as crianças e o animais há uma empatia muito saudável, elas querem dar banhos, passar talquinho. Ah! os animaizinhos ficam todos borrados de branco de tanto talco.
Elas brincam no quintal da casa e se as mamães trouxerem os lanchinhos para elas têm que trazer para os animaizinhos, todos têm que mastigar.
À tarde vão assistir televisão, as mães já deixam na sala um tapetão velho e umas almofadas surradas e num dado momento todos dormem juntinhos no tapete, assistindo desenho na televisão.
Felizes as crianças que têm seus animaizinhos de estimação, os seus verdadeiros amigos, pois quando crescerem virão as decepções e muitas lágrimas.
Quando a criança adoece os animais também, as crianças têm que saber que seus bichinhos têm carteirinha de vacinação, terão que ir a veterinários para prevenir e cuidar de suas saúdes.
Então, as mães pegam aqueles carros velhos que ninguém quer dirigir coloca seus filhos e a cachorrada toda, põe em segurança seus pequenos e a cachorrada a latir rumo ao veterinário.
Dói muito quando os cachorros envelhecem e vão morrendo um de cada vez e, a cada morte uma dor nas crianças até que todos morrem.
Devido a dor das perdas, já com seus treze a quinze anos, tendo que sair para à escola resolvem não sofrerem mais e elas em comum acordo decidem não terem mais nenhum bichinho de estimação, pois os estudos serão acirrados e eles terão que ficar ao deus-dará. É triste.
O tempo de criança passa rápido demais e a dos animaizinhos também. Quiçá quando aposentados possam novamente ter outros bichinhos de estimação. Seria uma bela companhia.

Essa postagem é para minha amiga do coração Verena.
Faça o  que quiser com ela.
Beijos
Dorli