Era uma estudante peralta com meus dezesseis anos quando te conheci. Tu transformaste minha vida, comecei a amar-te. Não conhecia o amor e quando beijou meus lábios pela primeira vez, estremeci. Meu coração ficou acelerado e com teus leves carinhos fui voltando ao normal.
Um dia meu coração sangrou, Tu pilotavas um avião, ele explodiu no ar. Meu coração ficou sangrando de dor e até hoje sinto saudades tuas.
Sabia que a vida tinha que continuar, mas a cada dia que passa tu permeias minha vida. Ninguém tomou o teu lugar, morri contigo enclausurei-me dentro do meu próprio eu. Formei-me em enfermagem para ajudar quem sofre a dor da carne, não sei o que é pior das dores, talvez sejas a saudades que tenho de ti.
A minha vida entreguei a ti, olho o teu lindo retrato e as lágrimas teimam em cair, as deixo cair para aliviar um pouco a dor da perda.
Nunca mais amei ninguém, bem que tentei namorar outra pessoa, se o deixava me beijar imaginavas tu acariciando meus lábios. Acordava do devaneio e numa conversa séria desistia do namoro.
Se foste tu que me beijavas seria bem longo, pois tu foste meu primeiro e único amor. Nunca te esqueci.
Hoje, já bem velhinha, releio tuas cartas de amor amareladas pelo tempo, consigo sentir o teu cheiro o sabor dos teus beijos.
Tínhamos planos para o nosso casamento, meu enxoval já estava pronto, mas o destino não quis, mas no meu quarto converso contigo e sei que logo irei te encontrar em algum lugar e como duas almas de mãos dadas andaremos por entre nuvens.
De repente acordo das minhas ilusões, está na hora do jantar. Moro com uma irmã que não deixou que eu fosse para uma casa de abrigo.
Mas não dou trabalho, acredito que morrerei dormindo e lá nas nuvens ele estará a minha espera.