quinta-feira, 30 de novembro de 2017

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quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Sem título




A vida nos surpreende por ser vivida de encontros e desencontros e a nossa última amiga, a morte. Como tratar com ela? Não sei, talvez deixemos a amnésia tomar conta dela, quebrarmos os espelhos que outrora permeava nossa casa.
O ser humano é discriminativo, capaz de perder tempo em contar as rugas que sua companheira tem, esquece ele que ela já o fez primeiro. Essa é boa, que tal juntarmos todas as rugas e formarmos um rio de saudades gostosas que dará para escrevermos um livro que ficará de exemplo aos nossos netos?
O passeio, de repente chove e ela diz: as enxurradas parecem nossas rugas, que tal lavarmos os rostos daí elas levariam nossas rugas ao rio. É você tem razão, mas primeiro eu vou lavar o seu rosto para ver o que acontece, depois na próxima chuva você lava o meu. Bobinha ela?
Ela sentou na calçada e deixou ele borrar seu rosto da água da enxurrada, mas num ímpeto fez com seu velho a mesma coisa e como presente ganhou uma cueca na cabeça. Pareciam dois palhacinhos sem circo.
Chegando em sua casa correram ao banheiro, ele entrou primeiro e lhe disse: espere fora... Assim ela o fez, tomou banho e qual não foi sua surpresa, após se enxugar olhou no espelho quase desmaiou, mais parecia o Tony Curtis.
Saindo do banheiro ela ficou pasma ao ver tanta beleza, correu ao banheiro para tomar seu banho, queria ver em que iria se transformar: Depois de se enxugar olhou no espelho era a Gina Lollobrigida. Os dois se abraçaram e na hora do beijo era gosto de enxurrada, correram para o espelho quase desmaiaram, as rugas sentiram saudades,
Vamos aproveitar a vida, pois ela não tem retrocesso.

terça-feira, 28 de novembro de 2017

Ouço tua voz




Dói meu peito de saudades de ti, ouço tua voz suave que me persegue onde eu vou. Não quero ouvir-te, quero poder beijar-te e matar todas as saudades de ti.
Relembro os dias, quando vivo nossas noites de amor. Creia, foram inesquecíveis, meu coração sangra com a tua ausência pela enorme casa.
Já com um ano casado, tu dormiste no volante e acordou no céu deixando meu coração estatelado de dor. Minhas noites são mal dormidas, sonho contigo e ao acordar estou péssima, mas tenho que continuar minha vida, o trabalho me espera.
Ainda bem que trabalho no meio de muitas pessoas, sou aeromoça e tenho que ter sempre um sorriso nos lábios e um servir impecável. Não tenho medo da morte no ar, assim estarei mais pertinho de ti,
Não consigo amar mais ninguém, tu serás o único homem da minha vida.
O tempo passou, peguei férias e sozinha fui me distrair em Guarujá e nisso uma prancha veio em minha direção como um raio, rolei na praia numa velocidade incrível. Foi tu amor que não queria minha morte? O que estava preparando para mim? Vi apenas seu rosto e sumiu.
Eu e mais duas amigas aeromoças fomos jantar no restaurante e nisso vi o um rosto de um rapaz familiar, mas não sabia quem era. Ele se aproximou e disse que tinha sido eu que havia salvo sua vida no Guarujá e quando quis saber de mim não te encontrei mais. Eu ruborizei.
Quer jantar? Disse por educação e ele aceitou e foi um papo gostoso entre nós quatro. Qual é o seu nome? Gabriela. Casada? Não, viúva. Ó Desculpa mexer na sua ferida. Não ha de quê, quem sabe um dia ela cicatrize disse ele. Eu novamente me desconcertei.
Para onde você vai? Disse eu. Vou até Paris a negócio, mas em três dias estarei de volta. Que bom!
Deve ter uma mulher a tua espera, filhos te a acariciá-los chamando-te de papai. Não Gabriela e não há um dia sequer que eu me esqueço de ti. Eu me apaixonei por você.
O tempo passou, se casaram, têm três filhos e quando ela faz longas viagens ele fica com as crianças.
Os dois pegaram férias juntos e foram levar as crianças para a Disney, onde se divertiram muito e, a noite ela debruça na janela do seu apartamento e uma estrela começa a brilhar muito e ela diz baixinho: és tu amor, obrigada pela vida que me proporcionou, Ela piscou e apagou.

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Bruma



Nasci numa ilha onde o Sol vinha fraco, morávamos em duas famílias, a neblina doía os ossos de frio, corríamos para nos aquecer, mas não havida jeito, a bruma parecia trincar nossos ossos, então, corríamos para casa o fogão a lenha que aquecia o ambiente.
Bem agasalhados ficávamos perto do fogão a lenha, mamãe cozinhava batata doce e todas nós crianças das duas famílias comíamos e cantávamos.
Depois já aquecidos íamos brincar perto do mar. Ah! que vontade dava em nós de nadarmos, mas a água congelaria até os nossos ossos.
De repente, o Sol estava querendo dormir e tratamos de voltar para casa, mas a neblina estava forte, demos as mãos e eu que era mais arrojada fui puxando a meninada, pois sabia o caminho de cor. Quando vi uma fumaça mais forte que as brumas disse aos amigos. Sinta o cheirinho de batata doce cozida. Todos sorriram, ninguém enxergava nada íamos pelo cheiro.
A fumaça da chaminé ardia nossas narinas e olhos, abaixamos a cabeça e vagarosamente chegamos. Nossos pais já iam sair a nossa procura e ficaram felizes ao nos vermos.
Um dia, nossos pais resolveram se mudar dessa ilha de bruma, pois nem peixe podíamos pescar e quem os enxergava?
Chegamos na nova cidade bem longe da ilha de Bruma e fomos morar numa cidade quente, alugamos duas casas e os pais foram a busca de trabalho e nós fomos à escola aprender a ler e escrever. A professora era um anjo.
Que bom poder brincar nas ruas da cidade, correr nas praças arborizadas e conforme íamos crescendo, estudávamos à noite e durante o dia trabalhávamos de caixeiros nas vendas.
Fomos crescendo, mas em mim às vezes "batia" uma saudade daquele nevoeiro da ilha.
Mas esse capítulo ficou para traz....