segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Minha beleza



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Minha beleza juvenil dava inveja
A muitas jovens da vizinhança 
Ela me incomodava, ficava só 
Ninguém queria ser minha amiga

O tempo passa a beleza evapora
Os rapazes me  jogavam olhares
Não dava bola eu queria ser feia
 Além de bela era muito inteligente 

 Namorava um jovem bem magrelo
Passeávamos no jardim e riam de mim
Tão bela com esse rapaz magricela
 Amor é infinito, beleza é passageira

Afeição não tem rosto nem beleza
 O que se perpetua são as atitudes
Que serão lembradas pela sociedade
 Beleza morre resta os bons feitos

 


domingo, 26 de agosto de 2018

O meu aniversário





Eu faço aniversário
Quem ganha o presente
São vocês



No limiar da minha demência
Desvairado fiquei ao vê-la
Tão linda, olhos penetrantes
 Meus devaneios desmiolaram

Meu corpo ferveu de loucuras mil
Vou desenrolar essa longa trança
Beijar cada fio dos seus negros cabelos
Jogá-la no chão e beber sua paixão

Desnudou-se de todo brilho artificial
E na nossa insipiência nos amamos
Nesse desatino amei seu disparate
De trejeitos de bela mulher aloucada

Nesse contra-senso de irreflexão
O despropósito tomou conta de nós
 Nessa alucinação de doidices obcecadas
Juntos vivemos a insanidade do amor