segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Em tempos de outrora




a mente é maravilhosa


Felizes eram os povos que ainda não conheciam o dinheiro, tudo era feito na base da barganha: galinha por metade de um porquinho, ovos por verduras, abacaxi por abacate, etc. Eram felizes e não sabiam.
O dinheiro veio para amaldiçoar a humanidade, uns sobrepondo o outro; as pessoas eram frias e calculistas só falando nesse maldito dinheiro que esqueceram até de Deus. Lúcifer veio para levar a maior quantidade de almas para o inferno e muitos faziam um pacto: a troca da alma pelo dinheiro, aí muitas pessoas enriqueceram e os que acreditavam em Deus, oravam mesmo sabendo que nada tinham eram escravos ganhando um pouco de comida e uns trocados.(em grãos).
Depois cada família tinha seu pedaço de terra e trabalhavam para si tinham suas casinhas simples  e um grande quintal e tudo que nele plantava dava: eram verduras, legumes, muitas frutas, galinheiro com galinha poedeiras, tinham uma vaca para dar o leite que faziam queijos para vender e das jabuticabas saíam os licores fortes.
Agora cada família trabalhava para si, vendia o que produzia e entre vizinhos havia a troca. Eram felizes.
À noite com um lampião em frente a casa, enquanto os vizinhos jogavam conversa fora, as crianças brincavam de corridas de saco, levavam cada tombo onde todos riam, pois o licor de jabuticaba já subiam na cabeça mais dos homens que com seus violões tocavam moda de viola, os meninos batiam uma bolinha e ralavam os joelhos na queda, todos riam e ninguém ligava. Era a felicidade do pobre.
Algumas meninas mais quietinhas brincavam com boneca de pano e rodeavam suas mães e, sentadas no chão para ouvir estórias de Lampião e do Saci Pererê. Iam dormir.
De madrugada o galo cantava para acordar seus donos para recomeçarem  a labuta.
Hoje o maior vício da humanidade é o acúmulo de riquezas, viagens, bons restaurantes com iguarias caríssimas, sabendo que os pobres sofrem a maior violência de quase não terem o que comer.
Que Mundo é esse, onde a discrepância assola a humanidade, mas logo o Diabo virá sorrir os milionários. 
O dinheiro é a desgraça de muita gente. Se liga pessoal! 

sábado, 3 de novembro de 2018

Me chame de você





Me chame de você
Não me chame de minha vida
Não me chame de querida
Mas sempre me chame de você

Você me atrai, me ama?
Eu amo a nossa vida
Pois nos unimos ao amor
 Me chame de você

Me chame de você
Não me chame de  mulher
Você que é meu amante
Eu viverei pra você 

Me chame de você
Não me chame de dondoca
Sou sua mulher amada
Amo demais você

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Finados




Finados é o dia dos mortos? Pra mim não
Eu perdi pai e mãe
Pegaram um avião que ainda está em escalas
Eu não pude ir tinha filho e marido
Morre-se de saudades?
Sim
Mamãe morreu
Dez dia após morte dela ele foi encontrá-la
Doeu em mim, no meu marido e no meu filho
Esquecê-los?
Impossível, o amor não deixa
A saudade corrói o coração
Garganta dói, é o choro embutido
Não quero chorá-los
Estão juntos e eu?
Só tenho uma certeza, logo estarei com eles
Contestar Deus? Nunca
É o ciclo da vida



domingo, 28 de outubro de 2018

Sutileza





A leveza da sua alma a faz mui tênue
Sonha de olhos fechados o amor
É linda, esculpida com muito clamor
O sol sorri e aquece sua fina pele

Quem vê tamanha beleza e sutileza
Sente o forte primor na profissão
É aquela que cuida de bebê e acalenta
Pega a morte com sofreguidão

Lágrimas caem no rosto da morte
A dor da perda amarga a vida
Vem outro dia, a labuta, vê a sorte
Salva um bebê vem a felicidade

Chega domingo conhece um amor
Lindo jovem médico geriatra
É a sutileza com imenso valor
Que selam a união que idolatra