sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Viver no campo


jacheguei.com                    



Como é bom viver na roça é só natureza
Numa bela casinha bem simples 
  Acordar na madrugada sorrir às flores
 O sereno vem molhar meu rosto
Andar pelo campo verdinho e silencio
Para ouvir o canto dos pássaros
Nessa madrugada fria
                        Coração se alegrar no   alvorecer  
Sento na varanda da casa
Agradeço a minha vida simples
A saúde do corpo e alma
Da chuva que molha a terra
Onde brota a fartura
Filhos à brincar no campo
Nesse lindo e simples lugar
Mora a tal felicidade
Minha linda e saudável família
Obrigada meu Deus
Por mais um dia


quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Por que a morte?




contioutra.com


A morte é um caminho sem volta, de que vale tanta riqueza, tanta ganância se lá numa esquina qualquer nos deparamos com ela? Pra ela não tem dinheiro que a corrompe, nem choro, nem lágrimas, só uma triste escuridão até o fim dos tempos.


quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Criança de rua



odonocuida.pt


Por que meu Deus...
Há tantas crianças sem lar?
E outras têm lar, amor e aconchego?
Pra mim são anjinhos dos céus

Por que meu Deus... 
Os animais são amantes deles?
Dão amor e carinho e vice/versa
Mas elas sentem falta dos pais

Por que meu Deus... 
Dessa discrepância pobre/rico
Quem sofre são as crianças
Qual é a culpa delas?

Por que meu Deus...
Elas pagam o abandono pelo erro dos pais
Crianças abandonadas também querem amor
Elas os têm dos animais abandonados
                                                
 



terça-feira, 22 de janeiro de 2019

A capa



pt.wikipedia.org
No chão da infância vou encontrar
todos os objetos que perdi:
a capa azul, o livro de gravuras,
o retrato do irmão morto 
e tua boca fria, tua boca fria.

Minha capa azul, no chão da infância,
cobre os objetos e alucinações.
É uma capa azul, de um azul profundo
que em tempo algum será encontrado.
Azul como este não existe mais.
E a todos vocês que são puros ou relapsos,
virgens no inverno e repulsivos no verão,
faço meu pedido de um azul profundo:
cubram-me com esta capa no dia em que eu morrer.

Quando eu estiver morrendo, podem ter certeza,
uma capa azul, de um azul profundo,
envolverá meu corpo da cabeça aos pés.

Antologia Poética
de
Lêdo Ivo