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Conheci Vera desde pequenina, fomos
criadas praticamente juntas. Morávamos na mesma rua numa pequena cidade do
interior. Vera era triste e aos cinquenta anos morreu solteira, mas ficou de
cama e entregou a mim seu diário.
Por que eu, perguntei a ela? Ela
respondeu: você é minha melhor amiga, depois que morrer pode lê-lo, então
comecei a chorar, passei a mão no seu rosto, nos seus curtos cabelos e, saí
gotejando lágrimas doídas.
Um mês depois ela morreu, estava
linda no caixão e, o que me chamou a atenção foi um senhor que chorava
copiosamente, sentei-me perto dele, então comecei a conversar o porquê de
tantas lágrimas e ele me disse: eu amava essa mulher, mas era pobre e seus pais
não permitiram.
Nunca me casei com ninguém, pois
Vera sempre foi o amor que não pude ter na minha vida, hoje os pais choram.
Alguém que está lendo esse conto poderá me dizer do que ela morreu? Aí, eu
disse: eu sei, mas irei guardar esse segredo para toda minha vida.
Você veio de carro? Sim. Então vamos
até lá que vou lhe entregar o diário de Vera, quem sabe você alivia seu
coração. Assim o fiz.
Depois do enterro me agradeceu pegou
o carro e sumiu...
Passado dois anos ele me ligou e
disse: obrigada, sou o homem mais feliz da face da Terra, pois ela me amou por
toda sua vida.
Vera morreu de amor, lindos escritos
no seu diário que dei para o seu amado.
A vida nunca foi "um mar de
rosas", muitas vezes os espinhos são as marcas de um amor impossível, tudo
escrito num diário.