terça-feira, 7 de janeiro de 2020

O silêncio do amor



dilene gomes.blogspot.com

Tanto tempo se passou do nosso último encontro, um forte abraço e um beijo interminável e se foi a passos curtos pensando não sei o quê e nem olhou pra trás, fiquei meio atordoada sem saber o porquê, nada disse, mas vi seus olhos marejados e, ali como que anestesiada fiquei até dobrar a esquina, aí não contive minhas lágrimas que debulhavam.
O tempo passou, eu sem saber o que fazer contei aos meus pais, mas nada disseram e continuei a estudar, entrei na Faculdade de Medicina, nunca quis saber de namorar, "comia" livros para me destacar e talvez esquecer Jaime, o amor que jamais esqueci, mas algo vinha à minha mente que um dia ele voltaria, quem sabe, pois não dei motivo algum para me deixar.
Assim os anos foram passando, já formada, fiz residência num hospital da cidade, enquanto papai já velhinho quis me dar de presente um lindo consultório, especializei-me em cardiologia.
Sempre fui muito quieta e educada, talvez, um dos motivos que a inveja permeava minha vida já "sofrida". Não me importava.Papai morreu e um ano depois mamãe foi reencontrá-lo nos céus.
Nunca mais amei ninguém, pois tinha a esperança de reencontrá-lo, nem que fosse só uma vez, abraçá-lo forte para matar as saudades que eram muitas. Nunca mais amei ninguém.
Fiquei só naquela imensa casa e quando não tinha plantão, ouvia músicas que juntos há tempos sonhávamos com um lindo casamento e filhos.
O tempo malvado, já com meus cinquenta anos, ainda bela, mas com a tristeza estampada no rosto quando bateram à minha porta, estremeci, fiquei gelada e meu coração batia mais forte que meu relógio. Ainda bonito Eduardo olhou para mim e disse: Miriam eu nunca a esqueci. Eu também, sofremos tanto tempo...
Sentamos no sofá, ele olhou pra mim e disse: nunca tive outra mulher, pois fui diagnosticado que era portador de um câncer na espinha e não tive coragem de lhe dizer, mas felizmente, apesar de ter feito outra loucura disse ao médico: pode me operar, se puder andar vou tentar reencontrar a mulher que abandonei para que ela não sofresse o meu infortúnio. Operei a dois anos e vim tentar a sorte de reencontrar o meu amor e por felicidade encontrei-a só, imaginava que havia se casado. 
Não, eu disse quando um amor é verdadeiro, a gente não esquece.
Ainda quer se casar comigo? Dei-lhe um beijo demorado em resposta. Ele queria ir ao hotel, eu pedi que ficasse comigo até que nos casarmos. Meu Deus! Valeu a pena esperar por um amor desse que hoje não existe mais.
Nos casamos(a igreja estava linda e muitos convidados, o bifê foi dos melhores e os dois bons músicos da cidade) e esperamos ter muita vida para curtirmos nossa união com muito amor.
Ele era dentista que logo montou um belo consultório dentário eu ao lado montei um consultório médico e fazia plantão no hospital da minha cidade.

sábado, 4 de janeiro de 2020

Soneto Monostrófico






O homem é maldoso e calculista
 Quer abarcar o Mundo sozinho
 Mas solidão o matará  na praia
 É egoísta e irá morrer desvalido

Ninguém é tão forte em viver só
No começo curte a vida na areia
Surfa as ondas "morre" na praia
Acorda desesperado em sua casa

Numa cama com lençol rasgado
E sua mulher gritando ô ocioso
Chora sua vida, hoje doente, só 

Chora a vida sem a perspectiva
Sem estudo, doente, sem a vida
De outrora chora mão na terra 
crédito da imagem: Google

quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

Amigos



Desculpem amigos
Não sei o que fiz
com as postagens ABAIXO.
Me perdoem