Tumbir
Saí caminhando a esmo, quando percebi estava num campo de rosas vermelhas. Começou a chover e as gotas de chuva se misturavam com minhas lágrimas, pois com meu coração dilacerado e desiludido por amar tanto alguém que sem que eu percebesse enfiava pausadamente uma flecha invisível no meu coração, causando-me uma dor terrível do abandono. Sempre me dizia que era mulher total e me amaria para sempre.
Agora eu percebo aqui, onde me encontro, que nesse lamaçal onde piso é o lugar mais limpo de toda a minha vida, pois aqui encontro paz, converso , em meio a solidão, com as rosas e passo raspando entre espinhos que roçam minha pele como se fossem de algodão, então, eu percebi tardiamente que o homem, quase na sua totalidade é insatisfeito, egoísta e muitas vezes não consegue amar nem a si próprio.
Voltando ao jardim de rosas vermelhas, meu pranto era sufocado com o nascer d'uma pequenina rosa que aos poucos ia crescendo e ofuscando meus olhos pelo seu brilho encantador. Sorriu para mim, um sorriso maroto mostrando-me lindas pérolas, daí entendi que são nas pequeninas coisas que encontramos lindos momentos felizes, não precisava me embelezar para esperar meu amor, que sem piedade me trocou por outra e ainda riu do meu sofrer, foi aí que a rosa bebê ensinou-me uma bela lição: que temos que nos gostar mais de nós mesmos para que tal sofrimento não se torne mais tarde uma triste desilusão.
Conversamos muito, ela era uma criança mas me dizia: eu tenho vida curta de grande esplendor, daqui a pouco chegam os homens e, sem piedade nos cortam para nos vender em qualquer lugar e, enquanto viçosas vêm nos borrifar com águas frias que às vezes pensamos ser gotículas de orvalho, mas que nada e não demora muito somos jogadas no lixo sem piedade e, eu lhe pergunto garota: você é linda, inteligente, perfeita, sabe andar com seus próprios pés e vem aqui se lamentar? Você pode reconstruir sua vida com outro rapaz que irá lhe fazer muito feliz e nós? Não nos dão tempo para sermos um pouquinho felizes aqui nesse nosso habitat. Acorda menina, corra atrás dos seus objetivos, não deixe que a apatia de uma separação a faça uma jovem amarga e infeliz. Corra, o tempo urge e a hora não espera.
Tumbir
OI DORLI!
ResponderExcluirUM TEXTO BASTANTE REAL.
MUITAS VEZES, NÃO NOS DAMOS CONTA DO QUEANTO IMPORTANTES SOMOS E DEIXAMOS QUE OUTROS NOS DERRUBEM...
ABRÇS
zilanicelia.blogspot.com.br/
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Olá Lua,
ResponderExcluirConcordo, um texto bem envolvente, no fim temos levantar a poeira e dar a volta por cima.
Procurei o poema que fez para seu ái mas não encontrei, se puder deixe o link no meu blog, será um prazer lê-la.
BJos
Oi Dorli,o tempo voa e se não aproveitarmos,mesmo que seja nas pequenas coisas,será tarde demais.
ResponderExcluirLindo conto.
Bjs-Carmen Lúcia.