sexta-feira, 22 de junho de 2012

Amor cigano


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Amor cigano não tem fronteiras
 Nem correntes, é livre como um pássaro
 Voando em bando a reluzir seu esplendor...
Tem colorido, tem miçangas, tem brilho
 E um vulcão em forma d'uma paixão

Não tem residência fixa, nada o prende
 Mas, quando uma paixão tende a morrer
Outra aparece com mais êxtase e rubor
É como fosse uma fornalha mais ardente

Esse amor cigano que muito nos atrai...
 Todos temos pouco, ou muito dentro de si
Adormecido, talvez, por vergonha boba
 Da sociedade que não está nem aí com você
Dê um basta a tal sociedade fingida e puritana


 Vamos viver a vida cada um com muito ardor
Brilhando a todo instante e a  cada minuto
Com amor e um belo rebolado de paixão
Sempre a sorrir, a dançar e a brilhar

Nunca se esqueçam, num estalar de dedos
 A vida passará e ficará gostosa saudade
 De quem soube viver com loucura de amor
Deixando de herança para os seus filhos: 


A magia do encanto, da liberdade, do vermelho
 Como o forte colorido das deslumbrante rosas
 Que é sangue, faz brotar beijos intermináveis
Que acorde o amor cigano dentro de nós!

É, mas esse amor tem que se alimentar bem
Esse alimento vem da terra, dos artesanatos
Pois, amor cigano não se prende a lugares
E muito menos à frente d'uma escrivaninha


Amor cigano não é fantasia, é só ir buscá-lo
Dentro de si: solto, livre como os pássaros
 Vive o hoje com doçura e tanta imensidão
Como se nunca houvesse o triste amanhã

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