Amo-te demais

Quando tu me disseste adeus, meu coração ficou estraçalhado de tanta dor, meu corpo suado fez minhas pernas bambearem e, num ímpeto me vi beijando o chão. Não machuque meu coração, pois amo-te demais e tu com desdém sorriu da minha desgraça.

O tempo passou...

Já curado daquele amor que me enlouquecia conheci Rosinha, uma linda jovem de olhos com a cor da mais linda esmeralda. Apaixonamos e, em dois anos já estávamos casados e ela esperando nosso primeiro bebê. Estávamos muito felizes.

Nasceu Jaqueline, uma linda garota, filha de Antonio e Rosinha, um casal de dar inveja a quem os visse e rapidamente Jaqueline cresceu uma linda garota. Algo nela estranhava o pai Antonio, pois não parecia nem um pouquinho com eles.

Ele falou com Rosinha que iria pedir o DNA para saber se não tinham trocado a criança no hospital, foi nesse momento que ela começou a chorar(...) não faça isso vou lhe contar.

No dia em que pari nosso filho, uma jovem simultaneamente paria uma menina. Nosso filho morreu nos meus braços e a outra jovem com a menina sadia ficou condoída de mim, deu-me a menina e pegou nosso filho morto e, ainda me disse: cuida bem da garota que é filha de uma transa inconsequente. Não tenho como criá-la, moro na rua.

Antonio e Rosinha abraçados começaram a chorar de felicidade, aí ele disse: como é linda nossa menina, nesse ínterim abraçados os três foram passear no parquinho, onde Jaqueline brincava e se lambuzava de algodão doce.

E a vida continuou(...) um amor morre e das cinzas do desespero brota um novo amor mais forte...