desencontros
Era um lindo dia da lua de mel de Carlos e Meire, optaram para viajarem para Londres. Não era época de frio, portanto dava para que eles aproveitarem bem seus passeios, comprando presentes para os amigos.
Uma manhã, bem cedinho ainda em lua de mel, Meire acordou e não viu Carlos. Já com um aperto no coração foi até o banheiro, olhou pela janela a enorme piscina: vazia.
Trocou-se, desceu pelo elevador com o coração acelerado, chegando na recepção, ainda apreensiva perguntou aos serviçais sobre seu marido.
Marido? Vocês saíram ontem para um baile e ainda não voltaram. Ficou assustada e desmaiou. Acordou num hospital, nisso chega um lindo médico, ela meio adormecida, passou a mão no seu rosto e ela acordou. Onde estou? Nem precisou de resposta, era médica.
Contou o ocorrido, então ele pegou em suas mãos e disse: não se preocupe: o que é dele está guardado.
Amanhã é domingo e a tarde virei vê-la e lhe dar alta. À tarde o médico veio e lhe disse: sou brasileiro, amanhã vou pegar férias e vamos a delegacia abrir um boletim de ocorrência. Agora vai ligar para seus pais e dizer do ocorrido e que você tem a mim para qualquer providência. O médico a acompanhou ao telefone: avisou, os pais começaram a chorar, nisso ela disse: se ele me abandonou é porque não me amava queria só meu dinheiro. Abra aí no Brasil outro boletim de ocorrência, ele não irá pegar nada de mim. Vá ao banco e elimine seu cartão de crédito. Não se preocupe comigo, vou ficar mais um pouco, ela sempre foi muito independente.
Todos os dias o médico Jorge ia ver Meire no hotel e saíram para aproveitar um pouco a sua viagem, se o homem que me casei me abandonou, a vida continua...
Meire ligou para seus pais que iria morar em Londres, por enquanto ficaria no hotel, nisso chega no hotel Jorge que sentando no sofá do hotel disse que arrumou um emprego de médica no hospital onde trabalhava: ela era ginecologista e iria colocar no mundo muitas crianças.
Depois de uma semana, voltou para o Brasil e os papéis de anulação do casamento já estavam prontos e assinados por Carlos que não aproveitou muito o dinheiro, foi bloqueado o cartão de crédito, se não fosse outro dele estaria em maus lençóis em Londres. Voltou logo para o Brasil.
Meire voltou ao Brasil só para assinar a anulação do casamento e contou aos pais o ocorrido, no final ficou contente, vou voltar, estou trabalhando num hospital e dentro de um mês vou me casar com um médico, vou avisá-los. A mãe quis chorar, ela então disse: mãe, se ficasse com Carlos é que deveria chorar.
Depois de um mês foi marcado o casamento, enquanto isso Meire ficou no hotel e fez muitas amizades e todos foram convidados para o enlace.
Os pais chegaram, os dois foram buscá-los no aeroporto e houve um empatia entre seus pais e eles, aí ele disse: vou fazer sua filha feliz.
Eles levaram os pais de Meire para conhecer a casa onde iriam morar, foram de táxi para aproveitar o passeio pela cidade. De repente param em frente a uma mansão.
O médico disse ao motorista: é aqui, aguarde que voltaremos para o hotel. Os pais ficaram estupefatos com tudo que viam e chegando à porta Jorge toca a campainha e um serviçal vem abri-la, ficaram espantados, pois nem Meire sabia onde iria morar. A mãe de Meire comprou outro enxoval.
Só faltava os pais de Meire conhecerem os pais de Jorge. Num domingo ensolarado foram todos almoçar na sua casa. Todos se abraçaram.
Em quinze dias se casaram, o bufett era um requinte e, depois dos festejos a Lua de Mel seria no Brasil, o quarto na casa de Meire estava um luxo.
Deixaram a casa com os empregados que cuidaram muito bem e Jorge levou seu pais para conhecer o Brasil, adoraram a ideia.
Já no Brasil, o casal rumou para a casa da mãe de Meire, onde os dois quartos estavam arrumados: dos sogros e do casal onde passou a Lua de Mel e no outro dia foram passear e conhecer as maravilhas de Minas Gerais.
Chegou o dia da volta para Londres, então o pediu que Meire comprasse quatro passagens e disse. Todos iremos morar em Londres e se vocês não acostumarem poderão voltar.
Voltar? Nunca mais. Moraram todos juntos, eram ricos, mas de corações inigualáveis.
Tiveram dois lindos filhos e a felicidade permeia com mais intensidade a cada dia de vida do casal e dos avós.
Ótimo texto! Eu realmente adorei! Simplesmente admirável essa mistura de uma grande história de amor com uma boa dose da literatura de Franz Kafka! Parabéns à autora, grande beijo!
ResponderExcluirÓtimo texto! Eu realmente adorei! Simplesmente admirável essa mistura de uma grande história de amor com uma boa dose da literatura de Franz Kafka! Parabéns à autora, grande beijo!
ResponderExcluirMaus um texto de excelência
ResponderExcluirSaudade, com cor e presença.
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Bjos
Belíssimo texto,muito bem elaborado.
ResponderExcluirAlmas afins que se encontraram e viveram felizes.
Gostei muito Dorli.
Bjs e uma ótima quinta-feira.
Carmen Lúcia.
Encontros e desencontros com um belo final como é desejado!!!
ResponderExcluirbj
...
O passeio faz-se no Parque da Cidade … da Mealhada:
https://crocheteandomomentos.blogspot.pt/2018/01/parque-da-cidade-da-mealhada.html
E a tarte de abóbora é decorada com … amêndoa:
https://ospetiscosdagracinha.blogspot.pt/2018/01/tarte-de-abobora.html
Continuação de uma BELA de uma semana!!!
Maravilhoso conto bem ao seu jeito! Amei
ResponderExcluirBeijo e um tarde feliz
Não gostou da minha postagem?
ResponderExcluirBeijos
Lua Singular
Querida Dorli
ResponderExcluirUm verdadeiro conto de fadas! Costuma dizer-se por cá que : «A quem Deus promete, não falta!» E Meire acabou por ser feliz.
Um beijinho
Beatriz