Aqui só, sentada nessa cadeira não me entristeço, pois a vida me foi camarada. Moro numa casa enorme cheia de crianças, é o orfanato que meu companheiro comprou cinco meses antes de morrer.
Não tive filhos, mas adotei duas meninas lindas para que eu pudesse sentir a vida quando ficasse sozinha. As duas se casaram e tiveram dois filhos cada. São lindos, estudiosos e antes de ir à escola os quatros vêm me abraçar e beijar. Hoje, todos moram comigo.
Aqui onde estou sentada é o único lugar tranquilo que achei no orfanato para namorar meu falecido, não estou louca não, pois aqui sinto o seu cheiro e sinto a vida mais tranquila.
Às vezes me chateio de cá ficar vou junto as crianças que me chamam de vó, "puxa vida", como é bom ter a companhia delas.
Às vezes me chateio de cá ficar vou junto as crianças que me chamam de vó, "puxa vida", como é bom ter a companhia delas.
Sentir a vida é viver o hoje com a tempestuosidade dessas maravilhosas crianças sentadas ao meu redor pedindo que eu conte lindas histórias e conto. Agora com mais tempo ouço o cantar dos passarinhos que fazem ninhos nas enormes árvores.
Nesse orfanato tem de tudo: professores bem pagos e todos os serviçais.
Adoro quando vejo aquelas crianças se jogando do trampolim sempre monitoradas por dois professores e elas gritam: vem vó nadar...Eu rio a ingenuidade, não que não saiba, mas recordo quando a noite eu nadava com meu amor e ele sempre me dizia: você é minha vida e nos abraçávamos e namorávamos um pouquinho.
Bem, está na hora de me banhar numa enorme banheira com águas sulfurosas, depois de me vestir vou a uma grande sala tomar uma gostosa sopinha, conversar na varanda com filhas, genros e mais tarde adentrar meu quarto, agradecer a Deus a vida feliz que me deu.
Esta postagem é para a minha amiga do coração Ivone
Se quiser postar no seu blog fique a vontade
Obrigada
Dorli
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