Ainda recordo os teus beijos no meu colo, seu hálito com a fragrância do amor, eu esqueci até as rosas vermelhas que me deste e embriagada com as nuvens negras e as águas mansas, não suportei e ele eu virei, joguei as rosas nas águas e beijei-o com muita paixão.
Nosso amor era algo inimaginável, vivíamos numa sincronia e o pequeno barulho das águas deixou nossos corpos fervilhando de desejos e, pulamos n'água e ali mesmo nos amamos. Tu pegaste uma toalha quentinha e me enrolou e disse: eu não posso viver sem ti e sem nos apartamos eu disse sim.
Havia dois anos que nos conhecíamos, ele era do Rio e eu de São Paulo e os encontros eram semanais, então fizemos as papeladas e eu linda de noiva esperava por ele e os convidados do Rio.
A igreja lotada de convidados e ele não vinha, mas de repente começou entrar na igreja os parentes e convidados...ele subiu vagarosamente as escadas do altar e me disse: não haverá mais casamento, pois não quero ter filhos doentes e condenados a morrer. Por que, eu disse aflita. Ele trêmulo me disse: eu sou aidético e passei o vírus para ti. Nós iremos morrer.
Não sabia o que fazer, eu o amava, então abracei-o bem forte e rolei com ele as escadarias da igreja que era bem alta. Não vi mais nada. Acordei num hospital.
Desesperada, numa cama sem notícias comecei a chorar, então entrou a minha futura sogra sorrateiramente no quarto e me disse: não chore querida, ele morreu e senti duas agulhadas nas vistas. Tudo era escuridão, não falei nada a ninguém...
Mas, ainda recordo do nosso amor.