quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Um casal de idosos ( ficção)


Um casal de idosos cansado da vidinha simples do interior, onde cresceram juntos, namoraram e se casaram  muito jovens e, para completar a felicidade a dois, tiveram uma linda filha e, por um infortúnio do destino morreu com um mês. Resolveram em comum acordo a não terem mais filhos.
Os dois trabalharam muito durante oitenta anos, juntaram um belo patrimônio e, já cansados de tanta labuta resolveram parar de trabalhar.
E a vidinha apática dos dois começou a incomodar a ambos e, o marido então, teve uma ótima idéia: Nós não temos filhos para deixar todo nosso patrimônio, que tal usá-lo para conhecer todo nosso país, pois já somos bem velhos e não haverá muito tempo para a nossa morte.
E foi o que aconteceu: viajaram muito, conheceram lindas praias, lindos lugares, enfim quase todas as belezas do Brasil. De repente o susto: quase todo patrimônio tinha ido pelos ares e voltaram imediatamente para sua casa. A situação ficou tão calamitosa e quase não tinham o que comer então, fez uma barganha da sua linda casa com um pequeno casebre. O dinheiro da barganha acabou e eles tiveram que pedir esmola ainda por quatro anos.
Portanto, meus leitores: ninguém sabe quando vai morrer. Nunca devemos zerar...

TRABALHARAM DURANTE OITENTA ANOS, APROVEITARAM O DINHEIRO POR CINCO ANOS E AINDA PEDIRAM ESMOLA POR QUATRO ANOS.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Orquídea do campo


Orquídea flor deslumbrante
Mais linda no campo
Não precisamos cuidá-la
Ela é natural

Seus amigos são muitos
A essência do ar despoluído
A chuva para banhar-se
O Sol para iluminá-la

Não precisa do homem
Não está à venda
É para enfeitar o campo
Ser admirada pelos animais

A terrível ambição do homem
Sem piedade, arranca-a do campo
Pra poder disseminá-la nas suas casas
Chora, perde o brilho e adoece



Arranquei folhas do meu diário


Meu diário ficou quase vazio
Arranquei dele muitas folhas
Nas quais aparecia seu nome
Nome de um homem traiçoeiro

As folhas amareladas pelo tempo
Contavam toda nossa vida a dois
Você trocou uma bela mulher
Por uma vadia qualquer

Foram alguns anos, sabia de tudo
Nada falava, pois estava condenado
A morrer a qualquer momento
Quis aproveitar o curto tempo

O seu dia chegou sem dizer nada
Você quis pedir-me perdão
Mas eu não fiz seu último desejo
Disse: Peça perdão a Deus

Você se foi ainda muito jovem
Vivia sempre em meus sonhos
Seu espectro aparecia no quarto
Eu o mandava embora

Um dia resolvi lhe perdoar
Você encontrou seu lugar
Eu encontrei um lindo homem
Para me amar e me respeitar



segunda-feira, 3 de outubro de 2011

"Penso,logo existo!"


Nós somos pessoas racionais, dotadas de inteligências múltiplas e, naturalmente existimos para pensar e viver em sociedade de uma forma prazeirosa. Não é bem assim, pois  está se tornando quase que impossível vivermos em harmonia, pois com tantas inteligências, uma minoria é usada para fazer o bem e a maioria para conquistar sucesso e bens materiais não importando a quem ferir. Não lutamos tanto para a democracia? Que democracia é essa que privilegia só os mais afortunados?
Hoje a democracia tornou-se uma revolta total entre os homens, que não pensam e nem medem ofensas gratuitas e escandalosas às outras pessoas. Hoje, qualquer pessoa ofende a outra e, não acontece nada.
Eu vivi a ditadura e, digo com toda a minha experiência de vida, que era mais feliz na minha cidadezinha, onde não havia tantas violências e desamores como nos dias atuais.
Há uma discrepância violenta entre os homens, pensando talvez que só o outro irá morrer. Todos iremos morrer, com certeza, por que tanta intolerância entre eles?
Portanto, meus caros leitores: nada é eterno pois hoje alguns homens se acham imortais, mas num amanhã bem próximo, eles também morrerão. Por que tanta pressa? A vida é bela, vamos viver com alegria, amor e muita dignidade, pois um dia seremos julgados