sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Chuva que molha a terra e meu coração.


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Andando à toa pela estrada da natureza
Uma chuva fina começou a cair no meu ser
Debaixo de uma frondosa  árvore pus-me a pensar
Enquanto via os pingos caírem nas folhas a sorrirem

Bem lá no fundo do meu coração comecei a recordar
O tempo triste que morava no sertão, onde chuva fugia
Adorava minha moradia, um casebre de pau-a- pique
Mas chorava a fome da família, peito dilacerado, saí.

Vim morar pras bandas de cá, onde a chuva é boa
Minha rocinha verdinha, gado pastando e família feliz
Logo que a chuva passar vou seguir até minha roça
Lugar lindo, nascente com águas cristalinas à jorrar

À noite, na varanda, pego meu violão e choro saudade
Saudade do meu sertão e amigos que lá esperam chuva
Cartas mando para lá e amassadas voltam para mim
Amigo, sou sertanejo turrão, mas não deixo meu sertão

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Dorli Silva Ramos


quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

SENHORES VISITANTES E AMIGOS



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Dorli Ramos 



A procura da Felicidade






Obrigada

Lua Singular

A busca...






Nesse mar azul e gelado eu clamo as estrelas
Venho à busca constante do meu eu interior
Por que nasci? Que vim fazer? O que fazer?
Busco respostas para poder viver normal

Nas ruas, no trabalho, nas festas sou charmosa
Encanto com meigas palavras os que me rodeiam
Todos querem ir onde eu vou e digo não. Por que?
A solidão tomou conta de mim. Me ajudem...

De repente no meio do mar, algo toca meu pé
Um medo subiu meu corpo, sinto deslizar-me
Mergulho o mar, ao ver aquela linda imagem
 Corpo semi-nu estremece, mas também aquece

Um jovem veio ao meu encontro e me beijou
Momentos de amor inexplicáveis invadiu corpos
Dois corpos sedentos de amor; o mar borbulhava
Estrelas douradas caíam em nossas cabeças. Achei.

 Dorli Silva Ramos

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Caminhando contra o vento





Meu nome é Larissa, era uma nenê feliz enquanto estava quentinha no ventre da minha mãezinha, que ao me dar a luz, morreu. Ninguém soube explicar o motivo, era uma jovem saudável, seu coraçãozinho parou à hora que eu nasci. A vida não nos deu tempo de nos conhecermos.
Papai ficou desesperado, precisando trabalhar deixou-me aos cuidados da vovó. Enquanto estava lá, fui crescendo com saúde e muito amor. Fiquei com vovó até os cinco anos.

Papai conheceu outra jovem, casou-se com ela e foi me buscar para vivermos uma família feliz. Lucia era o nome daquela que seria minha segunda mãe. No começo tratou-me bem; passado uns três meses, queria sair às compras e eu era seu empecilho, tinha que me levar junto. Vi que já estava perdendo a paciência, um dia gritou comigo: se não fosse você eu seria feliz com seu pai.

Esperei os primeiros raios solares do amanhecer despontar e, só com o meu registro de nascimento e com a roupa do corpo saí por uma estrada que parecia não ter fim, nisso um vento forte começou balançar as folhas das árvores. Fiquei com medo. Mas, tinha que caminhar contra ele para chegar a lugar algum.
No instante que o vento se tornava mais forte, passou um carro com um casal, parou no acostamento e perguntou-me: Onde você vai criança, deveria estar com seus pais. Contei o ocorrido.

Parece que ninguém deu por minha falta, pois ninguém foi me procurar, nem o meu pai que eu amava tanto, fez nada, pois nem queixa na polícia foi dada, do contrário, o casal que me achou teria me devolvido e, com dez anos de convivência com eles, cresci cercada de carinhos e com três irmãs lindas que me amavam.

O tempo passou rapidinho, formei-me advogada e, uma surpresa preparada pelo destino iria me entorpecer na hora de receber o diploma. Todos parecíamos iguais com aquela beca preta, eu fui a oradora da turma, estava nervosa, pois nunca havia falado em público. Então comecei: 
Em primeiro lugar quero agradecer a minha mãe que me colocou no mundo que tivemos o desprazer de não nos conhecermos. Olhei pra cima. Agradeço aos meus pais que me adotaram e é  para eles que oferto o meu diploma com amor para guardarem em seus corações. O meu eterno agradecimento as minhas irmãs, colegas...

Enquanto fui fazendo minha oratória, alguém na platéia  estava irrequieto, suando, ao seu lado uma senhora um pouco familiar. Senti uma pontada no meu coração, sabia que era meu pai. No fim da oratória disse: A meus pais adotivos que me amam, cuidam de mim e estão me proporcionando esse momento único de alegria, quero dizer que os amo muito. Parei....Lágrimas debulhavam.Todos se entreolharam, desci até a platéia, em frente ao meu pai que chorava aos prantos disse: a você meu pai ofereço minha piedade.




Dorli Silva Ramos