terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Vida Simples (miniconto)




 Como seria bom morar à beira d'uma floresta, um enorme rio para tirar alimentos, uma hortinha, um galinheiro, ver as crianças brincando e muito amor. Um pequeno fogão a lenha para dar melhor sabor aos alimentos fresquinhos.
 Ali não haveria inflação, inveja, prepotência, maus vizinhos e nem traição, seria apenas uma vida simples de sobrevivência, à espera da benção do Senhor.
 As crianças teriam liberdade de nadar no rio, subir nos altos coqueiros e se lambuzarem e, gritariam ao mesmo tempo: como somos felizes! Poderíamos viver na companhia de alguns animais da floresta...
 Quando a chuva chegasse sorrateira, iríamos tomar banho de água natural, pularíamos no belo rio, à olhar no horizonte distante a magia do pôr do sol.




segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Filhos, melhor não tê-los, mas se não tê-los como sabê-los(reedição)


 Filhos quando pequeninos são dependentes de tudo e, vê-se a mãe ou o pai sempre cuidando dos banhinhos, dando papinha, levando ao médico, fazendo festinha de aniversários, muitos presentes e um incondicional amor. É a fase mais gostosa para os pais, pois eles os protegem,eles são uns mimos e nos agraciam com muitos beijinhos.
 Chegou à hora de ir à escola, o primeiro dia chora, depois vai se acostumando e, geralmente são as mamães que os vão buscar, muitos carinhos. Por volta dos oito anos, eles querem ir à escola sozinhos, tem vergonha dos pais. Depois é que vem o pior: a adolescência, a escola é apenas um lugar para arrumar "amigos" e, muitas vezes os filhos são malcriados com os pais. Depois vão pra Faculdade, acabou a proteção, vão pelas cabeças dos "belos" amigos e, muitos acabam se perdendo na droga e, estudo que é bom nada. Os pais choram.
 Quando eles percebem o tempo que perdeu já é tarde, seus pais adoecem e morrem e, eles arrependidos vão ficar à deriva. Ou seja, eles mataram seus próprios pais!
 Meus caros leitores, não vão dizer que estou errada, pois vejo muitos casos assim e me apiedo dos pais que sofrem envergonhados as loucuras dos filhos.
 Como no tópico deste: Mas se não tê-los, como sabê-los?


domingo, 26 de janeiro de 2014

A Faculdade da Vida (miniconto)




 Eu curso a melhor Faculdade do Mundo, ela se chama Faculdade da Vida, onde as matérias são muito difíceis e muitos alunos desistem antes da diplomação. Nela não pagamos nada, nem precisamos de física, química, ler livros extensos e muito menos fazer provas.
 Nessa Faculdade, não existem notas, mas as disciplinas são difíceis e muitos não conseguem ir bem: amor incondicional, equilíbrio, honestidade, desprendimento, solidariedade, humildade, discernimento e perdão.
 Foi me apresentada uma balança para sentar, com dois pesos exatamente iguais, o primeiro pendia para o mal e o segundo para o bem.
 Tive que escolher a que lado sentar, escolhi o lado que me dava mais honradez. Estudo nessa Faculdade há muitos anos, mas ainda não recebi meu diploma.
 Como as disciplinas são muitas e difíceis, não sei se vou conseguir meu diploma, pois só Deus poderá me entregar.



sábado, 25 de janeiro de 2014

No jardim da minha casa(miniconto)




 Da janela do meu quarto vejo meu jardim de rosas vermelhas, ao olhá-las meu coração sangra de saudades do meu amor. Moro só, pois a traiçoeira morte tirou-o de mim no auge da sua mocidade e a lembrança que tenho quando vou deitar-me é você pálido na cama.  Sinto falta dos seus beijos e paixões e, de repente tudo ficou só nas lembranças eternas.
 Sinto saudades suas, vivo por viver. O vazio da nossa casa me congela, eu não consigo viver sem você, mas não descuido do nosso lindo jardim, converso com as rosas vermelhas e elas me confortam.
 Fecho a porta, as cortinas balançam e a brisa que entra tem o seu aroma, sinto você perto de mim e, assustada começo a chorar. Ouço sua voz, será que enlouqueci? A mesma voz macia que tinha, senti sua mão gelada querendo me levar de casa. Gritei.
 No outro dia, ao acordar vi um bilhete em cima do travesseiro que era seu e nele escrito: logo virei buscá-la, lá não tem saudade, dor e sim rosas vermelhas.
 No outro dia o céu estava cheio de estrelas, ele pegou em minhas mãos e me disse: nesse lugar onde iremos nosso amor se perpetuará para sempre. Saímos voando.
 No outro dia acordei com os gritos de Isabela, a faxineira.
 Que pena!