segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

A indiferença ( crônica )







Cleusa, uma menina linda estava feliz, com ela seu pai, andava de "jardineira". Estava anoitecendo, foi a última parada. Desceram, seu pai arrumou seu vestido lindo branco rodado, chapéu feito pela sua mãe enfeitado com duas flores pequenas levemente rosadas suas duas lindas tranças bem cuidadas.
Era uma linda bonequinha que já entendia o que ia acontecer, mas para ela melhor seria o purgatório do que o inferno da fome. Ela estava a caminho da casa de seus tios, a tia era irmã da sua mãe que trabalhava duro e não tinha filhos. Depois de andarem muito, ela um pouco no colo e outras vezes andando estava feliz: ia visitar os tios.
Era noite alta, chegaram. Seu tio sentado na varanda da casa ouvindo a voz do Brasil. Meu pai abriu o portão, disse alô, subiram as escadas e já na varanda disse: tome, essa é sua... Ela correu ao colo do seu tio deu-lhe muitos abraços e beijos. A tia (de sangue) não saiu e o tio disse: Ângela, venha ver o que Manoel trouxe pra nós. Cleusa espiou: ela estava arrumando a cama. Ela veio olhou a menina e entrou. Ela não podia ter filhos.
Seu pai deu-lhe um gostoso banho, colocou um pijama limpinho, tomaram leite com pão e foram dormir. Uma cama enorme só para os dois ,ela amava seu pai, era muito carinhoso, mas vagabundo.
No outro dia era domingo, seu pai foi embora cedo e sua tia gritou: acorda vagabunda, chamou algumas vizinhas para mostrar o presente "grego" que havia ganhado, pegou uma tesoura cortou suas tranças, Cleusa chorou baixinho. Começou aí seu calvário.
Cleusa, muito inteligente sempre a primeira aluna da classe. Ela quis fazer Faculdade, seu tio de medo não deixou, então ficar a sofrer as sovas que sua tia dava disse que iria para São Paulo na casa da irmã do seu tio.. Seu pai (agora) chorou a sua ida e o abraçando Cleusa falou baixinho: "papai" eu te amo e viu lágrimas descendo dos seus olhos.
Cleusa arrumou um bom emprego, à noite cursava Faculdade de física, não quis se casar, comprou um apartamento pequeno e foi pagando. Seu tio foi visitá-la no seu apto, levou dinheiro para ela quitá-lo e não adiantava dizer não. Ele foi o anjo que Cleusa ganhou de presente, pois sua tia a espancava quase todos os dia e ela não falava nada.
Sua tia adoeceu, Cleusa fechou o apto e voltou para o inferno. Encontrou na sua cidade o grande amor de sua vida, fez concurso e foi trabalhar casou-se e adotou uma criança que fez o contrário da sua tia.
Cleusa cuidou da sua tia até a sua morte e olha que não foi fácil, ela não andava, tinha que dar banho, comida na boca, etc...
O tio de Cleusa passou em vida todo o seu patrimônio, a tia não gostou, mas teve que assinar. Ela se arrependeu e pediu perdão a sobrinha e ela respondeu: que isso tia, a senhora não tem que me pedir nada, eu é que tenho que agradecer a" maizona" que sempre foi.
Morreu no hospital e não demorou muito tempo ele foi ao seu encontro: Cleusa chorou.
Cleusa, já velhinha, seu marido já morto não podia ir a diplomação da sua filha Angélica, então, ela sabendo de toda a sua vida pediu licença aos professores, foi buscá-la na plateia e com a cadeira de rodas subiu a rampa. Recebeu o diploma e entregou a sua mãe, ela chorou de felicidade. Todos aplaudiram muito.
Não demorou muito tempo Cleusa morreu dormindo. Angélica chorou copiosamente.




domingo, 1 de janeiro de 2017

Mulher brasileira...



indiazinha

Ainda perguntam por que a mulher brasileira é a mais linda do mundo?É só olhar a beleza dessa indiazinha, mas as candidatas não são de raça pura, são misturadas aí saem uma beleza diferente e com muitos cuidados, malhação e boa alimentação bate numa índia pura? Vamos ver?  Na sua maquiagem natural.

A gente quando envelhece perde o viço, mas se fomos já é uma grande alegria: eu fui e agora ainda da pro gasto, nunca usei nada no rosto, só baton vermelho e um lápis preto nos olhos, esmaltes vermelhos. Minhas roupas eram decentes, talvez por isso é que vinha a curiosidade.
Eu sempre digo que sou uma salada mista: meu avô era negro dos olhos verdes e cabelos lisos até os ombros e minha avó era índia. Gostei dessa mistura.

Ano Novo, algo mudou?

                                                                      

tout c'el la meme chose

A cada ano que passa a esperança de mudanças acelera nosso coração, mas infelizmente, mudanças haverão  só são para os "espertinhos da vida", pois o homem honesto comerá grama, isto é, acaba ano, vem outro e seu coração já cansado nada mais espera, pois só tem uma certeza, amanhã tem que trabalhar duro, sem muita instrução, faz qualquer trabalho. Mas se conforma pois muitos bem formados não conseguem emprego. Essa é a vergonha de muitos países, inclusive o Brasil.
O pobre "camela" para pagar impostos para enriquecer quem já roubou demais. Justiça humana? Só a morte. Essa é igualitária.
Desejo a todos nós, pelo ao menos um pouco de saúde para aguentar o trampo que vem por aí, mas a esperança o pobre não perde.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Juntos no amor (liberado)




Água é vida, então, vamos começar nossa vida, na primeira noite juntos de amor, na água. Vou retirar suas roupas pouco a pouco e entregá-las para que as ondas do mar as levem para bem longe, assim fará comigo peça a peça e nos encantaremos com a nossa perfeição e nos beijaremos vagarosamente.
Nossos corpos inertes na água e, perto da praia, só como testemunha a lua envergonhada e fraquinha espiava a nossa paixão. Abraços, beijos itinerantes nos deixavam loucos e no ato em si o prazer vinha acompanhado com a fraqueza muscular e, assim sucessivas vezes.
Dormimos nus na praia. O pôr do sol estava por despertar, colocamos nossa roupa de praia. Tomamos aquele banho na bica e, já cheirosos e lindos fomos para o hotel.
O quarto era lindo, a banheira já cheia se águas mornas com pétalas de rosas vermelhas foi um belo convite para outra bela paixão. Começamos na banheira, terminamos na cama com lençóis de seda com um perfume inebriante que atiçava ao prazer.
Depois do banho, roupinhas leves para a praia descemos de elevador. Chegamos numa bela e enorme sala cheia de gostosas iguarias e nos deliciamos delas. Uma semana juntinhos no amor.
Passeamos de barco, eu me atava forte nele de medo do barco afundar, ele ria da minha ingenuidade, pois o barco ficava rodando perto da praia, aí fomos andar de banana boat, estávamos em sete pessoas que gritavam o prazer das águas batendo o rosto. Que delícia!
Assim foi o início da nossa lua de mel, hoje mais maduros sentados na sala, as três crianças brincando fazendo um "fuzuê", que vieram para completar nossa felicidade. Hoje, maduros, ainda estamos juntos no amor.