sexta-feira, 9 de junho de 2017

Minha cidade jazia





Deixei a cidade grande  para morar no sossego no interior e, chegando na cidade ela jazia arrastada no meio da floresta, o riacho quase secou só vi um fogão a lenha.
Sentei no chão e chorei. O que aconteceu com a minha pequena cidade? Nisso passa um velho e diz: um vento avassalador passou pela cidade, matou muitas pessoas, esse vento trouxe pedaços da cidade para a floresta. 
Eu, Jucélia morava na capital, voltei e do que vi chorei...fiquei como um zumbi dessa floresta esbugalhada.
Se muitos morreram e, dos sobreviventes que se foram, por que ficou? Fiquei na esperança de aparecer alguém para me fazer companhia, então Jucélia disse: vamos reconstruir, das cinzas nasceram o mato verde e, na umidade da água a beira de um riacho quase seco será a força para a chuva cair e assim aconteceu. Pingos grossos caíram em nossos corpos e gritei: que volte a vida nesse pedaço de cidade na floresta.
Vamos chamar nossos vizinhos das outras cidades para construir uma linda cidade e assim aconteceu.
Um mutirão chegou e a as obras simples começaram a dar vida na pequena parte na floresta, fizeram várias casinhas e até uma capela e eu andando já com o coração mais feliz. Uma chuva forte caiu, sorri, pois o rio começou a encher trazendo consigo alimentos: peixes.
De repente ouvi o canto dos pássaros, as folhas das árvores balançavam, os beija-flores batendo suas asinhas, as abelhas alvoroçadas e um pequeno vendaval saudava a mais nova cidadezinha "emergida" das cinzas e dos corações de muitas famílias.
Sentia o cheiro das flores, da chuva batendo na grama e da terra fazendo as flores se abrirem para a vida. O Sol aqueceu a terra e eu bebia o orvalho das gramas, em gratidão.
Muitos vieram morar nessa cidade, cada qual fazia sua pequena casa, reergueram a cidade morta.
Então gritei a todos: Conseguimos com luta reconstruir nossa cidade; amanhã nossos medos morrerão no ar.
Foi o que aconteceu.

quinta-feira, 8 de junho de 2017

Tu queimastes meus sonhos





Tu queimastes todos os meus sonhos
Toda minha ignorância joguei no mar
De ti só tive o nada e muitas ilusões doídas
Fiquei livre d'um homem medíocre

Meu corpo ainda sente saudades de ti
Mas recolhi e guardei alguns sonhos teus
Pra recordar que vou ter novos sonhos

Sonho um amor afável e carinhoso
Até que ele não chegue sonho no ar
Sou um nada no universo, mas sei amar
 Não deixarei tu  queimares meus sonhos

Sou só mas vou  embrulhar decepções
Jogá-las no mar das  tristes desilusões
Não sufoco mais sonhos, realizo todos 

quarta-feira, 7 de junho de 2017

O silêncio da saudade





O silêncio da saudade dói, machuca
Dilacera o coração, ele engasga num grito
Pensar que vou envelhecer te amando
Beijando outro pensando em ti

O tempo passa e a esperança dilacera
Um coração que sempre suspirou por ti
Cada sulco no meu rosto  é a dor que suspiro
Minha garganta dói de saudades de ti

O que foi que fizemos de nossas vidas?
Nós nos amávamos tanto e como um vento
Tu sumiste da minha vida sem aviso
 Só fiquei na saudade do por quê, silencio

Tu meu amor, será sempre o meu príncipe
Que mesmo casada com outro, meu amor
Ficarás no silêncio da triste saudade engasgada
Dentro da garganta até o meu coração
   

terça-feira, 6 de junho de 2017

Casamento a moda antiga



casamento 1950

 Um lindo casamento à moda antiga, a noiva com o seu lindo vestido de noiva branco, bem merecido e o seu amor feliz da vida que vai comungar sua vida com a mulher mais linda do mundo. A sua mulher que com carinho e partilha com o marido cortando o bolo que selará a felicidade de ambos e, todos aplaudem.
Os convidados já haviam saboreado de deliciosos salgadinhos, doces e bebidas, mas queriam roubar-lhe um pedacinho das suas felicidades.
Depois vem o baile de troca de bailarinas; ela mui gentilmente dançou com todos os homens para o ciúmes das jovens e o mais jovem marido também fez o mesmo.
A festa acabou, os dois moravam numa metrópole queria conhecer uma fazenda hoteleira e lá chegando com seu novíssimo carro, pois eram filhos de ricos fazendeiros.


Um Buick Riviera 1950 

A lua de mel acabou, pois a saudade de todos da chácara perto de uma metrópole eram muitas. O marido ligou o carro e rumaram  a casa mobiliada com requinte que foi presente do pai e do sogro, pararam o carro em frente da casa e o cheirinho de comida caseira os fez entrarem depressa: os pais os abraçaram e rumaram para o banheiro lavarem suas mãos, deu alô aos empregados e, com o tempo os filhos foram nascendo para a alegria dos avós, eram seis depois foram para a cidade grande onde a bela mãe fez uma cirurgia para não procriar mais.