quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Meu Natal!




Era véspera de Natal, as janelas, as portas e telhados todos iluminados para comemorar mais uma vez o  nascimento do menino Jesus e eu andando pelas ruas, com fome, sem ter ninguém para me cuidar, mais parecia um rato saindo do esgoto, tinha um odor fétido que afugentava as pessoas que por mim passavam. É claro, morava na rua, tinha apenas dez anos e só tomava banho quando um estúpido animal levava-me para um lugar para banhar-me e abusar da minha inocência. Quanto ganhava? Nada, pegava-me a força e eu aos gritos pelas ruas sem ter ninguém para me ajudar: jogava-me na cara uns trocados e um pedaço de pão. Nesse dia, véspera de Natal, esqueci-me dessas atrocidades humanas para brilhar meus olhos no lumiar das lojas todas enfeitadas e uma dessas lojas vi um papai noel. Adentrei a loja, meio na surdina para ver de perto aquela maravilha. Crianças lindas, com seus pais pedindo ao papai noel seus presentes e ele as beijava dizendo: ro, ro, ro. De repente as crianças correram para outro lado da loja que estava presenteando as crianças com chocolates, engoli seco, adoro chocolate.
Resolvi sair da loja, antes que alguém me visse e me jogasse pela calçada, afinal eu fui apenas para olhar e não tinha aparência e nem dinheiro para comprar nenhum brinquedo, senti uma mão forte me segurar assustei e antes de levantar os olhos chorei de medo. Aquela mão aquecida levantou meu rosto: era o papai noel que estava na loja fazendo um biquinho de trabalho. Olhou dentro dos meu olhos e disse: Papai- Noel deu-me o maior presente do mundo. O quê perguntei: Você, pois à partir de hoje você será minha filha, pois minha senhora que nunca pode me dar um filho, pediu a Deus que ele preparasse uma criança para passar todos os Natais da sua vida. Aí, quem chorou fui eu.
Eram quase onze horas quando chegamos à sua casa, estranhei-me que ele carregava nas mãos uma mala pesada. Para fazer surpresa a sua mulher bateu à porta e disse: ro, ro, ro, esse é seu presente trate de deixá-la bem bonita para a nossa ceia.
Jonatas e Meire eram os nomes das pessoas que iriam transformar minha vida. Meire levou-me ao banheiro, deu-me um banho, enrolou-me numa toalha para abrir a mala que Jonatas carregava. Meus olhos brilharam tamanha beleza. Fiquei parecendo uma boneca e corremos para a sala.
Na mesa, um pouquinho antes da meia noite, todos ficaram em pé para agradecer a Deus a vinda do presente mais valioso que entrou naquela casa, esse presente era eu. Comecei a chorar compulsivamente, beijando os dois ao mesmo tempo.
Era meia noite, os ponteiros cruzaram: era Natal, o dia do nascimento do menino Jesus. Os dois brindaram com uma taça de champagne e eu  tomei guaraná no copo de cristal. 
Então, o casal feliz da vida disse a menina Carolaine: Vá até a árvore de natal, pois tem um presentinho que Papai Noel deixou para você. Corri até a árvore e peguei meu ursinho, que era o mais lindo do mundo.
Terminou o Natal os dois foram tomar providência sobre minha situação, depois de muita procura ganhou-me do juiz como adoção.
Obrigada Papai do Céu, obrigada Papai Noel.    

15 de novembro: Brasil, uma República



INICIATIVA DOS PODEROSOS

O movimento que transformou o Brasil em República não partiu do povo, mas de alguns ricos e poderosos fazendeiros de café. Além deles, os militares também tiveram importante papel, pois queriam mais participação na vida política, o que era proibido até então.


A República, passo a passo


REUNIÕES DECISIVAS

No dia 9 de novembro, um grupo de militares reuniu-se na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro. Dois dias depois, o marechal Deodoro da Fonseca, o major Benjamim Constant e o líder do PRP, Quintino Bocaiúva, encontraram-se para acertar os últimos detalhes do plano para tirar a Monarquia do poder.

DESFILE MILITAR?

Conforme o combinado, no dia 15 de novembro tropas militares saíram às ruas. A princípio, parecia apenas um desfile ou uma passeata militar, sem maiores consequências.

O LÍDER

À frente das tropas militares estava o marechal Deodoro da Fonseca. em vez de liderar apenas um desfile, ele dirigiu os soldados para o Palácio do Catete, onde se encontrava o imperador D.Pedro II.

PALÁCIO DO CATETE

As tropas militares invadiram o Palácio do Catete, sede da Monarquia e uma das residências de D. Pedro II. Lá dentro,o marechal Deodoro proclamou a República,era 15 de novembro de 1889, tornando-se em pouco tempo o primeiro presidente da história da República brasileira.

ADEUS, D. PEDRO II

Dois dias depois de proclamada a República. D. Pedro II foi expulso do país. ele e sua família foram obrigados a ir para Paris, capital da França, onde o ex-imperador morreu em 1891.



Enciclopédia Recreio

Meu grito





Quero gritar bem alto esse amor
Correr as avenidas, sonhando...
Pedir caronas e quando pararem
Gritar bem alto: amo meu amor

Quero gritar às nuvens o meu calor
Agradecida mandará chuva miúda
Molhada, deitar na relva e gritar
Como amo você meu amor!

Quero gritar às estrelas coloridas
Cuide desse amor todinho pra mim
Não há nada mais lindo do essa loucura
Quero gritar a você amor: eu o amo!

Sentimento que me da prazer e angústia
Em saber que um dia poderei perdê-lo
Se perdê-lo morrei sua falta aos poucos
Só você amor, será minha salvação


Dorli Silva Ramos

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

O feitiço do teu olhar



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Guardei as fotos que me deste
O tempo encarregou de amarelá-las
Mas o feitiço do teu olhar permanece
A me sorrir, a não negar o teu amor

Nosso romance foi uma tumba de maldições
Foste arrancado de mim gritando teu amor
Essa força sobrenatural era um espectro
Pegou teus braços, você voou, me olhou e chorou

Tuas lágrimas verdes jorravam como  chuviscos
Que me molhou e, como bebi tuas lágrimas...
As lágrimas verdes se misturaram com as azuis

O tempo passou envelheci não te esquecendo
Caminhei a esmo com minha bengala preta
Cheguei num lugar frio e ouvi teu chamado
Eras tu, jovem morto, eu envelhecida, desmaiei

Dorli Silva Ramos