segunda-feira, 10 de junho de 2013

Abraçando a felicidade( Miniconto)



 Hoje acordei cedo pois queria abraçar a felicidade. A felicidade que pode ser o silêncio do seu olhar que diz tudo que quero ouvir. A vida não tem retrocesso, mas ela é,  para todos nós, como um filme que gostaríamos de assistir várias vezes. Mas, apesar disso, não a reprisamos, não revemos esse filme. Temos que viver o agora e não se lamentar dos momentos que se esvaíram, pois eles não voltam mais. Não se entristeça com os sulcos no seu rosto, olhe-se no espelho com a certeza que está vivendo a sua plenitude.
 Vamos abraçar tudo que nos faz feliz: um passeio solitário no bosque para meditação, seu agora com dignidade, o sorriso ou a indiferença dos amigos, pois as diferenças são as belas atrações da vida.
 Portanto, meu amigo, guarde para si só os momentos bons, pois os ruins temos a toda hora e, urge que a hora não espera.
 Vamos viver o nosso hoje, o nosso momento, o agora.

Dorli Silva Ramos

domingo, 9 de junho de 2013

Quantas saudades!



Nesta noite muito cálida
Onde a lua reflete seu luar
Na escuridão do mar
Sinto saudades

Tu eras homem ardente
Sensual e carinhoso
Me abraçavas com fúria
Me fazias tua mulher

Tu foste para outros mares
Com promessas de volta
Aqui venho todos os dias
Tu não vejo jamais

Aqui estou mais uma vez
A lua se apieda de mim
As ondas chorosas
De repente sorriem...

Eras tu que chegavas
Rodopiou-me até cansar
Beijou meus lábios  e disse
Jamais te esqueceria


Dorli Silva Ramos

sábado, 8 de junho de 2013

AOS MEUS VISITANTES



AOS MEUS VISITANTES DESDE 2010
MEUS AGRADECIMENTOS
PELAS VISITAS
OBRIGADA
DE CORAÇÃO 


LUA SINGULAR

As gotas d'águas ( miniconto)


www.fotologando.com

 Olhei o céu nublado, começou a escurecer. Sou um garoto ainda, tenho medo, sou só e vivo perambulando por aí, me alimento com o que acho no chão e durmo num banco qualquer. A chuva começa com uma ventania assustadora e eu me pergunto: onde vou? Escondi-me embaixo de um banco da praça.
 A chuva não teve piedade de mim...foi tão forte que arrastou-me até um pequeno matagal e, ali, agarrado em seus caules, fiquei tremendo de medo. Mas Deus é grande, a chuva logo passou e, todo molhado, resolvi continuar minha peregrinação. Porém, algo chamou a minha atenção naqueles arbustos: era algo surpreendente, causando-me estupefação.
 Somando isso ao meu medo, meu coração sentiu que aquilo era a coisa mais linda do mundo...Entre os galhos e folhas, muitas gotas de água, pareciam coloridas.
 Minha curiosidade foi maior que o turbilhão que sentia. Assim, peguei vagarosamente uma gota d'água com a língua. Que delícia, geladinha e quantas para me deslumbrar e sonhar. Sonhar com o quê?
 Sonhar com um lar quentinho e ela pegou em minhas mãos e me levou consigo...


Dorli da Silva Ramos

sexta-feira, 7 de junho de 2013

O amor e a paixão ( reedição )


Paixão é uma chama ardente
Que corrói as entranhas adentro
Amor é serenidade e belos encontros
Beijos suaves como dos eternos namorados

Na juventude brota a grande paixão
O corpo é vulcão em erupção
Na maturidade o amor é verdadeiro
Encantos e muitos comprometimentos

Paixão se tem por atração física
Amor é para alguém em especial
Paixão e amor se completam
Numa bela razão de viver

Quem ama verdadeiramente
Nunca abandona o seu grande amor
Pois se a paixão se aquietou
Vamos dar vivas ao amor


Dorli Silva Ramos 

As ondas do mar(reedição)



Como é bom caminhar na praia
Bem antes do lindo alvorecer
Ouvir o barulho das grandes ondas
A recordar nossos amores perdidos

Quando sentimos o cheiro da praia
Antes da chegada do amanhecer
 Ouvimos o barulho das ondas
 Recordamos os amores perdidos

 O crepúsculo do entardecer chega
Parece que as ondas estão cansadas
Do seu trabalho interminável
Aí, morre o silêncio da praia

Mas as ondas são traiçoeiras
Se apaixonam por nós com ardor
Pois estão enciumadas a nos ver
Passeando e elas trabalhando

Dorli Silva Ramos

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Hoje eu descobri:



Hoje eu descobri que não vale a pena sofrer por quem nos menospreza, pois a certeza é que iremos para o mesmo lugar, escuro, gelado, sufocante e abandonado: a nossa última morada. Saber quando sairemos de lá, ninguém descobre. Talvez nunca. Nunca é uma palavra muito forte, vamos deixá-la para depois do ocorrido.

Enquanto estivermos vivos, vamos viver com alegria, soltar risos de emoções e chorar nos dissabores e nos conformarmos com ganância em que o homem se propõe a viver aqui na Terra.Coitados, deveríamos sentir pena, pois o meu corpo dói hoje o seu vai doer amanhã. Quiçá ele doa, pois isso denotará muitos anos, conhecendo o ser humano tão complicado. Eu também sou, mas tem gente que guarda no coração mágoas que vão se acumulando pela vida que não vale muito ser vivida nesse turbilhão de agentes com flechas querendo nos ceifar para ficar com nosso parceiro(a), dinheiro e todo o nosso suor derramado para poder ter uma vida digna.

Aonde foi parar a dignidade do homem? Uma ventania passou sorrateiramente e a levou para se diluir no ar e ficamos, quando velhos, à deriva num barco estreito esperando que alguém vá nos buscar. Ninguém irá não, nem seus filhos, maridos ou esposas, pois se foi é porque não serve mais para nada. Está velho(a).

Por uma tolice do destino, nosso coração começa a falhar e no deleite da insubordinação à vida vamos nos sucumbindo paulatinamente. E muitos torcendo.: Ainda não morreu?Sorrisos..., pois todos iremos passar pelo mesmo caminho que poderá ser curto, médio ou a perder de vista.

Agora eu me pergunto: Por que tanto orgulho, se ao morrermos nossa carne irá se putrificar em poucas horas e você sorri porque no testamento, você pensa que está. Está sim no testamento de Deus.


Dorli Silva Ramos

Beijos apaixonados( reedição )



Com é bom namorar e beijar
Beijos profundos e apaixonados
Com o tempo os beijos esfriam
E vamos nós outros beijarmos

Muitos namorados e grandes paixões
Beijos demorados, beijos suaves
Mas são beijos diferentes
Ninguém vive sem beijar

Se fôssemos contar nos dedos
As pessoas que beijamos
Precisaríamos de muitas mãos
Mesmo assim não daria pra contar

Vocês jovens não percam tempo
Ganhe-os a beijarem muito
Loiros, morenos, negros e várias raças
Não devem nunca se privar

O tempo passa rapidinho
Começamos a envelhecer
Os beijos já ficam sem graça
Pra que precisamos beijar?


Dorli da Silva Ramos

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Minha sina...



Ó lua, só tenho a ti nesse meu vazio
Todas as noites aqui te espero
O dia para mim é um calvário dorido
Todos me chamam de bruxa...

Viro peixe quando quero nadar
 Sou mulher sensível e quero amar
Mesmo sabendo ser uma bruxa
Sobem o morro para me explorar

Meu corpo sai fumaça de tanta paixão
Muitos querem respirar a fumaça
O meu corpo só aceita quem me ama
Mas como ninguém gosta de mim...

A minha sina lua é ficar só no teu reflexo
Até que as estrelas resolvam chegar
Para brilhar o universo e minha amargura
De não ter pra quem dar meu coração

Dorli Silva Ramos

terça-feira, 4 de junho de 2013

Mulher da cor do pecado (reedição)



Mulher negra da cor do pecado, da cor do café
Quem é que não gostaria ser amado por ela?
 Não precisa se lambuzar de maquiagem
Sua beleza é irradiante e bem natural

Sua pele é aveludada que inveja qualquer mulher
Seu corpo é bem esculpido, sua boca é só paixão
Seu andar é malicioso, seu sorriso é nuvem branca
Seus cabelos encaracolados a deixa mais sedutora

Seu odor se mistura com um perfume raro
Que enlouquece muitos homens
 Quando vai fazer amor
Explode como um vulcão

O homem que tiver o privilégio de ter essa mulher
Seu sossego acabará para sempre
Seus ciúmes doentios poderão maltratá-la
E ele correrá o risco de perdê-la
Para outro, aí, irá endoidecer

Dorli da Silva Ramos

Teus olhos...



Teus lindos olhos brilham tal estrela
A mais cintilante estrela no céu
Os teus são os meus olhos para o céu
Que me enfeitiçaram o coração

Quando me olhas sinto um calafrio
Irradias raios incandescentes e enlouquece
Todo meu corpo perdido por ti
Não suporto, te aperto em meu peito

Mulher, quem foi que fez este teu olhar?
Que faz meu sangue ferver nas veias
Minhas pernas bambearem de emoção
Amparo-me em ti e beijo teu olhar

Desço meus lábios que alcançam os teus
Que num bailado infinito apressa
Uma louca paixão descendo sorrateira 
Alcança o prazer sem o seu olhar

Dorli Silva Ramos

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Nosso casebre de amor( reedição )



Foi nesse casebre de amor que eu e Rosinha
Após o enlace matrimonial fomos morar
Ela era uma linda jovenzinha inexperiente da vida
E eu um garotão louco de paixão

Esse casebre ficava no sítio do meu pai
Que com sua infinita bondade nos cedeu
Para um início de vida que seria de muito amor
Grande dignidade e muito trabalho

Os anos iam passando e o que mais queríamos na vida
Não chegava: Seriam os filhos
Rosinha era estéril e não poderíamos dar nosso amor
As belas crianças a correr pelo campo
A nos chamar de papai e mamãe

Sonhávamos um sonho lindo sem riquezas
Mas rodeados de amor e, o tempo passou...
Um dia, por um milagre, nos foi confiado
Um lindo bebê que havia perdido a mãe
Num parto muito complicado

Aquele lindo bebê é um "dotor"sim "sinhô"
Trabalhamos muito pra lhe dar um diploma
Hoje está bem casado e não se esqueceu
Dos seus velhos pais adotivos amados

Hoje somos bem velhinhos sem mais aquelas paixões
Melhoramos nosso casebre de amor
Somos hoje felizes do nosso jeito simples
Resmungando por qualquer coisinha
Essa foi uma vida bem vivida

Dorli Silva Ramos

As máscaras que camuflam.



A maioria das pessoas precisam usar máscaras para camuflar uma personalidade sórdida para enganar muita gente, mas existem pessoas que não precisam delas para desmascará-las: elas não fazem nada só para terem o gostinho de ver até onde vai a mente humana.
Com tantos exageros de máscaras belíssimas que temos por aí, tenho certeza que o inferno já deve estar cheio delas...E o que fazer com as novas máscaras dos sórdidos? Elas estão se alastrando pelo mundo com um sorriso encantador e palavras dóceis e, assim, vão levando pessoas simples de coração a se comportarem como suas ovelhinhas mansas. Mas, existem as raposas muito espertas que não caem sobremaneira no encanto dos seus elogios. Que pena!
Acordem para a vida, olhem-se no espelho e digam a si mesmos: eu sou um ser esplêndido e não vou me deixar influenciar pelo belo, pelo inusitado e pelo "puxasaquismo" que sempre existiu na humanidade. " Puxasaquismo" é tão tão insignificante que nem existe num dicionário sério. Uma palavra que causa náuseas e que nos limita menosprezando nossa inteligência.
Portanto: " Olho Vivo "


Dorli Silva Ramos

domingo, 2 de junho de 2013

O Silêncio



Não gosto do silêncio
Da uma sensação de impotência
De nada poder fazer
Nem como se defender

O silêncio da pessoa amada
Estraçalha minha alma
Nunca diz se me quer ou não
Nem decide o amor

O silêncio do domingo à noite
Fico muito atordoada
Não sei onde vou ou se fico
Pois todos querem o silêncio à dormir

O maior silêncio é a noite gelada
Onde quero muito conversar
 Consigo até ouvir o tique-taque do relógio
Pego um livro, mas ele é mudo

Perco o rumo na minha enorme casa
 Todos dormem no seu respirar
Eu aqui muda falando com o vazio
Saio à noite, vou conversar comigo mesma

Dorli Silva Ramos

sábado, 1 de junho de 2013

Rastejando pensamento



Rastejo meu pensamento
Nesse quadro que você pintou
Apalpo cada pássaro que voa o infinito
Aqueço meus pés nas areias

Ando a ponte de madeira até o final
Era nesse lugar que me amava
Contornava meus braços no seu colo
Beijava seus lábios incandescentes

Nesse vazio procuro no quadro você
As ondas que quebram na praia
Bebem lágrimas de saudades
Que caem dos meus olhos chorosos

Pintou esse quadro no meu aniversário
Me pincelou bela e esbelta pra você
Por um descuido da vida, você morreu
 Vive hoje no quadro e pensamento

Dorli Silva Ramos

Beijo ao luar



Oh! que saudades tenho
Dos tempos de outrora
Onde os beijos eram cálidos
Perfumados de amor

A lua sorria pros namorados
Que às escondidas se beijavam
Depois sentavam na areia
Sonhando uma vida a dois

De repente vem uma onda forte
Pega-os de surpresa na areia
Rolam abraçadinhos .Que delícia!
Se entreolham, roupa colada

O coração dos dois aceleram
Um abraço mais apertado
Corpo esquentava entranhas
Saíam a correr do pecado

A vontade era da entrega total
Mas isso só poderia fazer
Se o casamento acontecesse
Numa noite especial


Dorli Silva Ramos

sexta-feira, 31 de maio de 2013

As estrelas e a flor (reedição)



As estrelas brilham no céu
Com o nascer d'uma bela flor
Na sutil primavera
A mais amada das estações

As estrelas nos regam com amor
Onde explodem grandes paixões
A flor nasce no campo aberto
Com esplendor e suave perfume

Amo as estrelas e a flor com ardor
A flor oferece-se ao nosso amor
Que é estrela aquecendo a flor
As duas se unem com grande calor

Nesse enlace se completam
Pois se uma  flor morre no alvorecer
As estrelas brilham ao anoitecer
Para o ressurgir d'uma nova flor


Dorli Silva Ramos

Delírios noturnos



Em qualquer canto da noite, à beira d'um riacho, ao pé do jatobá; um sono funesto toma conta do meu corpo e, durmo abraçada a duas rosas, a vermelha é a insanidade dos meus desejos carnais e a branca é a saudade d'um amor que matou meus sonhos e se esvaiu por uma estrada sem fim.

Na dormência do meu corpo é onde encontro inspirações para lhes escrever, pois não sou eu e sim um delírio obcecado com vontade incontrolável de ceifar aquele maldito que sem destino se foi, deixando meus  desvairados sonhos pela metade. Preciso achá-lo nem que tenha que morrer para devolver-lhe a outra  metade dos meus instigantes e cruéis sonhos.

Não sou nada, mais pareço um espectro vagando durante o dia em pecados insanos, pois preciso comer para dormir e sonhar com você, ser asqueroso dante inimaginável. Destruiu meus lindos sonhos de mulher à ser uma vadia qualquer, dormindo em becos para poder sonhar e acabar minha estória.

Já cansada das orgias, algo insólito aconteceu aquela noite: fui caminhando até chegar embaixo de um pessegueiro. A lua e as estrelas dormiam, parecia um breu, nisto senti dores pelo corpo, foi onde percebi minha silhueta toda costurada. Estava morta. Aquele maldito me matou: levantei sorrateiramente e, não longe dali, com meus olhos de raios x eu vi: era ele dormindo, lindo como as nuvens sombrias e, nesse dia elas escureceram, ficamos os dois em delírios.


Dorli Silva Ramos

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Adeus na estação



Hoje choro ao recordá-la na estação
Com seu lindo vestido vermelho
Na mão um lenço à enxugar as lágrimas
Que dos seus lindos olhos caiam

O tempo passou como um rio corrente
Deixando pra trás o meu amor
Hoje arrependido, velho, sinto saudades
Da cabocla linda que ficou na estação

Ainda ouço o apito do trem sossegado
Da alta janela beijou meus lábios
Prometi a ela que um dia viria buscá-la
Para ser a rainha do meu coração

Os anos passaram depressa, só lembranças
Já velho e debilitado sinto saudades
Da única mulher que chorava na estação
Meu coração ficou talhado de dor

Perdi meu amor por ganância
Pois fugi com uma mulher rica pra capital
 Me abandonou no meio do caminho
Só me restou a dor e solidão

Dorli Silva Ramos