domingo, 15 de junho de 2014

Perdida na noite sem luar




Estou a tua espera nesta noite sem luar
A escuridão me apavora, sem estrelas a brilhar
O medo toma conta de mim e tu não chegas
Coração acelera, mãos suam e tremulam pernas

De repente o céu apiedou-se de mim aqui só
A lua aparece chora a minha triste desilusão
Estrelas vão chegando para dar fim a solidão
Ouvi passos e vi o seu rosto suado, agoniado

 Amor, vinha a te encontrar e, nisso o céu escureceu
Trazia-te rosas que despetalaram  pelo caminho meu
Lindo céu que ora ficou claro pelas estrelas coloridas
Venho te dar um lindo presente, são as nossas alianças

Oh! como são lindas(...) tem certeza do nosso amor?
Certeza? Te amo mais do que a mim mesmo, querida
Vou fazer de ti a mulher do universo mais amada
Calados, se abraçaram e beijo veio com muito ardor


sábado, 14 de junho de 2014

Homem



O  Homem foi a maior perfeição
Que nosso Pai se permitiu fazer
Fez todas as maravilhas do mundo
E por último se esmerou no belo ser

Não usou mármore e nem o bronze
Como uma criança, fez com esmero
Moldou sua obra com barro molhado
Após a perfeição, soprou vida que preze 

E um lindo Homem viveu à saudá-Lo
Deus deu-lhe o belo  nome de Adão
Pensando na sua solidão no mundo
Arrancou-lhe uma costela e fez  a Eva

E Deus disse-lhes: sirvam-se à vontade
Mas só os proíbo de comerem da maçã
Mas o diabo tomou a forma de serpente
Enfeitiçou-os dizendo ser a mais doce fruta

E ainda, se comessem seriam mais que Deus
Daí a ganância sobrepôs e da fruta comeram
De repente sentiram vergonha do seus nus
Cobriram as vergonhas e a culpa confessaram

Deus fez um mundo maravilhosos para eles
Mas, com a desobediência foram expulsos
Do Jardim do Éden onde iriam ser felizes
Para amargar sofrimento, morte e enganos
  

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Amor além da morte


tumblr

Marilda era a mais linda jovem da minha pequena cidade. Era muito disputada e eu como um rapaz pobre e recatado, procurava nem olhar para ela quando passava por mim. Depois da passagem, meu olhar só era para ela, pernas tremiam, enfim eu a estava amando.
Uma cidade pequena, só um clube para bailes e naquele mês haveria um. E todos os jovens estavam eufóricos nos preparativos para o baile.
Eu, trabalhava num mercadinho e estudava à noite e ainda ajudava minha família que era grande.Portanto minha roupa de baile era uma só, nunca sobrava dinheiro para me vestir bem, mas não ligava, pois gostava da minha simplicidade, o que me ajudava era a minha alta estatura e os meus olhos azuis, meio apagados pela vergonha de encarar qualquer mulher.
Marilda era o meu oposto, solta, extrovertida, sorridente e brincalhona, mas tinha uma qualidade que não batia com a minha:era filha do usineiro mais rico da cidade.
Chegou finalmente o baile tão esperado. Era exatamente meia noite quando cheguei ao baile; lindas jovens passavam por mim jogando aquele charme e eu abaixava a cabeça, mudava de lugar.
De repente a orquestra para todos os que estavam dançando. Marilda subiu até a orquestra e disse: hoje quero fazer algo inusitado; Vou roubar o par de uma linda jovem, é apenas uma brincadeira e aqui meu irmão irá dançar com aquela que ficar só no salão. Foi um zum...zum... danado. 
Ela desceu linda as escadas na lateral, acredito que todos os rapazes ficaram eufóricos, eu procurei não tremer muito as pernas quando ela chegou a minha frente e levantou meu braço. Quase desmaiei de tanta felicidade. 
E o baile continuou; Marilda colou seu lindo rosto perfumado no meu, eu fui às nuvens e voltei rapidinho, então ela disse: Jônatas, eu o amo e beijou meus lábios vagarosamente, devo ter enlouquecido, abracei-a com força e beijei seus lábios com muita paixão, foi quando ouvimos o bater de palmas, acordamos, sorrimos e continuamos a dançar até o alvorecer.
Nos casamos e fomos morar numa bela casa, presente de seu pai, eu fui trabalhar na Usina dele e nós dois íamos fazer Faculdade à noite. Meu Deus,como éramos felizes! No ônibus jogava seus cabelos doirados no meu ombro e adormecia.
Já fazia cinco meses do nosso casamento e na volta da Faculdade houve um acidente com o nosso ônibus, muitos feridos e alguns mortos e, desmaiei quando vi Marilda sem vida.
Todos os dias venho aqui onde ela foi enterrada e choro a sua ausência; depois vem aquela paz, parece que ela está junto a mim.
Jamais quero outra mulher, Marilda sempre será o único amor da minha vida...
  

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Romantismo ( Feliz dia dos namorados )




Parece que o romantismo acabou
Não, não deixemos isso acontecer
É a mola que fomenta o que começou
A gentileza que fez o amor florescer

Um olhar tímido, uma taça de vinho
Coração aquecido do início do amor
Outros encontros no simples barzinho
Ele tímido à trazer na sua mão uma flor

Um encontro no sono do lindo pôr do sol
 Rápidos beijos fazendo coração bater forte
Carregando uma chama de paixão ardente
Um silêncio para ouvir o canto do rouxinol

Um banho de mar com o choro das ondas
Um olhar mais profundo, cálido, mas sedento
A posse de dois corpos é inevitável nesse pranto
Suave de amor, paixões e prazeres mais a soltas


quarta-feira, 11 de junho de 2014

O mistério da mansão




Era uma mansão diferente das outras, pois a quem passasse por ali sentia um calafrio na espinha e apressava seus passos, pois o medo tomava conta do seu corpo e espírito. Era uma sensação de não estar em lugar algum, o medo que se sentia fazia dessa mansão ser chamada de Mansão Mistério.
Até o sol, a lua e as estrelas passavam longe dessa enorme mansão. Os raios do sol escuros e chuva faziam morada nesse castelo. Por que chovia torrencialmente todos os dias em todo perímetro do castelo? Ninguém ainda sabia.
Perto do castelo havia uma escola e nela uma classe, a dos corajosos, então eles resolveram fazer uma visita ao castelo para tentar descobrir o que ele tinha que “borrava” de medo todos os marmanjos da cidade.
A professora não foi, tinha medo, mas de tanto insistirem com a diretora tivemos a permissão para o passeio. Era uma classe de trinta alunos, vinte eram meninas e dez eram garotos.
No outro dia, todos apostos para desmembrar o mistério que oprimia os moradores circunvizinhos. No portão havia dois enormes sinos, onde nós crianças dependuramos neles para tocá-los.
Nesse instante apareceu o mordomo, um homem gordo, baixo de bigode e cartola, horroroso e esbravejou: o que vocês querem? Todos bateram o queixo de medo. Nesse ínterim eu o mais corajoso disse que queríamos visitar o castelo para um trabalho na escola.
O mordomo riu esbaforido, mostrando aqueles dentes podres e um mau cheiro impregnou os narizes de todos. Muitos até vomitaram.
O feio mordomo abriu o portão e, de tão velho fez um barulho estridente que doeu até os tímpanos.Subimos aquelas enormes escadas, um calafrio tomou conta de todos e ao chegarmos perto da porta, ela se abriu sozinha ringindo de terror.
Agarramo-nos uns aos outros, pois lá dentro do castelo fazia um frio de batermos os dentes e não levamos nenhum agasalho.
Fomos andando vagarosamente observando tudo, nenhum detalhe poderia escapar. Vitória, a aluna medrosa, de repente viu uma senhora num quadro, era uma bela mulher, ficou encantada, mas pausadamente a mulher se transformou num bicho horrível. Ainda bem que ficava só no quadro.
O mordomo nos convidou para um saboroso café, quando entramos na sala de refeição ficamos deslumbrados com tamanha beleza de tudo que se encontrava na sala. O café, que mais parecia um banquete já estava na mesa. Quantas iguarias gostosas! O mordomo sentou e pediu para que todos se sentassem para saborear o delicioso café.
Eu, então, muito atrevido perguntei a ele: Porque essa mesa tão grande se o sr. está tão só? Ele me respondeu que no castelo havia muitas pessoas.
Começamos a saborear nosso café. Que delícia! Tudo era de um sabor todo peculiar.
Nisso, foi entrando uma fila, nem sei o que eram: pessoas com túnicas e véus brancos, nada disseram; sentaram-se à mesa e todas aquelas delícias iam se arrastando para elas, levantaram o véu que cobriam os seus rostos, muitos de nós desmaiamos, cada rosto nos era conhecido por ter estudado na história do mundo. Só vou falar o nome de um para não assustar quem está lendo esse conto: Hitler, faltando pedaços de sua face. Os que desmaiaram se refizeram e se achegaram perto de mim e disseram: vamos embora, pois aqui é o Castelo das Almas, nem o inferno as quiseram; então o mordomo disse: "pera" aí, porque tanta pressa? Todos se agarraram a mim.
Eu, Ricardo, aluno corajoso da escola sendo o narrador dessa história, pedi para que todos dessem as mãos e fizemos uma oração muito forte, cada um deles desmanchou-se formando um montinho de cinzas fétidas. E o mordomo? Virou um capeta horrível, saiu voando com aquele sorriso sarcástico gritando: vou procurar outro castelo, pois esse não é mais assombrado e futuramente será um grande museu.
E assim aconteceu... Visitas ao Museu das Almas, preço único: alimentos não perecíveis e roupas.
Hoje, adentrando ao Museu das Almas, mas sem medo, vi a beleza suntuosa daquelas paredes. E vocês me perguntam: quem era o dono do castelo? Como ninguém apareceu para reclamar ser o legítimo dono, passou a ser propriedade do Estado e, é muito bem cuidado dando emprego a muitas pessoas.
Querem trabalhar lá? Há vagas. Façam suas inscrições.kkk . 

"Ricardo de Almeida"

Alguém tem outro desfecho para esse conto? Coloque-o nos comentários, por favor.