Era uma mansão diferente das outras,
pois a quem passasse por ali sentia um calafrio na espinha e apressava seus
passos, pois o medo tomava conta do seu corpo e espírito. Era uma sensação de
não estar em lugar algum, o medo que se sentia fazia dessa mansão ser chamada
de Mansão Mistério.
Até o sol, a lua e as estrelas passavam
longe dessa enorme mansão. Os raios do sol escuros e chuva faziam morada nesse
castelo. Por que chovia torrencialmente todos os dias em todo perímetro do
castelo? Ninguém ainda sabia.
Perto do castelo havia uma escola e
nela uma classe, a dos corajosos, então eles resolveram fazer uma visita ao
castelo para tentar descobrir o que ele tinha que “borrava” de medo todos os
marmanjos da cidade.
A professora não foi, tinha medo, mas
de tanto insistirem com a diretora tivemos a permissão para o passeio. Era uma
classe de trinta alunos, vinte eram meninas e dez eram garotos.
No outro dia, todos apostos para
desmembrar o mistério que oprimia os moradores circunvizinhos. No portão havia
dois enormes sinos, onde nós crianças dependuramos neles para tocá-los.
Nesse instante apareceu o mordomo, um
homem gordo, baixo de bigode e cartola, horroroso e esbravejou: o que vocês
querem? Todos bateram o queixo de medo. Nesse ínterim eu o mais corajoso disse
que queríamos visitar o castelo para um trabalho na escola.
O mordomo riu esbaforido, mostrando
aqueles dentes podres e um mau cheiro impregnou os narizes de todos. Muitos até
vomitaram.
O feio mordomo abriu o portão e, de tão
velho fez um barulho estridente que doeu até os tímpanos.Subimos aquelas
enormes escadas, um calafrio tomou conta de todos e ao chegarmos perto da porta,
ela se abriu sozinha ringindo de terror.
Agarramo-nos uns aos outros, pois lá
dentro do castelo fazia um frio de batermos os dentes e não levamos nenhum
agasalho.
Fomos andando vagarosamente observando
tudo, nenhum detalhe poderia escapar. Vitória, a aluna medrosa, de repente viu uma
senhora num quadro, era uma bela mulher, ficou encantada, mas pausadamente a
mulher se transformou num bicho horrível. Ainda bem que ficava só no quadro.
O mordomo nos convidou para um saboroso
café, quando entramos na sala de refeição ficamos deslumbrados com tamanha
beleza de tudo que se encontrava na sala. O café, que mais parecia um banquete
já estava na mesa. Quantas iguarias gostosas! O mordomo sentou e pediu para que
todos se sentassem para saborear o delicioso café.
Eu, então, muito atrevido perguntei a
ele: Porque essa mesa tão grande se o sr. está tão só? Ele me respondeu que no
castelo havia muitas pessoas.
Começamos a saborear nosso café. Que
delícia! Tudo era de um sabor todo peculiar.
Nisso, foi entrando uma fila, nem sei o
que eram: pessoas com túnicas e véus brancos, nada disseram; sentaram-se à mesa
e todas aquelas delícias iam se arrastando para elas, levantaram o véu que
cobriam os seus rostos, muitos de nós desmaiamos, cada rosto nos era conhecido
por ter estudado na história do mundo. Só vou falar o nome de um para não
assustar quem está lendo esse conto: Hitler, faltando pedaços de sua face. Os
que desmaiaram se refizeram e se achegaram perto de mim e disseram: vamos
embora, pois aqui é o Castelo das Almas, nem o inferno as quiseram; então o
mordomo disse: "pera" aí, porque tanta pressa? Todos se agarraram a mim.
Eu, Ricardo, aluno corajoso da escola sendo o narrador dessa história, pedi para que todos dessem as mãos e fizemos uma oração
muito forte, cada um deles desmanchou-se formando um montinho de cinzas
fétidas. E o mordomo? Virou um capeta horrível, saiu voando com aquele sorriso
sarcástico gritando: vou procurar outro castelo, pois esse não é mais
assombrado e futuramente será um grande museu.
E assim aconteceu... Visitas ao Museu
das Almas, preço único: alimentos não perecíveis e roupas.
Hoje, adentrando ao Museu das Almas,
mas sem medo, vi a beleza suntuosa daquelas paredes. E vocês me perguntam: quem
era o dono do castelo? Como ninguém apareceu para reclamar ser o legítimo dono,
passou a ser propriedade do Estado e, é muito bem cuidado dando emprego a
muitas pessoas.
Querem trabalhar lá? Há vagas. Façam
suas inscrições.kkk .
"Ricardo de Almeida"
"Ricardo de Almeida"
Alguém tem outro desfecho para esse
conto? Coloque-o nos comentários, por favor.
Um conto muito interessante. Eu não mudava nada já que o acho bom assim. Só não entendi bem o significado de chover sempre no perímetro do Castelo. Seriam a chuva as lágrimas das almas penadas?
ResponderExcluirUm abraço
Olha Dorli,eu não colocaria desfecho algum,pois já era um castelo mal assombrado,com almas perambulando,coisa que eu vejo de outra forma,mas se a história é assim narrada por Ricardo,o castelo acabou transformando-se em um suntuoso museu e a entrada somente era aceita por alimentos não perecíveis e roupas,isso nos leva a crer que passou à ser um asilo ou um abrigo à crianças carentes.
ResponderExcluirPara mim os espíritos amigos,ali conseguiram afastar àqueles irmãozinhos do mal e levá-los às escolas,para um estudo em aprenderem e compreenderem por quê motivo estariam passando por isso,e dessa forma o castelo mal assombrado foi transformado em um abrigo aos mais necessitados.
Linda história,um pouco temerosa,mas ainda bem que o bem conseguiu vencer o mal.
Eu até trabalharia,sabendo que não haveriam mais esses irmãozinhos e estaria ajudando àqueles que precisassem de uma doação de amor.
bjs amiga
Carmen Lúcia.
Hehehe, bacana o conto. E não é que a oração tem poder? Mas fiquei pensando... em que castelo agora todas essas assombrações foram parar? Esse sim não seria bom de trabalhar não...rsrs
ResponderExcluirNão consegui pensar em outro desfecho pra esse conto... tem que colocar a imaginação pra funcionar :)
Beijos!
Arca de Rabiscos
Faça parte da Arca
Horripilante kkkkkk.
ResponderExcluirbjokas =)
Bom dia
ResponderExcluirEu não quero não , dispenso kkkkkk
beijinhos .
http://eueminhasplantinhas.blogspot.com.br/
Boa tarde Dorli..
ResponderExcluirPoxa que texto.. uffa quase me tirou a respiração, lool
beijinhos
http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/
kkkk Dorli do céu...
ResponderExcluirAbraços
Não acrescentaria nada. O mal foi combatido com o bem e, é assim que deve ser feito.
ResponderExcluirAbraços.
Que história empolgante.
ResponderExcluirNão trocaria uma vírgula.
beijinhos
Que beleza de conto e eu não queria morar lá.rs Adorei! bjs,chica
ResponderExcluirOi Dorli, vc e seus contos, fortes e criativos. Amei sua doce visita no meu cantinho. Qd puder ver teu email. ta? Uma linda noite de bom sonhos. Bjsss
ResponderExcluirQuerida Dorli
ResponderExcluirGostei muito da sua narrativa e ainda mais da possibilidade de a deixar aberta,para quem quiser continuar e acabar de maneira diferente!
Parabéns.
Quem diria que iria acabar tão bem?!
Um beijinho
Beatriz