Vá, corra
atrás, não deixe sua vida acabar com esse doído ponto final. É difícil
recomeçar.
****segunda-feira, 1 de setembro de 2014
Volte- miniconto
Adoro escrever e ler, isso desenvolve a mente.
domingo, 31 de agosto de 2014
Mulher exótica
A mulher exótica tem algo mais que a
difere
De várias outras lindas mulheres
sedutoras
Seu olhar joga raios além do belo
horizonte
Seu cheiro atrai homens a querer
torturas
Seu olhar rompe barreiras até do
inusitado
O brilho do seu olhar inveja até as
estrelas
Que enciumadas dormem e fica tudo escuro
Não adianta, seu sorriso brilha mais
que elas
A lua se apieda e ordena luzes nas
estrelas
A lua precisa, tem que ter as suas
claridades
Para que o belo alvorecer acorde as
cidades
Essa é a sua função, faz parte
das sentinelas
Mulher exótica sofre devido as
discriminações
Mas que culpa ela tem de ser bela e
diferente?
Se nasceu com o dom de enlouquecer corações
E trazer para o seu peito um homem
ardente?
Adoro escrever e ler, isso desenvolve a mente.
sábado, 30 de agosto de 2014
Poesia, alimento da alma
Saboreio-me sempre de poesia
Ela é o meu alimento da alma
O meu cérebro me da em letras
As transformo em belas rimas
Rimo o amor com fervor, calor
A beleza com firmeza e alteza
No peito brota e cresce o amor
Lavo a minh'alma com leveza
O rubor da face é da vontade
De beijar seu corpo por inteiro
Acordo, fico na cama assustado
Descortino uma triste realidade
Tudo é sonho é magia e sedução
Na panela tem arroz com feijão
Tenho que sustentar o meu corpo
Para alma ser nutrida de sonho
Adoro escrever e ler, isso desenvolve a mente.
sexta-feira, 29 de agosto de 2014
Triste destino- reedição
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Numa bela metrópole do Rio Grande do Sul, nasce William, um
lindo garoto de pele clara e olhos azuis. Nesse mesmo dia a criada do
milionário deu a luz a Kelly, uma menina de cor jambo de olhos azuis.
Passado alguns anos a criada ainda continuava seu trabalho no
mesmo local, pois tinha que criar sua filha...Até que um dia Kelly já com seus
quinze anos, quis conhecer o local de trabalho da sua mãe. É claro, ela pediu
permissão ao seu patrão que não se importou, mas com uma exigência: desde que a
jovem não saísse da cozinha e assim aconteceu. O filho do patrão tornou-se um
lindo jovem que nesse dia foi nadar na piscina do jardim da mansão. Da janela
da cozinha, Kelly acompanhava os movimentos dele e num instante, William
percebeu alguém na janela. Pegou seu binóculo e seu coração palpitou ao ver
aquela maravilhosa jovenzinha da cor de jambo e olhos azuis como os seus.
No mesmo instante perguntou a sua mãe quem era aquela jovem que
estava debruçada na janela e ela respondeu: é uma pobretona, filha bastarda da
nossa criada de muito tempo.
Passado alguns anos, nunca mais William viu Kelly e já com vinte
e um anos, uma força descomunal pairou no seu pensamento: queria saber do
paradeiro da jovem, pois a criada, já aposentada, não trabalhava mais lá.
Um dia...quando seus pais foram a uma reunião formal, William
mandou os empregados dormirem e sozinho começou a vasculhar numa escrivaninha
algum papel que mostrasse o paradeiro da criada. De tanto procurar achou...
A princesa dos seus sonhos morava numa pequenina cidade do
interior de São Paulo. Arrumou sua mala, pegou todo dinheiro acumulado de suas
mesadas e rumou à procura do seu amor de quinze anos que nunca saiu do seu
pensamento.
Chegou à cidade de trem, desceu e perguntou a primeira pessoa
que encontrou se sabia o endereço de Kelly e, com este, logo encontrou sua
casa. Ficou ansioso e seu coração a palpitar, quando bateu à porta da sua casa:
Kelly assustou, tremeu e começou a chorar ao ver quão lindo era o seu amor.
Então,William perguntou por que ela chorava, e ela respondeu: eu não posso
concretizar esse amor com você, pois por um triste destino, você é meu irmão.
William chorou tal uma chuva interminável.Os dois se abraçaram, ele deu-lhe um
beijo na testa e partiu.
De volta a mansão de seus pais, eles estavam enlouquecidos a sua
procura e o pai perguntou: aonde você foi William? Ele respondeu: fui atrás de
uma jovem por quem me apaixonei aos quinze anos, era Kelly, a filha da criada.
Seu pai estremeceu: não se preocupe meu pai, pois eu sei que ela é minha irmã.
Assim é a vida: a mãe de William divorciou-se do seu pai, por
tê-la enganado por tantos anos e William fez questão de morar com sua sofrida
mãe numa simples casa no interior de Goiás.
Chegando lá, continuou os estudos, conheceu outra jovem, não era
o mesmo amor, mas casou-se com ela e tiveram um casal de gêmeos: o menino
parecido com o pai e a menina com o seu amor antigo. Ironia do destino...
Ninguém nunca mais tocou nesse triste episódio.
Virou mais uma página do livro da vida de William e com certeza
Kelly também fez o mesmo.
Adoro escrever e ler, isso desenvolve a mente.
quinta-feira, 28 de agosto de 2014
Apaixonei-me
Apaixonei-me por tua serenidade
Teus negros cabelos, cor da noite
Senti uma saudosa tristeza em ti
D'uma meiguice igual, eu nunca vi
#
Teu perfume impregnou minh'alma
Enlouqueci e tentei beijar tua boca
Olhou para mim, morria aos poucos
Tua lágrima iluminava os teus olhos
#
Foi aí que percebi o negro da roupa
Havia perdido a tua razão de viver
O amor há meses havia abandonado
Apertei-te no peito para bem querer
#
Hoje a chama queima nossos corpos
A felicidade fez morada na nossa vida
Sorrisos permeados pelos nossos filhos
Alegria crescendo cada vez mais florida
Adoro escrever e ler, isso desenvolve a mente.
quarta-feira, 27 de agosto de 2014
Partículas de sonhos-miniconto
Num tempo qualquer, os sonhos nasceram enfeitando minha vida miserável, mas hoje os sonhos se desmancharam em partículas de sofrimentos, sem
acalento; choro a solidão.
Adoro escrever e ler, isso desenvolve a mente.
terça-feira, 26 de agosto de 2014
Meu aniversário!!!
Meus anos idos, se perderam num lindo passado que não olvidarei
jamais. Mas o presente está aí, não tenho mais tantos sonhos, pois muitos já os
realizei, quero apenas a paz merecida pelos meus trinta e nove anos de
trabalho, de dedicação a família e a saudade de meus pais.
A vida é um mar de lama, que só consegue emergir os bons, que
são poucos, aqueles que querem ver a sua felicidade e o seu sucesso.
A maioria, se você morrer hoje até festeja, pois é mais uma vaga
de emprego. Agora pergunto: quando acabou o amor? Há muito tempo, quando houve
a desobediência de Adão e Eva.
A violência moral mata mais dos que as chacinas em séries. Não pensei
viver tanto para ver pai matando filho e vice/versa. Está pior do que o
holocausto de Hitler.
Hoje é meu aniversário, já me deram fel antes de completar 67
anos e, não morri. Lutarei até as minhas forças se exaurirem e elas ainda
têm muito gás.
Portanto, aos amigos, inimigos e visitantes anônimos, curtam o
meu aniversário aqui no meu blog com um bolo bem gostoso e champagne. Não vou
fechar o meu blog, mas gostaria de ao invés de ganhar cumprimentos fizessem uma prece pra que Deus mandasse chuva aqui no meu rincão, pois no momento estamos numa seca quase de calamidade, precisando muito.
Muito obrigada a todos.
Muito obrigada a todos.
Desculpem e obrigada
Adoro escrever e ler, isso desenvolve a mente.
segunda-feira, 25 de agosto de 2014
Estou exaurida
Meu corpo suado, já exaurido à procura
Do belo amor, de seus prazeres e descanso
O crepúsculo do anoitecer, enfim chega
Não o encontrei, choro o meu lamento
Fui logo despir-me das minhas agruras
Deito meu corpo nu n' água da mina
Ao bom frescor das puras águas mansas
Durmo na relva seca mas, muito chorosa
Acordo sonolenta com o lindo alvorecer
Ouço vários barulhos nos galhos secos
Tive medo, escondi-me pra me proteger
Vi você meu amor, corri aos seus braços
Num abraço apertado, coração acelerado
Dos seus olhos, brota um rio de lágrimas
Despiu-me vagarosamente e, ali mesmo
Nos exaurimos de várias luxúrias ávidas
Adoro escrever e ler, isso desenvolve a mente.
domingo, 24 de agosto de 2014
Você colhe o que planta!!!
Se você
planta ódio
colherá a
solidão
Se você
planta amor
colherá
bons fluídos
Se você
planta a discórdia
colherá
tempestade
Se você
planta tristeza
colherá
amargura
Se você
planta esperança
colherá
sucesso
Se você
planta o desânimo
Colherá
insatisfação
Se você
planta desamor
colherá
desesperança
Se você
planta amizade
colherá
alegrias
Se você
planta o abandono
colherá
lágrimas
Se você
planta respeito
colherá
agradecimento
Se você
planta o desrespeito
colherá
amargura
Se você
planta tolerância
colherá
amigos
Se você
planta o perdão
colherá
bem estar
Se você
planta prepotência
colherá
inimizades
Se segue
os mandamentos de Deus
reinará
com Ele no paraíso
Adoro escrever e ler, isso desenvolve a mente.
sábado, 23 de agosto de 2014
A bondade e a maldade
É muito difícil ganhar uma guerra, principalmente se ela for
psicológica e a sua maior estratégia para se sair vitorioso é: faça que ignore,
que não liga e não responda. O silêncio destrói qualquer um. Têm pessoas que
estão numa situação de desacordo e, só fraqueja aquele que grita, fala, xinga,
pois seu silêncio é pior que um palavrão.
Uma pessoa sábia sabe a hora certa de jogar na mesa suas cartas
vitoriosas, daí não haverá perdão e consegue adoentar pessoas que lhe fizeram
muito mal. A paciência anda de mãos dadas com a verdade e o perdão não são
todas as pessoas que conseguem doar e, quem somos nós para julgarmos se não
estamos na pele do insultado e pisoteado no que tem de mais precioso: seu
brio.
Portanto, cuidado com o que fale, pois uma palavra maldosa dita
fora de hora, será seu castigo para o resto dos seus dias. Pense antes de
falar...
Adoro escrever e ler, isso desenvolve a mente.
sexta-feira, 22 de agosto de 2014
Delicadezas De Deus
Deus
teve um sonho maravilhoso: fazer um mundo perfeito com os mares, oceanos,
lagoas, florestas, flores, frutos, a lua para termos o dia e a noite, o lindo
alvorecer, o sol para aquecer a terra e o espetáculo do pôr do sol. Não
esqueceu de nada, nem do minúsculo animal até o maior deles. A chuva que molha
a terra, onde o grão germina, dentre tantas coisas, parece que vejo o lírio
nascer no brejo, branco como a alma do Senhor. Fez ainda todos os planetas, as
galáxias, enfim tudo esplêndido.
Por
que tantas maravilhas feitas se só os animais iriam aproveitar? Então, resolveu
criar Adão a sua imagem e, vendo que ficaria sozinho fez Eva, sua mulher
para viverem eternamente felizes no paraíso. Deus os testou com o fruto
proibido e eles com a promessa da serpente em serem melhores do que Deus, comeram do
único fruto que Ele havia proibido. Foram expulsos do Jardim do Éden vindo a
viver com seus próprios trabalhos, eles esqueceram de todas as delicadezas de
Deus e pagaram com muito trabalho, tristezas, doenças e pela
desobediência a Deus e todos os seus descendentes ao invés de só alegria,
receberam como herança, a morte do corpo. O mundo está aí para vermos
a catástrofe da humanidade.
Daí
em diante, o desamor tomou conta da humanidade e já naquela época estava pior
que os tempos de hoje e Deus irado com a Sua Criação resolveu acabar com o
Mundo em água, num dilúvio, mas antes salvou numa enorme Arca: Noé, sua família
e um casal de cada animal. E o dilúvio aconteceu, já não adiantava mais
clemência, pois tudo foi feito para o arrependimento dos pecados cometidos e,
zombaram de Noé.
Deus
se arrependeu de ter acabado com o Mundo com aquela tragédia, agora Ele irá
resgatar seus filhos bons para subirem com Ele aos Céus e os outros voltarão a
ser o pó da terra.
O
Mundo está aí para vermos as terríveis catástrofes advindas da ganância de Adão
e Eva e, parece que a humanidade não aprendeu e continua assim com o desamor...
Deus
nos proporcionou tantas delicadezas e a maioria das pessoas não acredita
Nele e a cada dia que passa o homem, ao invés de agradecer a Deus pela
vida, já levanta esbravejando que tem que trabalhar como um burro para
sustentar a família, deixa de olhar os seus filhos que Deus o premiou com saúde
e inteligência. Ele não quer saber: fala mal da política, do desemprego e
muitos empecilhos que não o deixa prosperar e ter uma vida digna. Esquecem tais
pessoas que temos que nos melhorar por dentro, pois cada um irá ter sua
sabatina no fim do mundo. E aí? Será que seremos aprovados para termos uma vida
prometida por Deus ou viraremos pó?
Deus
é tão maravilhoso, nos deu tantas delicadezas e muitos esquecem de agradecê-Lo
pelas suas vidas.
Minha
participação na comemoração dos 5 anos do blog da Rosélia
Adoro escrever e ler, isso desenvolve a mente.
quinta-feira, 21 de agosto de 2014
Buscando uma razão para viver
Cá
estou numa tristeza inconsolável, pois minha vida deu uma virada de noventa
graus. Tinha marido e dois filhos e todos se foram num acidente de carro. Eu
estava em casa, enquanto meu marido foi passear com os garotos no Safári e na
volta, o acidente, nada sobrou na minha vida só a desolação de me ver só sem
vontade de viver.
Sei
que sou jovem, mas mal tinha começado minha vida e tudo me foi tirado e, às
vezes, me pergunto: por que não os acompanhei no passeio de ida? Lá onde estão é
bem melhor do que aqui, eram anjos de bondade e, com certeza estão num bom
lugar. E eu? fiquei com esse nó na garganta, uma saudade que não tem fim, quero
só dormir e beber água.
Numa
noite dessas, muito fraca adormeci durante o dia e sonhei com meu marido e, ele
dizia: meu amor, você não pode viver aqui, tem muitas coisas a fazer aí na
Terra. Levanta coma alguma coisa e viva, nós estamos bem nesse paraíso e as
crianças não lembram de nada. Acordei assustada, quase caí da cama de fraqueza
e medo.
Fui
até a cozinha com as mãos trêmulas de fome comi uma fruta e, paulatinamente fui
melhorando até que minhas pernas se firmaram no chão. Se não fosse o sonho eu
iria morrer, ou seja, me suicidar e nunca mais iria encontrar minha família.
O
tempo passou, cinco anos. Estava eu numa lanchonete comendo um lanche numa mesa, só, e ouvi alguém dizer: posso me sentar aqui, não tem mais lugar, abanei a
cabeça que sim.
Sempre
fui uma mulher bonita, mas agora estava sem brilho, com muito desleixo e sempre
meus olhos lacrimejavam.
O rapaz sentou na minha mesa e disse-me que gostaria de me ver
no outro dia, ele queria tirar essa tristeza que abatia meu rosto ainda belo e
jovem; dei-lhe um sorriso amarelo e disse sim.
Chegando
à noite, apesar de estar viúva havia cinco anos, não esquecia aquele fatídico
dia, cansada do trabalho, banhei-me e fui dormir.
Queria
sonhar com meu marido e nada, ele já havia encontrado um lugar maravilhoso para
abrigar nossos filhos e eu precisava viver, foi aí que olhando-me meu reflexo no
espelho me vi ainda bela e sorri.
No
outro dia, depois do trabalho parei na lanchonete e ali já se encontrava o
jovem a minha espera, levantou-se e, como um cavalheiro puxou a cadeira para eu sentar e ficou encantado com o brilho do meu olhar.
Nos
apresentamos: Lucas e eu Clara. Saímos à noite para assistirmos um concerto
musical não muito longe da minha casa,
Chegando
em casa, beijou meus lábios e senti que ainda tinha vida para continuar e
conquistar um outro amor. Nos casamos em seis meses.
Sou
uma mulher agora feliz, tenho uma menina, mas nada me faz esquecer a outra família que foi
morar n'outro plano.
Adoro escrever e ler, isso desenvolve a mente.
quarta-feira, 20 de agosto de 2014
Desistir dos sonhos
Taciturno a passos lentos
Desisti dos meus lindos sonhos
Hoje amargo, rasgo a vida
N'uma triste tarde sossegada
Onde deixei os meus sonhos?
Que hoje só vejo migalhas
Apodrecidas nos bueiros fétidos
Infestando a vida sem batalhas?
Esnobei a vida, e o que me resta
É meu ódio, o medo e a raiva
Pois tudo na vida tive, "as pencas"
Hoje, só vidas estraçalhadas
Cansei de andar a esmo tristonho
Sentei meu velho corpo num banco
Ouvi meu eu: siga, não desista
À cada dor d'alma existe uma saída
Adoro escrever e ler, isso desenvolve a mente.
terça-feira, 19 de agosto de 2014
CRÔNICA: O casamento do Nhonhô ( verídica )
Eu
era muito criança, morava em Minas Gerais , numa cidadezinha do interior, num
bairro muito pobre. Todo mundo conhecia Nhonhô, que não gostava de pegar no "batente", vivia pelos bares tocando violão. Não bebia e nem fumava,
pelo ao menos isso de bom. Morava na casa da sua tia avó num casebre de dar dó
e muito descuidado, pois ela tinha que batalhar na roça para dar de comer a
Nhonhô, o seu sobrinho vagabundo mais com grandes qualidades artísticas( nunca
foi atrás).
Nhonhô
começa a receber na sua casa, enquanto a tia estava na roça uma jovem gorda,
não era feia e nem bonita e, não demorou muito tempo a jovem engravidou. Foi
marcado o casamento, sua tia coitada, pobre fez um bolinho e comprou uns
docinhos e fez limonada , era a festa do casamento, que só os vizinhos iriam, a
madrinha deu um vestido de noiva e o dia chegou.
Como
de costume, a noiva chegou primeiro, ela estava até bonita de noiva, a praça da
igreja lotada para o casamento do Nhonhô, ele era muito querido na cidade.
Esperou...Esperou
e nada de aparecer. A noiva chorosa e os convidados foram para casa e os poucos
quitutes acabaram. Ela muito triste saiu vestida de noiva por uma pista perto
da cidade, nisso passou um jipe da cidade, pegou-a e trouxe para casa e lhe
disse: não se preocupe, nós encontraremos o seu noivo.
O
pai da noiva tinha uma espingarda que lustrava todos os dias. De repente Nhonhô
apareceu na cidade com a maior cara de pau; o pai da noiva ficou sabendo,
passou a flanela na arma e saiu e foi bater na casa da tia do noivo fujão.
Nhonhô quem abriu, não esperava o sogro, encostou o cano da espingarda na sua
boca e disse: ou casa com minha filha ou morre e ele levantou a mão. E o
casamento saiu só no cartório, nasceu um menino lindo, não poderia ser dele,
mas...eles ainda tiveram mais dois filhos.
Ela
não era muito certa, deixou os filhos na cama e fugiu com outro que até hoje
ninguém sabe do seu paradeiro. Nhonhô deu um filho para cada um, mudou de
cidade, arrumou um emprego e se juntou com uma mulher.
Já
era mocinha, minha mãe recebeu uma carta dele, pegamos o carro e fomos
visitá-lo numa cidade bem longe daquela que ele morava.
Meu
Deus! Quando vi a mulher dele quase desmaiei: horrível, suja, pés no chão e
quando fechava a boca os dentes ficavam fora dela.
Logo
que ele chegou do serviço lhe disse: seria melhor ter ficado com a outra que
era um pouco mais bonita.
Fomos
embora, nunca mais vi Nhonhô, às vezes, me bate uma saudade dele...Ô cabeça
dura!
A crônica conta um fato comum
do dia a dia, relata o cotidiano da vida real das pessoas, enquanto o conto e
a fábula contam fatos inusitados ou até fantásticos. Ou seja, distantes da
realidade.
Adoro escrever e ler, isso desenvolve a mente.
segunda-feira, 18 de agosto de 2014
Meu pensamento voa
Meu pensamento está aprisionado dentro do meu
cérebro, mas hoje vou deixá-lo solto para voar onde quiser conhecer: voou
embaixo das nuvens brancas e frias ouvindo os murmúrios das ondas do mar,
passou por mim e eu o deixei passar na maciez das minhas vestes até ele se
cansar.
Não obstante até onde nossas vistas veem, o vento
muito audacioso o transportou às nuvens, chegando aos céus. Chegando lá, ficou
deslumbrado com toda beleza vista; era noite e as estrelas brilhantes e
coloridas ofuscavam suas vistas, mas teimoso como era foi conversar com a lua,
esta já sabia que era a musa dos namorados ficou feliz com aquele pensamento
voando num vento já cansado, então, desceu do vento para ele descansar e foi
conversar com a lua, querendo saber o que ela tinha que embebia os sonhos dos
poetas apaixonados, ela apenas respondeu que os vigiava com amor.
Com o vento já descansado, o pensamento agarrou-se
nele e foi conhecer o resto do céu brilhante à noite. As estrelas mantiveram
distância do pensamento, pois se chegassem perto queimariam todos os seus
neurônios.
O pensamento estava cansado e o vento também e,
resolveram dormir numa nuvem branca quentinha, mas no meio do sono, a nuvem
sacolejou os dois, avisando que vinha chuva forte e, que deveriam ir embora
pois deixaram sua dona a mercê d'um mar violento.
Mais que depressa, voaram como um jato até a beira do
oceano, onde ela estava, entrou em seu cérebro, ela recobrou os sentidos
e, vendo o mar bravio e a chuva começando a cair forte, correu à procura de um
abrigo que não demorou a achar. Um casal se apiedou da jovem mandou-a entrar,
tomou um banho quentinho e foi deitar-se numa cama fofa e acordou com as ideias
fervilhando.
Não demorou muito tempo pegou um lápis e papel
e escreveu sua aventura: meu pensamento voa.
Adoro escrever e ler, isso desenvolve a mente.
domingo, 17 de agosto de 2014
O tempo não mata o amor
Todos
os dias passo diante do meu quadro quando tinha dezenove anos, um nó na
garganta faz meus olhos lacrimejarem e, quase não consigo acreditar na besteira
que fiz com a minha vida. Tinha alguém que me amava a loucura, me respeitava
como mulher, escrevia poesias e me endereçava e ao abrir o envelope meu corpo
ardia de amor e paixão. Fazíamos lindos passeios e promessas de um breve
casamento.
Um
dia, por bobeira minha disse que não o amava mais, ele empalideceu, deu meia
volta e foi caminhando, corri até ele, disse que era brincadeira. Olhou para
mim chorando e me disse: adeus, nunca mais você vai saber de mim.
E o
tempo foi passando e eu inutilmente a procurá-lo sem cessar. Já faz cinquenta
anos que nunca mais soube dele. Talvez tenha morrido e não achado o corpo.
Não
consegui amar mais ninguém, então, vivia à noite nos meus sonhos, que
pareciam reais, minha vida se desenrolou de uma forma autêntica e prazerosa.
Ele
chegava do trabalho, me pegava no colo e me beijava e numa grande banheira
cheia de pétalas de rosas o amor e a paixão fluíam, passeávamos pelos campos
floridos, sentávamos na grama e me fazia lindas poesias de amor e ali, diante
da lua e das estrelas nos amávamos com ardor. Foram nossas únicas testemunhas.
Hoje,
diante do espelho, passo as mãos nos sulcos que o tempo fez com minha pele e
procuro imaginar você em algum lugar pensando em mim.
Esse
é meu saudoso jeito de viver a solidão....
Adoro escrever e ler, isso desenvolve a mente.
sábado, 16 de agosto de 2014
Minha metamorfose
Tal
como a borboleta, eu vivo dentro do ventre da minha mãe: está na hora da minha
metamorfose, espremi de um lado e do outro, ouvia choros e pequenos barulhos,
de repente eu saí, sei que me deram um tapa e eu chorei... devo ter adormecido,
quando acordei, me vi apertada em roupas que me incomodavam e uma mulher me
beijava e chorava, chamando-me de minha filha.
Começou
meu sofrimento, de repente ainda pequena, falando algumas palavras, um homem
fraco que dizia ser meu pai me levou para um lugar cheio de crianças tristes, e
quando me dei por mim não mais o vi, nem liguei...não sentia nada por ele
e nem por ela( será por que era muito pequena?).
Fui
crescendo sobre ordens e surras num pavilhão nojento com baratas e sujeiras que
as meninas chamavam de colégio. Nesse colégio, me vestiam com qualquer roupa e
tenho os braços roxos de tantos beliscões.
Cresci
ali nesse antro nojento e Lúcia uma amiga sempre dizia que eu era muito bela e,
escondida no banheiro me deu um pequeno espelho: foi aí que me vi pela primeira
vez, já com meus quinze anos. Me amei, saímos sorrateiramente e à noite disse a
Lúcia que iria fugir dali. Ela me ajudou, roubou um vestido lindo de uma jovem
que tomava conta de nós e jogou do outro lado do muro e com uma força sobre
humana caí do outro lado.
Fui
caminhando, sendo iluminada pelas estrelas e a lua até chegar num córrego. Ali
tirei aqueles trapos e me joguei na água e com as mãos cheias de flores que
pegando pelo caminho esfreguei no meu corpo todo, sentindo um cheirinho gostoso
de flores do campo. Após secar meu corpo coloquei aquela roupa linda,
desalinhei meus cabelos e veio o vento para secá-lo e fiquei a apreciar a
beleza da natureza que nunca tinha visto.
De
repente ouço um barulho forte e começo a correr. O barulho parou e duas mãos me
seguraram:
Um
jovem lindo perguntou-me: onde vai com tanta pressa. Expliquei tudo para ele,
então me colocou em cima do cavalo, subiu atrás de mim e, pegou as rédeas e me
disse: vou leva´-la para minha casa, tenho mãe, pai e irmãos, não se assuste,
não vou lhe fazer mal algum.
Chegando
em casa, contei a família tudo da minha vida, a mãe do rapaz me abraçou e
disse: aqui você está segura.
Os
meses se passaram, Cláudio, o cavaleiro e eu nos apaixonamos. Seus pais foram à
procura do orfanato, já tinha na época dezoito anos e pediu meus documentos que
prontamente me entregaram.
Hoje
é o dia do meu casamento com Cláudio, como estamos eufóricos e muito felizes!
Adoro escrever e ler, isso desenvolve a mente.
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