segunda-feira, 21 de março de 2016

Sátira 1



Precisamos de pouco para ser feliz, ganhei de papai no dia do casamento um pedacinho de terra, um quarto e cozinha e bem lá perto do tanque um banheiro.
Eu como mulher fiquei cuidando da casa, fiz uma horta grande, foi um loteamento que um fazendeiro fez, pois estava "afogado em dívidas" cada um tinha um chiqueiro de porco, como era muito caprichosa ganhei do dono da fazenda água encanada na minha casa, pois era na cabeça que carregava água para molhar a horta.
Aos sábados num terreiro a dança corria solta a noite inteira, levávamos uns quitutes, adorávamos dançar, depois do baile tomávamos banho bem juntinhos. Que delícia!
Nosso avião eram dois cavalos que quando a safra de café era boa, íamos à cidade cantarolando e cavalgando guardar nosso dinheirinho no Banco.
Adorava comer fora, quem é que não gosta, mas tem muita gente que come iguarias caras e nós sentávamos cada um num toco e comia seu prato pronto, os homens tomavam umas cachaças que os ricos têm nojo e nós temos nojo das suas bebidas que pegam fogo, manjaram???
Nós tínhamos vários paraísos fiscais quando íamos passear pela fazenda aos beijos e...(encontrávamos) por muitas vezes, uma bela ninhada. A galinha ficava brava de medo que levássemos os seus pintinhos, ficava arisca, até que com jeitinho meu marido pegava a galinha no colo e eu levantava a saia rodada e colocava os pintinhos para levar para casa. Agora vocês estão pensando besteira, se eu levantava a saia iam ver minhas lindas pernas: erraram, embaixo da saia tinha um saiote de saco bem alvejado e para enfeitá-lo mamãe fazia crochê, ficava lindo.
Agora eu pergunto a "ocês":
Tem gente mais feliz" du qui nóis"? Duvido.


sábado, 19 de março de 2016

Contador de "causos"



Vovô era um homem muito sábio, apesar de não ser muito letrado, aprendeu a ler praticamente sozinho, tamanha era a sua vontade de ser um contador de "causos" e, conseguiu.
Ganhou um caderno velho e grosso do seu compadre e todos os dias, meio que às escondidas no seu quarto com a tramela fechada, escrevia seus "causos" que estavam acumulados em sua mente durante muitos anos.
Um dia seu neto pediu ao seu avô que lhe contasse um "causo".
Tá bom, meu neto, vou contar:
Paulo, um jovem sonhador e com família morta estava à beira de um riacho tentando pescar um bom peixe para o almoço, nisso sua vara tremeu e foi difícil puxar, chegou até entrar  num pedaço do rio. Um enorme peixe falou-lhe para que tirasse a fisga. Sua boca era grande e sangrava, fiquei com medo, pois nunca tinha visto um peixe daquele tamanho. Mas mesmo assim eu retirei.
Ia sair da água de medo quando ele me disse: não vou lhe fazer nenhum mal, você é um jovem de sorte, pois eu fui mandado para encontrar a esmo, mesmo porque não enxergo; um noivo para se casar com uma princesa e se ela gostasse casaria com ele.
Vou abrir a boca, ela está cheia de diamantes, pegue-os troque por dinheiro, compre lindas roupas e um lindo navio.
Ela estará esperando por você no seu castelo, ela é linda e meiga, mas se não gostar dela terá o direito de voltar.
Com o navio em auto-mar, balançando e tão nervoso que estava, então, o capitão tentou tranquilizá-lo: vá dormir um pouco. Quando ele pegou no sono chegou o capitão foi acordá-lo e Paulo comentou: já chegamos.
O castelo era lindo e tudo em volta era enfeitado de rosas vermelhas, uma maravilha. O que foi combinado com o capitão que quando chegasse no castelo teria que beijar a noiva na boca.
A porta se abriu, ele ficou até meio tonto com tanta beleza e era o dia do seu casamento, um vinha de encontro com o outro, Paulo bambeou as pernas, pois a noiva era horrorosa, mas mesmo assim beijou-a na boca, sentiu um hálito tão gostoso que continuou beijando até que alguém deu um toque em seu ombro e, quando Paulo olhou para a noiva desmaiou...logo voltou  a si. A princesa era linda.
O casamento aconteceu com todas as pompas que merecia uma princesa com seu futuro marido o príncipe Paulo.
A felicidade reinou naquele castelo, pois Paulo não era de brincadeira, deveria ser do Brasil, sua princesa tinha um filho por ano.
Aí, o neto perguntou ao seu avô; lá tinha muitas cegonhas?
Ah! Vá brincar pirralho.



quinta-feira, 17 de março de 2016

Diálogo de sobrevivência



fome

Mãe, tô com fome, cadê a comida?
Logo era virá minha filha, temos que ter paciência.
Estou com fome:
Não me enche menina, coma minhoca!
De repente a menina feliz, chega gritando: mãe, achei comida, estava com a boca cheia de minhocas. Coma também, lá tem bastante. A mãe chorou.
No outro dia, pegou sua filha, com uma garrafa d'água e foi caminhando a esmo. De repente, passa por eles um caminhão jogando terra de propósito com seus os pneus, chamando-a de vagabunda e vadia suja e prostituta. Dos seus olhos saíam lágrimas de desespero: que mundo é esse meu Deus!
Mãe, tô com fome, vamos procurar as minhocas.
Entraram num terreiro, cavaram, cavaram e nada de minhocas.
De repente, uma mão branquinha pousava no seu ombro
Era um anjo lindo que nos disse:
Aqui é o Céu
Caminhando viram muitos anjinhos vestidos de brancos com asinhas naturais, a levaram num chafariz deram-lhe um gostoso banho. Após o banho colocaram uma linda túnica branca e nas suas costas nascera um par de asas brancas. Ela perguntou por sua mãe e, nesse instante a mãe vestia uma túnica azul, cabelos bem penteados com flores e todos os dentes na boca.
O anjinho conversou com sua mãe dizendo a ela: aqui não existe fome e as pessoas são puras. Lá na Terra nos prometeram tudo e nada tivemos. Lá têm muitos desempregos, não é mãe? Sim filha. Vá brincar.


quarta-feira, 16 de março de 2016

Se eu pudesse sumir...




Se eu pudesse sumir  hoje
Voaria num mundo imaginário
Sem volta


Quanta dor diziam meus pais
Já não estão mais
Comigo


Adorava estudar
Os melhores
Presidentes do Brasil


Mas apesar de tudo
Amo o meu Brasil
Aguenta coração
Aqui eu nasci e
Aqui quero morrer


segunda-feira, 14 de março de 2016

Ser feliz


ser feliz

É abrir os braços pra vida no universo
A dizer: Senhor, obrigada pelos olhos
Pelas maravilhas naturais do mundo
Poder me encantar e viver sonhando

Poder cuidar as minhas belas plantinhas
Inspirar o verde das plantas com as rosas
As nuvens à dançar no sol para sonhar
A noite escurece o mundo para namorar

Olho o céu vejo lindas nuvens dançando
De repente ela escurece é chuva a chegar
A noite, as estrelas brilham e a lua eu amo

Deus fez os rios não para serem pescados
 Assim o fosse, Ele nos flecharia pra morte
E toda maldade acabaria, todos morreríamos



Meu homem





Desde a tenra idade
Tu me chamavas
De minha mulher
Eu de meu homem
Ríamos de nós
Esquecemos
Que o tempo passou
Matando nossa ingenuidade
Deitamos na grama
Tu olhaste pra mim
E me beijaste
Enlouqueci 
Mas aguentei até que
O casamento aconteceu
E na cama a paixão explodiu
Que amor de homem
Esse é o meu homem



sábado, 12 de março de 2016

Flores orvalhadas





Quando as crianças eram livres
Juntavam-se para beber as gotas
D' águas que  oras dependuradas
A nossa alegria era a fina chuva

Banhávamos num córrego gelado
Logo saíamos todas molhadinhas
A cidade pequena e nós danadas
Eram as crianças peraltas e livres

Nunca eu irei esquecer as corridas
Nos prados floridos da cidadezinha
Cada uma de nós cheirávamos a flor
A sonhar uma tal beleza inigualável

Ninguém apanhava nenhuma flor
Elas eram para enfeitar os sonhos
De crianças inocentes como nós
Os belos tempos que não se olvida
  


sexta-feira, 11 de março de 2016

E assim tudo começou...




E assim começa a vida a dois apaixonados: Beatriz e Renato; muitos nem sabem o significado das alianças, mas a aliança simboliza a fidelidade dos cônjuges. O ato solene, ou seja, o matrimônio que só se pode se casar com  só uma pessoa, tem que ser, é lei.
O casamento é indissolúvel, ou seja, só pode ser anulado com a morte de um dos cônjuges.
Começa, então, uma vida diferente, onde divide-se a cama e também os afazeres domésticos, pois na crise em que estamos os dois trabalham para terem uma vida com pequenos prazeres: praias, bailes.
De repente um serzinho da um pequeno enjoo na mulher, correm para o hospital e no outro dia ela faz o exame de sangue e deu positivo. Foi aquela festa.
A barriga crescendo, os enjoos constantes, até que um dia num hospital nasce um lindo menino de nome Manoel, escolhido pelo o pai. Aquela felicidade e mais tarde nasce Regina, nome escolhido pela mãe.
Os avós ficaram eufóricos, pois quem cuidava de Manoel era a mãe de marido e agora será a mãe da esposa, pois os dois trabalhavam muito para comprar sua casinha.
Assim a vida fica atribulada, as crianças já adolescentes rebeldes fazem seus pais chorarem muito, eles vão trabalhar, serviços subalternos, estudam a noite.Quando chegam em casa reclamam de tudo e vagarosamente a vida vai se acertando.
"Filhos? Melhor não tê-los! Mas se não tê-los, com sabê-los?"
O meu maior amor é meu filho Cristovam: amo demais você, meu filho.


quinta-feira, 10 de março de 2016

Basta




Basta de viver nesse mundo hipócrita humano que nos magoa sem dó, que nos engole pouco a pouco e nos enterra nesta terra, Terra esta que foi feita, com todos seus belos e mínimos detalhes que foi dada de presente para a humanidade morar!
Que foi feito desta Terra, em que os humanos, meras formiguinhas, estão destruindo com sua ganância deixando todos, aquelas formiguinhas inclusive, sem oxigênio? Onde estão os homens da lei que nada fazem, talvez pela burocracia que é imposta a todos os serviços públicos? 
E assim vamos pagando nossos impostos a vida toda e, no limiar de nossas vidas, nos devolvem todo nosso trabalho com uma aposentadoria de miséria e precisamos esmolar a uma entidade falida chamada SUS que, sobrecarregada e provavelmente vilipendiada, não consegue suportar uma população que cresce a cada dia.
O pior de tudo é que os meios de comunicação só mostram os problemas, sem cumprir seu dever jornalístico de apontar os reais culpados por tudo isso que eles sabem muito bem quem são... Ninguém consegue mais viver num Mundo em que os donos da verdade pisam em nossas cabeças e a maioria morre nas mãos dos bandidos. Porém, esses mesmos donos, quando morrem, deixam aos seus filhos como herança: cartão de crédito, dinheiro, carro e ,com a maior cara de pau, bem vestidos e arrumados, chegam à casa do povo(nós!) com aquela lábia e... Pedem votos! Abrimos a porta e daí...
Os que mais sofrem são os da classe média que bancam o luxo dos milionários que andam de jatinho, sugando o sangue e o suor do nosso trabalho... E nós morremos no asfalto.
Às vezes, pergunto ao Dono do Mundo: até quando?



sábado, 5 de março de 2016

Mulher



mulher

Mulher, hoje é teu dia?
Não...
Todos os dias são teus
Mulher não tem cor
Tem inteligência e coragem
Para enfrentar a vida
Falo das mulheres com M maiúsculo
Aquelas que batalham sol a sol
Para não faltar o pão a sua família
Aquelas que batalham na sombra
Pois tiveram mais sorte, estudaram muito
Mulher de verdade 
Não mendiga amor de homens
É amada e respeitada pela família
Que formou com amor.
Mulher tem uma força intrínseca
Cada uma tem a sua
Mulher não pode apanhar do marido
Cadê a tua coragem?
Enfrenta-o de igual para igual
Mulher não durma na praia
Vais aprender a lutar karatê
Teu homem a respeitará (medo)?!
Talvez ou arrependimento
Teu homem a beijará no teu aniversário
De nascimento e casamento também.
E já ganhando um amor de marido
Por que não uma flor?
 


sexta-feira, 4 de março de 2016

Poesia pra ti amor




Poesia tem que ter sentimento
Eu tenho a melhor que entrego
Mesmo a estar longe a falta dói
O meu coração é teu meu herói

Esses escritos estão molhados
São lágrimas que caem tiradas
Dos olhos tristes lacrimejados
Riscados no papel respingados

 De amor de dores enfeitadas
Volte logo amor sem ciladas 
Se me enganares te darei asas
Sem amor, sem nada e cartas

Que viva o amor verdadeiro
Que me encanta com esteio
Chega de cartas quero só tu
Contigo moro até num iglu


 

quarta-feira, 2 de março de 2016

Declaração de amor


declaração


Nada que eu faça na vida vai mudar esse amor por você
Você tem tudo que uma mulher precisa pra viver
Desde criança que sonho em dizer essas palavras pra você
Você é meu sustento da alma que às vezes se perdeu
Enganei meu coração: perdoa- me se um dia lhe deixei à deriva
Morro só em pensar se outra você colocasse no meu lugar
Vamos viver nossas juventudes com muito amor e grandes paixões
Vamos nos casar breve e encher essa casa de alegria
                 Cada vez que você chegar do trabalho meu beijo  primeiro é para você
Depois nós rolaremos no chão com nossos lindos rebentos             
Um dia eles crescerão e cada um irá se desgarrar de nós
Depois bem velhinhos o levarei no bosque apanharei uma flor
Em pé quero roçar essa linda flor nas suas rugas
Para dizer-lhes que em cada sulco nos nossos rostos
Foram caminhos de labutas. nisso ouvimos:
vovó
vovô
E ali no meio dos netos, filhas ,filhos, noras e genros
Lhe direi: nossos corpos envelheceram, mas 
O amor é ainda maior


segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

A arrogância




D. Marina foi fazer um teste numa Multinacional e o entrevistador Jônatas ficou boquiaberto, tamanha a cultura que ela possuía, Além de altiva, era educada, falava várias línguas, sua cultura era invejável que nem precisou fazer nenhum teste escrito e muito menos ter um conhecimento mais aprofundado da sua vida.
O emprego de chefia é seu D. Marina, a senhora será encarregada da seção administrativa da nossa empresa. Apresse os exames admissionais para o quanto antes, precisamos contar com a sua liderança.
Passado cinco dias com as papeladas prontas chegou à firma e foi recebida por Jônatas e levada diante do pessoal que engloba a área Administrativa: Recursos Humanos, Receita e Tesouraria,  setor de compras; ali foi uma reunião para as apresentações, ela foi muito gentil com todos. No mesmo dia começou.
Uma mulher vaidosa, mas muito soberba, sempre achava um erro em qualquer lugar e dava uma de durona e por indelicadeza perto dos outros, usava de sarcasmo ao falar com os subalternos, era esnobe no falar e ninguém sabia mais que ela.
Uma mulher pedante e soberba. Ela havia ido ao toalete, quando um grupinho de funcionários foi falar com o Diretor o que estava acontecendo e ele respondeu: calma, eu preciso mais de vocês do que de uma que nem conheço direito. Hoje, na hora do almoço eu tranco minha sala e coloco escuta por onde ela passar.
Todos se aquietaram.
Depois do almoço foi aquele inferno de mulher andando pra lá e pra cá fazendo os funcionários repetirem o trabalho que não estava perfeito, chamando-os de incompetentes, amassando e jogando no lixo seus ofícios e memorandos. Não dava nenhum sorriso, era azeda tal um limão.
O expediente terminava as cinco horas e a secretária do diretor foi chamá-la a mando do Diretor.
Entre Senhora Marina, sente-se, por favor. Sinto que esqueceram antes da sua contratação fazer umas perguntas sobre sua pessoa com os seus vizinhos, portanto aqui é um lugar de trabalho e a senhora com sua arrogância é desnecessária na nossa Empresa e não precisamos de pessoas do seu nível para trabalhar conosco, pois aqui trabalhamos unidos para um fim satisfatório e não aceitamos pessoas humilhadas aqui.
Portanto, a senhora está despedida, acerte suas contas nos Recursos Humanos. Quanta humilhação passou D. Marina diante se seus ex-subalternos! Foi uma festa.
O Diretor mandou chamar o entrevistador Jônatas e chegando, sentou quando mandado e tremia de medo. Deveria levar um dia de "gancho" pela falta na entrevista que D. Marina não era altruísta. Seja mais esperto!!
Não acredite em ninguém com narizinho em pé e nem nos coitadinhos que dizem não saberem de nada. Cuidado! Você corre um sério risco de levar uma rasteira. Acorda, você é um forte concorrente a Diretor quando me aposentar.


segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Discernimento


discernimento

 Às vezes, eu me questiono o por quê a maioria das pessoas não usa do bom discernimento que dorme num cantinho dos seus cérebros, ao invés de se atropelarem na vida machucando pessoas inocentes e humildes que, muitas vezes, têm mais discernimento que as do tópico desta postagem.
Uma pessoa que usa da perspicácia e astúcia tem facilidade em entender, é bom observador. Benfazeja seja!
Eu trabalhei muitos anos com crianças e observava que muitas tinham bons discernimentos, sabiam refletir antes de entregar uma prova e outras entregavam logo a prova antes que explodissem de raiva, pois não estudando sabiam que iria tirar pouca nota.( muitas dessas crianças me desafiavam sem sucesso, pois nunca mostrava os dentes).
Assim são as pessoas com suas diversidades... Porém, não me conformo que algumas pessoas desse nível, ou seja, com mau discernimento, usam, manipulam outras pessoas que são de boa índole, usando para isso suas caras mal lavadas e carregam com elas uma leva de puxa-sacos, achando estes que receberão benefícios inerentes por pouca coisa. Que pena! São os fracos!
O discernimento pode ser usado para o bem ou para o mau, destruindo com pessoas paulatinamente, muitas vezes levando a óbito.
Sãos os assassinos!
Que tenhamos um bom discernimento, pois o diálogo ainda é o melhor remédio para uma boa solução.



quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Meus seguidores e visitantes



Eu só vou postar as segundas-feiras nos dois blogs, no Minicontista2 é para sonhar e no Lua Singular será para refletir e pensar.


quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Vou dar uma parada


PARADA OBRIGATÓRIA POR TEMPO INDETERMINADO
VOU CUIDAR DE MIM E DA MINHA SAÚDE
NÃO SEI SE VOLTO



terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Eu bebo



vício

Bebo a vida que me traiu e só, degusto lágrimas de um fracassado, a mercê de um amor que dizia não me amar mais.
Por que bebo se antes de me casar com Isabela não tinha nenhum vício? Ah!
Um dia chegando mais cedo em casa, pois não passei no bar entrei pela sala entreaberta, vi minha mulher em orgia com outro homem na nossa cama.
Fiquei louco, com um *foião* nas mãos mandei-os embora pelados. Nunca mais soube de Isabela...
Um dia já cansado da labuta.à noite fui para um Bordéu, quem encontro? Isabela. Ela estremeceu.
Perguntei a dona do Bordéu que queria aquela moça. Subi até o quarto com aquela vagabunda. Ela ficou exaurida e eu lhe disse: você vai pagar caro o que me fez.
Fui para o boteco novamente e bebendo, minhas lágrimas caíam direto na bebida, nisso chegou um homem e perguntou: posso sentar aqui? Abanei a cabeça que sim. Então, ele me perguntou: Por pouco dinheiro eu dou *cabo* dela.
O forasteiro já contratado foi a Bordéu e queria Isabela e foram para o quarto, ela iria morrer, mas ela se encantou pelo forasteiro e ele via nela uma beleza infantil e salvou-a da morte. Ele lhe disse: fui contratado para matá-la, mas se for embora comigo terá sexo e comida a vontade.
Lógico que Isabela não queria morrer, foi embora com um forasteiro qualquer, sem saber se era casado ou solteiro.
Nunca ninguém mais soube de Isabela, seu marido arrumou uma boa mulher e com ela teve duas filhas lindas. Nunca mais bebeu.

LIBERADOS OS COMENTÁRIOS ANÔNIMOS

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

O arremate do amor




Fui construindo sonhos, pincelando a vida com cores da paixão e no dia do casamento meu noivo sumiu, eu já na igreja lotada, a porta se abriu, eis que meu noivo estava atrasado, ou seja, não veio. Pedi que alguém fosse avisar para começar a marcha nupcial e fui entrando a encontro da vingança e, chegando ao altar virei para os convidados e disse: estão todos convidados para o casamento o próximo domingo.
Todos ficaram perplexos: o que será que ela iria fazer?
No outro dia peguei meu cavalo, vestida de noiva, saí em disparada pela praia, as ondas choravam meu desespero. O céu estava nublado.
Cavalguei por várias horas à procura daquele ingrato e, não longe dali vi o seu carro e uma barraca, adentrei a barraca e lá estava o safado com outra. Eles assustaram, então disse, deixe o carro para a outra voltar para casa e suba na minha garupa e não se atreve em fazer nada que sairei em disparada e você irá morrer na praia. Chegando em casa ficou preso no sótão da casa de papai até o dia do casamento.
A igreja lotada, O enlace por começar.
A porta se abriu, entrei vagarosamente, o vestido cheirava maresia, todos bateram palmas e eu caminhei parecia uma eternidade até chegar ao altar. O casamento se concretizou.
Dormimos em quartos separados até o amanhecer, papai nos levou ao cartório para a anulação do casamento. Tudo foi feito e o mandei embora.
Foi arrematado o amor por vingança, de um homem que não soube me amar. Quem sabe um dia encontre alguém que me ame de verdade.


domingo, 14 de fevereiro de 2016

Salada de emoções- Aos enamorados de Portugal e outros países afins





Salada de emoções é quando o amor suporta as peripécias da vida a dois que muitas vezes se machucam no amanhecer e a noite a dor das palavras vira arrependimento.
No embalar entre beijos e abraços o medo da perda muitas vezes se transforma em lágrimas que logo são enxugadas pelo outro.
Ninguém consegue viver só, pois a solidão nos envelhece e se perde entremeios a saudades e a dor do abandono vai machucar um casal que se ama de verdade e, não há por que não se perdoarem mutuamente, se a paixão machuca, destrói sentimentos verdadeiros.
Portanto, segurem a língua para não ferirem o seu amor, pois correm o risco de se perderem no meio das emoções doídas e o arrependimento chega fora de hora.

Desejo esta postagens a todos os namorados( De Portugal e afins )


sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Minha ingenuidade




Onde está minha ingenuidade que não consigo encontrá-la? Em que esquina da vida ela feneceu? 
Hoje choro a vida que ora perdida nos caminhos de encontros falidos, destruídos pela ação do vento que me tirou da fantasia para viver desencontros e, assim minha vida mais parece um esgoto de desilusões.
Às vezes, perdida em pensamento, sinto saudades da minha ingenuidade infantil e, sozinha num quartinho mal cheiroso, abraço minha boneca que guardei pra que ela engolisse meus dissabores.
Por que não parei naquele tempo bom, onde conversava com as bonecas e as flores ao redor do barraco onde vivia com minha pobre família, era feliz na adolescência, mas a vontade de ser modelo me fez sumir de casa rumo a cidade grande. Tudo foi uma triste ilusão, mas vou tentar consertar o meu jeito de viver. Amanhã volto pra casa.
Cheguei com um único bem que consegui: um carro popular que estacionei perto de casa; a senti solitária, de repente uma mulher aparece e diz: Quem está aí? Sou eu mamãe, aquela sua filha que abandonou a família e foi morar na cidade grande cheia de tristes desilusões. Vi que ela olhava em outra direção. Saí do carro a abracei e chorando pedi perdão, ela enxugou minhas lágrimas com seus beijos e fiz o mesmo com ela.
Mãe, onde estão os outros, aí que ela me abraçou e chorou dizendo: logo que você foi embora, aqui deu uma tempestade e a forte enxurrada levou seu pai e irmãos, só restou eu que estava na casa da sua tia na cidade e de dor chorei tantos anos a solidão que deu-me uma forte trombose num olho e com a idade a outra ficou fraquinha.
Contei a ela que havia perdido a ingenuidade nas esquinas da cidade grande e ela me abraçou falando: filha aqui não tem esquinas, sempre a esperei, vá ver o seu quarto todo arrumadinho.
Não menospreze sua família pela sua precariedade de vida, pois lá fora você perde a ingenuidade e nem sempre existe tempo para consertar a vida.