quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Não deixe a depressão matá-los


Muitas pessoas maduras e jovens da década de sessenta eram muito mais felizes do que as de hoje. Na metade dos anos sessenta eu era uma jovem até um pouco atrevida e audaciosa para a minha época. Namorava muitos rapazes, às vezes três de uma única vez, gostava de brincar de esconde- esconde com os rapazes, nada era sério, mas sentia-me feliz das audaciosas brincadeiras com os namoricos. Tinha uma amiga que ficava de olho quando por acaso aparecesse dois de uma só vez. Tirava os saltos altos e corria pelas ruas da minha pequena cidade para esconder-me em minha casa. Não falava nada e, ia dormir. Que dormir, achava graça do vaivém dos namoricos.
Era muito feliz, meu compromisso era só estudar e paquerar os jovens mais bonitos da cidade e das cidades circunvizinhas. Os bailes então... já tinha meus parceiros para dançar que vinham das cidades vizinhas e lá ia eu rodopiando, aliás com minha mãe por perto, até quase ao amanhecer. Enquanto dançava jogava olhares maliciosos para os lindos jovens da orquestra e assim fui vivendo até encontrar meu verdadeiro amor.
Andava de lambreta, de gordine e almoçava com ele nos restaurantes da cidade vizinha o dia que tinha estágio da escola.
Na escola era muito feliz, os rapazes traziam da cantina da escola delícias para eu comer e a cada um colocava um apelido: porquinho, risadinha e muitos outros. Até os professores eu conseguia, naquele tempo, driblar e matar algumas aulas para namorar.
O uniforme era saia plissada, um dedo abaixo do joelho, camiseta branca, um sapato que achava horrível (preto) e meias brancas soquetes. Ninguém falava em drogas e muito menos em depressão. A vida era calma e saudável e eu soube aproveitar bem esse tempo.
Não perdia nenhum baile, gostava de dançar de tudo e sorria, sorria muito para a vida...Não tinha tudo que queria, pois meus pais estavam fazendo o meu pezinho de meia, mas eu me virava com alguns trabalhos manuais que os vendia à vista.
Hoje, a ambição tomou conta de quase toda a humanidade, dinheiro, status e muitas dívidas para comprarem carros do ano, roupas de grife, muitos cartões de créditos estourados. É lógico, com toda essa ambição é um convite para a depressão.
O namoro virou ficar, não se faz mais a diferença. Tudo é normal, crianças nascendo fora de hora, mães desesperadas à cuidar desses filhos que não foram feitos com amor e sim de uma simples transa inconsequente. Aí, a vida ficou sem graça e os jovens dizem que não têm sorte.
Meus leitores, a vida somos nós que a traçamos. Vivamos com dignidade e amemos as pessoas, as crianças e o mais importante vamos sorrir muito e procurermos amizades alegres, pois hoje a população mundial aumentou assustadoramente e, está ficando um pouco difícil viver. Mas temos que lutar e vencer e não deixarmos essa maldita depressão impregnar os nossos viveres. Não tenhamos pressa de morrer, a vida ainda é bela para quem tem a cabeça no lugar e um sentimento gostoso de poder conversar com as flores e com os animais.



QUEM PLANTA AMOR E DIGNIDADE COLHE FELICIDADE
QUEM PLANTA AMBIÇÃO COLHE SOLIDÃO E DEPRESSÃO

2 comentários:

  1. Dorli, juro que viajei no tempo com tudo o que você escreveu. Como nossa infância, adolescência e juventude eram totalmente diferentes do que vemos hoje. Nós eramos mesmo muito felizes, apesar das dificuldades que enfrentamos.
    Tudo se foi, mas nossa história está recheada de belíssimos momentos.
    Abraços

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  2. oi amiga gostei muito aqueles tempos era muito bom eu nao ia nos bailes com voce mesmo assim da saudade abraços

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