terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

A vida de Cláudia



Cláudia uma jovem linda, era feliz embora sua família fosse muito pequena: mãe, pai e ela. Estava no último ano do segundo grau, era estudiosa, tirava as melhores notas e amava seus pais. Não trabalhava pois seus pais eram ricos.
O dia estava ensolarado propício para um passeio pelo centro de uma bela cidade, andava  sempre só com seu rebolado de mocinha mulher, quando entrava na loja os rapazes ficavam alvoroçados para atendê-la, mas como toda a loja tem um rodízio Paulo foi o felizardo que trabalhava numa loja de calçados despencou a prateleira para calçar seu lindos pezinhos com o que tinha na loja de melhor e mais bonito.
Paulo estava de folga naquele dia quente, parou numa sorveteria para se refrescar e quem estava lá? Cláudia, a musa dos seus sonhos, começaram a conversar e saíram e numa praça bem arborizada e florida sentaram num banco, Paulo tremia de emoção, eis de supetão Cláudia *lascou* um beijo nos seus lábios, onde felizes misturaram os sabores dos sorvetes. 
Começaram a namorar, aquele namorico bobo, sem compromisso quando de repente Cláudia desapareceu. Paulo chorou.
Desapareceu depois que encontrou uma senhora bonita numa cadeira de rodas empurrada por outra jovem tão bonita como ela, mas seu vestuário era simples, então a senhora lhe disse: Cláudia, você é minha filha, quando a pari seu pai a levou para um casal sem filhos por que eu estava com uma doença contagiosa. Pegou o endereço da suposta mãe e rumou sua casa quase *voando*, onde sua mãe que a adotou confirmou tudo.
Cláudia desesperada saiu com uma mala correndo pelos jardins, pegou um táxi e foi embora para a casa da sua mãe. Lá chegando abraçou a mãe verdadeira e os dias foram passando e na casa da sua mãe a comida era escassa,  voltou para sua casa onde seus pais a recolheram com carinho.
Cláudia começou a andar em más companhias e numa noite de carnaval como passista seminua sambou com uma indecência de envergonhar qualquer um.
Não voltou para casa, foi morar na casa de um sambista desquitado bem mais velho que ela, ele não quis filhos, pois já os tinha com a outra. Não se importou, viveu uma vida boba até a morte do companheiro.
Um dia uma das suas irmãs morreu, chegou ao velório encontrou com todas as suas irmãs, só uma a cumprimentou. Que vida besta teve Claudia, hoje sozinha, a beleza murchando, dinheiro acabando e no seu destino foi a * Zona *.
Uma jovem que tinha tudo jogou sua vida no brejo, deveria ter agradecido seus pais adotivos que a amavam. Num dia fatídico seus pais morreram num acidente de carro e ainda deixaram a ela sua fortuna, aí ela chorou.


8 comentários:

  1. Uma vida trágica. Mas não surpreendente. Há gente que não tem estrutura para enfrentar as suas raízes.
    Conheci uma jovem que aos 18 anos descobriu que era adoptada. E simplesmente desapareceu. Corriam os anos 60. Depois eu casei fui para África, e nunca mais soube nada dela. Anos mais tarde encontrei a mãe adoptiva, já viúva, perguntei por ela, e a mãe disse que sabia que ela tinha ido para França, com um casal com quem fizera amizade, porque alguém lhe dissera, mas ele nem uma carta escrevera à mãe.
    Um abraço

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  2. Que triste vida teve Cláudia! Bem escrito! bjs, chica

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  3. Bom dia
    Estoria triste, mas tão real! Acontece tanto isto. Mas adorei ler!


    Dia feliz. Beijinhos
    http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/

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  4. Triste e trágico mas muito bom este texto.
    Gostei.
    um abraço.

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  5. Muito triste,mas foi o que ela escolheu.
    Não pensou nos pais adotivos que tanto a amaram.
    Uma história comovente,apesar de fictícia encontramos muitas iguais a essa.
    Adorei Dorli,você é maravilhosa em tudo que escreve.
    Bjs com carinho.
    Carmen Lúcia.

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  6. Oi Dorli, bom dia amiga.
    Mas que triste vida!!
    E Deus deu-lhe esses pais que fizeram tanto por ela, com amor...
    Uma pena!
    Linda história!
    Beijos, boa semana!
    Mariangela

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  7. As vezes vacilamos e perdemos grandes coisas.

    bjokas =)

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  8. Amiga Dorli, triste estória da vida de Cláudia, "assim caminha a humanidade"!
    Uns felizes, outros tristes...
    Abraços apertados!

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