segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Nossas crianças



branca



linda


indígena


pobre

Crianças são todas lindas, não têm cor, não têm raça, não têm status sociais. São todas anjinhos dos céus que não pediram para nascer, portanto têm que ser bem cuidadas, amadas e não discriminadas.

Essa criança foi colocada fora do restaurante, porque era negro e pobre 
 Pois estava faminta
Esse Brasil precisa mudar

Brasil só não, o Mundo
O que os homens têm dentro do coração?
Uma carniça fedorenta
coberta de terra



quinta-feira, 11 de outubro de 2018

Ó solidão doída





emaranhado.rufiano.blogspot.com.br



Que faço eu da vida, hoje só, embrenho na mata onde o silêncio conversa meus ouvidos cobrando as adversidades que tive numa vida solitária e infeliz.
O maldito dinheiro que não quis dividir com ninguém, agora me pergunto: valeu a pena juntar tanta riqueza, hoje guardadas em bancos e, ao invés de me casar ter meus filhos, formar uma família feliz, viajar com ela para conhecer outras culturas, mas não. E agora que faço da minha solidão minha única companheira?
Nessa noite fico a pensar na minha doída solidão que me maltrata por ser sovina comendo marmitex, ao invés gastar meu rico dinheiro em restaurantes finos a comer ricas iguarias. Mas a ganância de guardar e guardar dinheiro e agora? Sozinho.
Até os pássaros quando me vê batem suas asinhas coloridas e voam bem alto. A noite a lua só me da uma espiada e o estrondo do raio saindo de uma nuvem escura. Assusto e acordo para a vida.
Será que ainda haverá tempo pra mim, tenho sessenta anos, nunca trabalhei, ganhei herança dos meus pais, só paguei uma boa aposentadoria e hoje aposentado tenho tudo e não tenho nada, só a solidão que virou a minha sombra.
Cansado, adormeci na mata. Acordei com uma vontade enorme de mudar, ainda tenho tempo assim sonhei.
Cheguei no meu casebre tomei um banho saí, fui a lojas comprar roupas bonitas, entrei na joalheria comprei um lindo relógio, passei na barbearia fiz a barba cortei os cabelos. Assustei, era outro homem.
Chegando em casa joguei todos aqueles trapos fora, vesti-me como um príncipe e saí. Muitas mulheres olhavam pra mim, então pensei: ainda não estou de jogar fora. Passei numa imobiliária comprei uma mansão, arrumei um designe de interiores que deixou minha mansão um requinte.
E sem me cansar contratei vários servidores e pagava bem para eles. Ah! Ia me esquecendo contratei um excelente motorista, comprei uma Ferrari e fui viver a vida.
Não demorou muito tempo me apaixonei, sabem por quem? Não adivinharam! Pela cozinheira, uma linda morena de olhos azuis, solteira e com seus cinquenta e cinco anos. Aí contratei outra cozinheira e me casei com Beatriz. A festa foi um deslumbre, fomos viajar para vários países. Voltamos.
Eu sou Jorge e minha amada Cleide, mas mesmo assim parecia que faltava algo. Faltava os filhos que ela não tinha idade para tê-los.
Então, fomos a um Orfanato e adotamos quatro crianças: dois meninos e duas meninas. Eles ficaram felizes em saber que teriam um lar.
Cada criança tinha seu quarto mobiliado, agora minha vida matou a solidão e deu lugar a felicidade, felicidade essa que nunca tive.
Deixem de acumular riqueza, curtam a vida que é curta: amem, tenham filhos e vivam felizes.


terça-feira, 9 de outubro de 2018

Quando deixamos de sonhar

                                Resultado de imagem para sonhar, nosso direito

A soma de todos os afetos

Quando deixamos de sonhar a vida sucumbi
Toda beleza do universo não mais nos atrai
O desânimo faz parte da enxurrada de dores
Vivemos por viver sem ter grandes paixões

Adormeço num barco no infinito sem sonho
Nem os cantar dos pássaros me faz revigorar
Lágrimas já debulhei todas ficou dor e eu só

Preciso novamente sonhar uma vida bonita
Chamar o amor que se foi por bobeira minha
Peço as bels borboletas que voam à sua procura
Voam todas juntas como se fossem grande corrida

Meu coração se alegra quando o amor chega
Um beijo e os abraços com delicada ternura
Passo a sonhar novamente voltando pra casa


terça-feira, 2 de outubro de 2018

Apego ao dinheiro





É uma doença que muitas pessoas têm em acumular riquezas, esquecendo elas que não somos eternos,  um dia a morte nos visita e tudo se acabará.
O apego em excesso passa a ser crônico e a pessoa torna-se vulnerável e muitas vezes se acomete de "piegas", tornando-se um escárnio na sociedade em que vive.
Só gasta para enfeitar sua burrice e deixa de "saborear" da vida: ajudando os mais necessitados, viajando para conhecer as maravilhas do mundo e a cada dia torna-se mais intolerante e, sem amigos, adoece e morre.
Dinheiro foi feito para ser compartilhado em família, no socorro de algum vizinho ou parente e não juntá-los como num castelo de areia que escorrega das nossas mãos e quando se da pela verdade os amigos se distanciaram e para tê-los perto terá que gastar com vinhos caríssimos e deliciosas iguarias e, ao olhar ao redor sente uma "dor" tão forte pela sua própria imbecilidade.
O importante na vida é ser feliz, claro que não se vive sem o maldito dinheiro, mas “dozá-lo” de uma forma que possamos ter uma vida tranquila buscando o conhecimento intrínseco para vivermos com alguma "folga" e, para isso teremos que estudar muito, concorrer a um bom emprego que outrora era mais fácil, hoje com a concorrência torna-se mais difícil, mas não impossível. As quedas e frustrações serão constantes, mas chegará o dia que a vitória virá.
O dinheiro ganhado por herança é apenas passageiro, pois um furacão vem levando toda a sua fortuna e o que sobra? Pra você nada, será mais um ébrio a vagar pelas ruas contando suas histórias que ninguém acreditará.
A família? Ela sobrevive pelo trabalho e pensando muito nela, sofre. Quer voltar, mas não sabe se será bem recebido.
Numa linda manhã primaveril bate à porta da sua casa e descendo uma grande escada sua mulher linda chega ao portão dizendo: volte amanhã, pois no seu lugar coloquei outro alguém que soube me valorizar. A sua parte comprei uma casa pequenina, um carro popular, paguei sua aposentadoria, já pode requerê-la a hora que quiser, ainda deixei um servidor para cuidar de você. Nada lhe faltará, mas comigo não lhe quero mais. Seus filhos e netos poderão visitá-los se quiserem.
Ele ainda teve sorte, ela era esperta, todos os dias pegava um pouco de dinheiro e colocava no Banco, foi assim que sobreviveu até se casar com um homem bom.
O dinheiro é bom, mas quando cai em mãos erradas voa como aves de arribação. Ele entendeu.