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Viajo meus lânguidos e tristes olhares
Tento saber o que foi a minha vida...
Sou pedra bruta lapidada nos lares
Em abrigos, sem mãe, sem nada...
Recordo a infância de pés descalços
Correndo atrás do Dique, o meu gato
Doía não gritar mãe, quantos percalços
Lágrimas escorriam no meu doído peito
Tornei a mulher mais bela do recanto
Perfeita na mais bela criação humana
Sinto que estou ávida de toque e acalento
Preciso de um amor e uma choupana
Não tardou encontrei José, belo rapaz
Senti arrepios quando vi seus olhos azuis
Com seu belo sorriso aperolado e voraz
Beijou os meus lábios virgens e juvenis
Queria pouco, mas José é muito dengoso
Não se cansa de me beijar com forte ardor
Descobri, que precisei ter um coração puro
À beber gotas puras de orvalho, o amor