sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Triste destino- reedição


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Numa bela metrópole do Rio Grande do Sul, nasce William, um lindo garoto de pele clara e olhos azuis. Nesse mesmo dia a criada do milionário deu a luz a Kelly, uma menina de cor jambo de olhos azuis.
Passado alguns anos a criada ainda continuava seu trabalho no mesmo local, pois tinha que criar sua filha...Até que um dia Kelly já com seus quinze anos, quis conhecer o local de trabalho da sua mãe. É claro, ela pediu permissão ao seu patrão que não se importou, mas com uma exigência: desde que a jovem não saísse da cozinha e assim aconteceu. O filho do patrão tornou-se um lindo jovem que nesse dia foi nadar na piscina do jardim da mansão. Da janela da cozinha, Kelly acompanhava os movimentos dele e num instante, William percebeu alguém na janela. Pegou seu binóculo e seu coração palpitou ao ver aquela maravilhosa jovenzinha da cor de jambo e olhos azuis como os seus.
No mesmo instante perguntou a sua mãe quem era aquela jovem que estava debruçada na janela e ela respondeu: é uma pobretona, filha bastarda da nossa criada de muito tempo.
Passado alguns anos, nunca mais William viu Kelly e já com vinte e um anos, uma força descomunal pairou no seu pensamento: queria saber do paradeiro da jovem, pois a criada, já aposentada, não trabalhava mais lá.
Um dia...quando seus pais foram a uma reunião formal, William mandou os empregados dormirem e sozinho começou a vasculhar numa escrivaninha algum papel que mostrasse o paradeiro da criada. De tanto procurar achou...
A princesa dos seus sonhos morava numa pequenina cidade do interior de São Paulo. Arrumou sua mala, pegou todo dinheiro acumulado de suas mesadas e rumou à procura do seu amor de quinze anos que nunca saiu do seu pensamento.
Chegou à cidade de trem, desceu e perguntou a primeira pessoa que encontrou se sabia o endereço de Kelly e, com este, logo encontrou sua casa. Ficou ansioso e seu coração a palpitar, quando bateu à porta da sua casa: Kelly assustou, tremeu e começou a chorar ao ver quão lindo era o seu amor. Então,William perguntou por que ela chorava, e ela respondeu: eu não posso concretizar esse amor com você, pois por um triste destino, você é meu irmão. William chorou tal uma chuva interminável.Os dois se abraçaram, ele deu-lhe um beijo na testa e partiu.
De volta a mansão de seus pais, eles estavam enlouquecidos a sua procura e o pai perguntou: aonde você foi William? Ele respondeu: fui atrás de uma jovem por quem me apaixonei aos quinze anos, era Kelly, a filha da criada. Seu pai estremeceu: não se preocupe meu pai, pois eu sei que ela é minha irmã.
Assim é a vida: a mãe de William divorciou-se do seu pai, por tê-la enganado por tantos anos e William fez questão de morar com sua sofrida mãe numa simples casa no interior de Goiás.
Chegando lá, continuou os estudos, conheceu outra jovem, não era o mesmo amor, mas casou-se com ela  e tiveram um casal de gêmeos: o menino parecido com o pai e a menina com o seu amor antigo. Ironia do destino... Ninguém nunca mais tocou nesse triste episódio. 
Virou mais uma página do livro da vida de William e com certeza Kelly também fez o mesmo.


quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Apaixonei-me




Apaixonei-me por tua serenidade
Teus negros cabelos, cor da noite
Senti uma saudosa tristeza em ti
D'uma meiguice igual, eu nunca vi
 #
Teu perfume impregnou minh'alma
Enlouqueci e tentei beijar tua boca
Olhou para mim, morria aos poucos
Tua lágrima iluminava os teus olhos
 #
Foi aí que percebi o negro da roupa
Havia perdido a tua razão de viver
O amor há meses havia abandonado
Apertei-te no peito para bem querer
Hoje a chama queima nossos corpos
 A felicidade fez morada na nossa vida
Sorrisos permeados pelos nossos filhos
Alegria crescendo cada vez mais florida


 

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Partículas de sonhos-miniconto




Num tempo qualquer, os sonhos nasceram enfeitando minha vida miserável, mas hoje os sonhos se desmancharam em partículas de sofrimentos, sem acalento; choro a solidão.


terça-feira, 26 de agosto de 2014

Meu aniversário!!!






Meus anos idos, se perderam num lindo passado que não olvidarei jamais. Mas o presente está aí, não tenho mais tantos sonhos, pois muitos já os realizei, quero apenas a paz merecida pelos meus trinta e nove anos de trabalho, de dedicação a família e a saudade de meus pais.
A vida é um mar de lama, que só consegue emergir os bons, que são poucos, aqueles que querem ver a sua felicidade e o seu sucesso.
A maioria, se você morrer hoje até festeja, pois é mais uma vaga de emprego. Agora pergunto: quando acabou o amor? Há muito tempo, quando houve a desobediência de Adão e Eva.
A violência moral mata mais dos que as chacinas em séries. Não pensei viver tanto para ver pai matando filho e vice/versa. Está pior do que o holocausto de Hitler.
Hoje é meu aniversário, já me deram fel antes de completar 67 anos e, não morri. Lutarei até as minhas forças se exaurirem e elas ainda têm muito gás.
Portanto, aos amigos, inimigos e visitantes anônimos, curtam o meu aniversário aqui no meu blog com um bolo bem gostoso e champagne. Não vou fechar o meu blog, mas gostaria de ao invés de ganhar cumprimentos fizessem uma prece pra que Deus mandasse chuva aqui no meu rincão, pois no momento estamos numa seca quase de calamidade, precisando muito.
Muito obrigada a todos.

Desculpem e obrigada

 



segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Estou exaurida




Meu corpo suado, já exaurido à procura
Do belo amor, de seus prazeres e descanso
O crepúsculo do anoitecer, enfim chega 
Não o encontrei, choro o meu lamento

Fui logo despir-me das minhas agruras
Deito meu corpo nu n' água da mina
Ao bom frescor das puras águas mansas
Durmo na relva seca mas, muito chorosa

Acordo sonolenta com o lindo alvorecer
Ouço vários barulhos nos galhos secos
Tive medo, escondi-me pra me proteger
Vi você meu amor, corri aos seus braços

Num abraço apertado, coração acelerado
Dos seus olhos, brota um rio de lágrimas
Despiu-me vagarosamente e, ali mesmo
Nos exaurimos de várias luxúrias ávidas


domingo, 24 de agosto de 2014

Você colhe o que planta!!!




Se você planta ódio
colherá a solidão
Se você planta amor
colherá bons fluídos
Se você planta a discórdia
colherá tempestade
Se você planta tristeza
colherá amargura
Se você planta esperança
colherá sucesso
Se você planta o desânimo
Colherá insatisfação
Se você planta desamor
colherá desesperança
Se você planta amizade
colherá alegrias
Se você planta o abandono
colherá lágrimas
Se você planta respeito
colherá agradecimento
Se você planta o desrespeito
colherá amargura
Se você planta tolerância
colherá amigos
Se você planta o perdão
colherá bem estar
Se você planta prepotência
colherá inimizades
Se segue os mandamentos de Deus
reinará com Ele no paraíso

 

sábado, 23 de agosto de 2014

A bondade e a maldade




É muito difícil ganhar uma guerra, principalmente se ela for psicológica e a sua maior estratégia para se sair vitorioso é: faça que ignore, que não liga e não responda. O silêncio destrói qualquer um. Têm pessoas que estão numa situação de desacordo e, só fraqueja aquele que grita, fala, xinga, pois seu silêncio é pior que um palavrão.
Uma pessoa sábia sabe a hora certa de jogar na mesa suas cartas vitoriosas, daí não haverá perdão e consegue adoentar pessoas que lhe fizeram muito mal. A paciência anda de mãos dadas com a verdade e o perdão não são todas as pessoas que conseguem doar e, quem somos nós para julgarmos se não estamos na pele do insultado e pisoteado no que tem de mais precioso: seu brio.
Portanto, cuidado com o que fale, pois uma palavra maldosa dita fora de hora, será seu castigo para o resto dos seus dias. Pense antes de falar...




sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Delicadezas De Deus




Deus teve um sonho maravilhoso: fazer um mundo perfeito com os mares, oceanos, lagoas, florestas, flores, frutos, a lua para termos o dia e a noite, o lindo alvorecer, o sol para aquecer a terra e o espetáculo do pôr do sol. Não esqueceu de nada, nem do minúsculo animal até o maior deles. A chuva que molha a terra, onde o grão germina, dentre tantas coisas, parece que vejo o lírio nascer no brejo, branco como a alma do Senhor. Fez ainda todos os planetas, as galáxias, enfim tudo esplêndido.
Por que tantas maravilhas feitas se só os animais iriam aproveitar? Então, resolveu criar Adão a sua imagem e, vendo que ficaria sozinho fez  Eva, sua mulher para viverem eternamente felizes no paraíso. Deus os testou com o fruto proibido e eles com a promessa da serpente em serem melhores do que Deus, comeram do único fruto que Ele havia proibido. Foram expulsos do Jardim do Éden vindo a viver com seus próprios trabalhos, eles esqueceram de todas as delicadezas de Deus e pagaram com muito trabalho, tristezas, doenças e pela desobediência a Deus e todos os seus descendentes ao invés de só alegria, receberam como herança, a morte do corpo. O mundo está aí para vermos a catástrofe da humanidade.
Daí em diante, o desamor tomou conta da humanidade e já naquela época estava pior que os tempos de hoje e Deus irado com a Sua Criação resolveu acabar com o Mundo em água, num dilúvio, mas antes salvou numa enorme Arca: Noé, sua família e um casal de cada animal. E o dilúvio aconteceu, já não adiantava mais clemência, pois tudo foi feito para o arrependimento dos pecados cometidos e, zombaram de Noé.
Deus se arrependeu de ter acabado com o Mundo com aquela tragédia, agora Ele irá resgatar seus filhos bons para subirem com Ele aos Céus e os outros voltarão a ser o pó da terra.
O Mundo está aí para vermos as terríveis catástrofes advindas da ganância de Adão e Eva e, parece que a humanidade não aprendeu e continua assim com o desamor...
Deus nos proporcionou tantas delicadezas e a maioria das pessoas não acredita Nele e a cada dia que passa o homem, ao invés de agradecer a Deus pela vida, já levanta esbravejando que tem que trabalhar como um burro para sustentar a família, deixa de olhar os seus filhos que Deus o premiou com saúde e inteligência. Ele não quer saber: fala mal da política, do desemprego e muitos empecilhos que não o deixa prosperar e ter uma vida digna. Esquecem tais pessoas que temos que nos melhorar por dentro, pois cada um irá ter sua sabatina no fim do mundo. E aí? Será que seremos aprovados para termos uma vida prometida por Deus ou viraremos pó?
Deus é tão maravilhoso, nos deu tantas delicadezas e muitos esquecem de agradecê-Lo pelas suas vidas.

Minha participação na comemoração dos 5 anos do blog da Rosélia


quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Buscando uma razão para viver




Cá estou numa tristeza inconsolável, pois minha vida deu uma virada de noventa graus. Tinha marido e dois filhos e todos se foram num acidente de carro. Eu estava em casa, enquanto meu marido foi passear com os garotos no Safári e na volta, o acidente, nada sobrou na minha vida só a desolação de me ver só sem vontade de viver.
Sei que sou jovem, mas mal tinha começado minha vida e tudo me foi tirado e, às vezes, me pergunto: por que não os acompanhei no passeio de ida? Lá onde estão é bem melhor do que aqui, eram anjos de bondade e, com certeza estão num bom lugar. E eu? fiquei com esse nó na garganta, uma saudade que não tem fim, quero só dormir e beber água.
Numa noite dessas, muito fraca adormeci durante o dia e sonhei com meu marido e, ele dizia: meu amor, você não pode viver aqui, tem muitas coisas a fazer aí na Terra. Levanta coma alguma coisa e viva, nós estamos bem nesse paraíso e as crianças não lembram de nada. Acordei assustada, quase caí da cama de fraqueza e medo.
Fui até a cozinha com as mãos trêmulas de fome comi uma fruta e, paulatinamente fui melhorando até que minhas pernas se firmaram no chão. Se não fosse o sonho eu iria morrer, ou seja, me suicidar e nunca mais iria encontrar minha família.
O tempo passou, cinco anos. Estava eu numa lanchonete comendo um lanche numa mesa, só, e ouvi alguém dizer: posso me sentar aqui, não tem mais lugar, abanei a cabeça que sim.
Sempre fui uma mulher bonita, mas agora estava sem brilho, com muito desleixo e sempre meus olhos lacrimejavam.
O rapaz sentou na minha mesa e disse-me que gostaria de me ver no outro dia, ele queria tirar essa tristeza que abatia meu rosto ainda belo e jovem; dei-lhe um sorriso amarelo e disse sim.
Chegando à noite, apesar de estar viúva havia cinco anos, não esquecia aquele fatídico dia, cansada do trabalho, banhei-me e fui dormir.
Queria sonhar com meu marido e nada, ele já havia encontrado um lugar maravilhoso para abrigar nossos filhos e eu precisava viver, foi aí que olhando-me meu reflexo no espelho me vi ainda bela e sorri.
No outro dia, depois do trabalho parei na lanchonete e ali já se encontrava o jovem a minha espera, levantou-se e, como um cavalheiro puxou a cadeira para eu sentar e ficou encantado com o brilho do meu olhar.
Nos apresentamos: Lucas e eu Clara. Saímos à noite para assistirmos um concerto musical não muito longe da minha casa,
Chegando em casa, beijou meus lábios e senti que ainda tinha vida para continuar e conquistar um outro amor. Nos casamos em seis meses.
Sou uma mulher agora feliz, tenho uma menina, mas nada me faz esquecer a outra família que foi morar n'outro plano.


quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Desistir dos sonhos


Taciturno a passos lentos
Desisti dos meus lindos sonhos
Hoje amargo, rasgo a vida
N'uma triste tarde sossegada

Onde deixei os meus sonhos?
Que hoje só vejo migalhas 
Apodrecidas nos bueiros fétidos
Infestando a vida sem batalhas?

Esnobei a vida, e o que me resta
É meu ódio, o medo e a raiva
Pois tudo na vida tive, "as pencas"
Hoje, só vidas estraçalhadas

Cansei de andar a esmo tristonho
Sentei meu velho corpo num banco
Ouvi meu eu: siga, não desista
À cada dor d'alma existe uma saída


terça-feira, 19 de agosto de 2014

CRÔNICA: O casamento do Nhonhô ( verídica )




Eu era muito criança, morava em Minas Gerais, numa cidadezinha do interior, num bairro muito pobre. Todo mundo conhecia Nhonhô, que não gostava de pegar no "batente", vivia pelos bares tocando violão. Não bebia e nem fumava, pelo ao menos isso de bom. Morava na casa da sua tia avó num casebre de dar dó e muito descuidado, pois ela tinha que batalhar na roça para dar de comer a Nhonhô, o seu sobrinho vagabundo mais com grandes qualidades artísticas( nunca foi atrás).
Nhonhô começa a receber na sua casa, enquanto a tia estava na roça uma jovem gorda, não era feia e nem bonita e, não demorou muito tempo a jovem engravidou. Foi marcado o casamento, sua tia coitada, pobre fez um bolinho e comprou uns docinhos e fez limonada , era a festa do casamento, que só os vizinhos iriam, a madrinha deu um vestido de noiva e o dia chegou.
Como de costume, a noiva chegou primeiro, ela estava até bonita de noiva, a praça da igreja lotada para o casamento do Nhonhô, ele era muito querido na cidade.
Esperou...Esperou e nada de aparecer. A noiva chorosa e os convidados foram para casa e os poucos quitutes acabaram. Ela muito triste saiu vestida de noiva por uma pista perto da cidade, nisso passou um jipe da cidade, pegou-a e trouxe para casa e lhe disse: não se preocupe, nós encontraremos o seu noivo.
O pai da noiva tinha uma espingarda que lustrava todos os dias. De repente Nhonhô apareceu na cidade com a maior cara de pau; o pai da noiva ficou sabendo, passou a flanela na arma e saiu e foi bater na casa da tia do noivo fujão. Nhonhô quem abriu, não esperava o sogro, encostou o cano da espingarda na sua boca e disse: ou casa com minha filha ou morre e ele levantou a mão. E o casamento saiu só no cartório, nasceu um menino lindo, não poderia ser dele, mas...eles ainda tiveram mais dois filhos.
Ela não era muito certa, deixou os filhos na cama e fugiu com outro que até hoje ninguém sabe do seu paradeiro. Nhonhô deu um filho para cada um, mudou de cidade, arrumou um emprego e se juntou com uma mulher.
Já era mocinha, minha mãe recebeu uma carta dele, pegamos o carro e fomos visitá-lo numa cidade bem longe daquela que ele morava.
Meu Deus! Quando vi a mulher dele quase desmaiei: horrível, suja, pés no chão e quando fechava a boca os dentes ficavam  fora dela.
Logo que ele chegou do serviço lhe disse: seria melhor ter ficado com a outra que era um pouco mais bonita.
Fomos embora, nunca mais vi Nhonhô, às vezes, me bate uma saudade dele...Ô cabeça dura!

A crônica conta um fato comum do dia a dia, relata o cotidiano da vida real das pessoas, enquanto o conto e a fábula contam fatos inusitados ou até fantásticos. Ou seja, distantes da realidade.


segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Meu pensamento voa




Meu pensamento está aprisionado dentro do meu cérebro, mas hoje vou deixá-lo solto para voar onde quiser conhecer: voou embaixo das nuvens brancas e frias ouvindo os murmúrios das ondas do mar, passou por mim e eu o deixei passar na maciez das minhas vestes até ele se cansar.
Não obstante até onde nossas vistas veem, o vento muito audacioso o transportou às nuvens, chegando aos céus. Chegando lá, ficou deslumbrado com toda beleza vista; era noite e as estrelas brilhantes e coloridas ofuscavam suas vistas, mas teimoso como era foi conversar com a lua, esta já sabia que era a musa dos namorados ficou feliz com aquele pensamento voando num vento já cansado, então, desceu do vento para ele descansar e foi conversar com a lua, querendo saber o que ela tinha que embebia os sonhos dos poetas apaixonados, ela apenas respondeu que os vigiava com amor.
Com o vento já descansado, o pensamento agarrou-se nele e foi conhecer o resto do céu brilhante à noite. As estrelas mantiveram distância do pensamento, pois se chegassem perto queimariam todos os seus neurônios.
O pensamento estava cansado e o vento também e, resolveram dormir numa nuvem branca quentinha, mas no meio do sono, a nuvem sacolejou os dois, avisando que vinha chuva forte e, que deveriam ir embora pois deixaram sua dona a mercê d'um mar violento.
Mais que depressa, voaram como um jato até a beira do oceano, onde ela estava, entrou em seu cérebro, ela recobrou os sentidos e, vendo o mar bravio e a chuva começando a cair forte, correu à procura de um abrigo que não demorou a achar. Um casal se apiedou da jovem mandou-a entrar, tomou um banho quentinho e foi deitar-se numa cama fofa e acordou com as ideias fervilhando.
Não demorou muito tempo pegou um lápis e papel e escreveu sua aventura: meu pensamento voa. 



domingo, 17 de agosto de 2014

O tempo não mata o amor



Todos os dias passo diante do meu quadro quando tinha dezenove anos, um nó na garganta faz meus olhos lacrimejarem e, quase não consigo acreditar na besteira que fiz com a minha vida. Tinha alguém que me amava a loucura, me respeitava como mulher, escrevia poesias e me endereçava e ao abrir o envelope meu corpo ardia de amor e paixão. Fazíamos lindos passeios e promessas de um breve casamento.
Um dia, por bobeira minha disse que não o amava mais, ele empalideceu, deu meia volta e foi caminhando, corri até ele, disse que era brincadeira. Olhou para mim chorando e me disse: adeus, nunca mais você vai saber de mim.
E o tempo foi passando e eu inutilmente a procurá-lo sem cessar. Já faz cinquenta anos que nunca mais soube dele. Talvez tenha morrido e não achado o corpo.
Não consegui amar mais ninguém, então, vivia à noite nos meus sonhos, que pareciam reais, minha vida se desenrolou de uma forma autêntica e prazerosa.
Ele chegava do trabalho, me pegava no colo e me beijava e numa grande banheira cheia de pétalas de rosas o amor e a paixão fluíam, passeávamos pelos campos floridos, sentávamos na grama e me fazia lindas poesias de amor e ali, diante da lua e das estrelas nos amávamos com ardor. Foram nossas únicas testemunhas.
Hoje, diante do espelho, passo as mãos nos sulcos que o tempo fez com minha pele e procuro imaginar você em algum lugar pensando em mim.
Esse é meu saudoso jeito de viver a solidão....

sábado, 16 de agosto de 2014

Minha metamorfose



Tal como a borboleta, eu vivo dentro do ventre da minha mãe: está na hora da minha metamorfose, espremi de um lado e do outro, ouvia choros e pequenos barulhos, de repente eu saí, sei que me deram um tapa e eu chorei... devo ter adormecido, quando acordei, me vi apertada em roupas que me incomodavam e uma mulher me beijava e chorava, chamando-me de minha filha.
Começou meu sofrimento, de repente ainda pequena, falando algumas palavras, um homem fraco que dizia ser meu pai me levou para um lugar cheio de crianças tristes, e quando me dei por mim não  mais o vi, nem liguei...não sentia nada por ele e nem por ela( será por que era muito pequena?).
Fui crescendo sobre ordens e surras num pavilhão nojento com baratas e sujeiras que as meninas chamavam de colégio. Nesse colégio, me vestiam com qualquer roupa e tenho os braços roxos de tantos beliscões.
Cresci ali nesse antro nojento e Lúcia uma amiga sempre dizia que eu era muito bela e, escondida no banheiro me deu um pequeno espelho: foi aí que me vi pela primeira vez, já com meus quinze anos. Me amei, saímos sorrateiramente e à noite disse a Lúcia que iria fugir dali. Ela me ajudou, roubou um vestido lindo de uma jovem que tomava conta de nós e jogou do outro lado do muro e com uma força sobre humana caí do outro lado.
Fui caminhando, sendo iluminada pelas estrelas e a lua até chegar num córrego. Ali tirei aqueles trapos e me joguei na água e com as mãos cheias de flores que pegando pelo caminho esfreguei no meu corpo todo, sentindo um cheirinho gostoso de flores do campo. Após secar meu corpo coloquei aquela roupa linda, desalinhei meus cabelos e veio o vento para secá-lo e fiquei a apreciar a beleza da natureza que nunca tinha visto.
De repente ouço um barulho forte e começo a correr. O barulho parou e duas mãos me seguraram: 
Um jovem lindo perguntou-me: onde vai com tanta pressa. Expliquei tudo para ele, então me colocou em cima do cavalo, subiu atrás de mim e, pegou as rédeas e me disse: vou leva´-la para minha casa, tenho mãe, pai e irmãos, não se assuste, não vou lhe fazer mal algum.
Chegando em casa, contei a família tudo da minha vida, a mãe do rapaz me abraçou e disse: aqui você está segura.
Os meses se passaram, Cláudio, o cavaleiro e eu nos apaixonamos. Seus pais foram à procura do orfanato, já tinha na época dezoito anos e pediu meus documentos que prontamente me entregaram.
Hoje é o dia do meu casamento com Cláudio, como estamos eufóricos e muito felizes!




sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Hoje estou muito triste!!!



Meu coração dói, minha vida desmoronou, mas como sou poeta tenho que alegrar quem gosta das minhas poesias. Abro a porta de casa, pego papel e lápis e começo escrevê-la, tenho que terminar o meu livro de poesias.



O amor

É um sentimento que brotou em meu coração
Catarina é seu nome, uma envolvente mulher
O que foi que me fez me apaixonar sem querer
Além de sua beleza... Irradia os dias de verão

Sua pele morena, olhos da cor das esmeraldas
A boca é delineada com o vermelho da paixão
Ah! O seu perfume era o de "Poções mágicas"
O andar sedutor conseguiu flechar meu coração

O nosso primeiro beijo foi numa praia deserta
A onda na volta rolou nossos corpos até a água
Submergimos o mar e nossos lábios se uniram

Ao emergir rolamos a areia molhada e sorrimos
 Aí o cupido flechou nossa alma e nós nutrimos
Com um amor eterno, cheio de grandes paixões

   

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

O ciúmes da lua: miniconto





A lua ao contemplar uma mulher tão singela e bela, enciumada começa a chorar, mas as estrelas coloridas de uma noite de verão vêm consolá-la, pois sem a lua ninguém viria a sua beleza, pois é ela quem reflete a beleza da mulher aos homens que  a vê.




quarta-feira, 13 de agosto de 2014

O sorriso - miniconto


sorrir mais


Não há nada mais contagiante do que o sorriso de uma criança, é natural e irradia outras pessoas, pois quando ela sorri todo o seu corpinho o acompanha, mas só é visto por pessoas que sabem amar.



terça-feira, 12 de agosto de 2014

Nunca esquecerei - miniconto



Vesti-me de negro enfeitado de pérolas, pintei meus lábios de batom, fiquei em casa a sua espera, pois prometera chegar em duas horas. Acordei, aí que fui perceber que arranquei todas as pérolas do vestido, você não veio, havia adormecido.



segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Não adianta - miniconto




Quanto mais eu remendo meu coração, esfrego o chão, enfeito a casa com flores de alfazemas; não adianta, pois teu cheiro ficou impregnado na casa para me fazer sofrer.