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Numa bela metrópole do Rio Grande do Sul, nasce William, um
lindo garoto de pele clara e olhos azuis. Nesse mesmo dia a criada do
milionário deu a luz a Kelly, uma menina de cor jambo de olhos azuis.
Passado alguns anos a criada ainda continuava seu trabalho no
mesmo local, pois tinha que criar sua filha...Até que um dia Kelly já com seus
quinze anos, quis conhecer o local de trabalho da sua mãe. É claro, ela pediu
permissão ao seu patrão que não se importou, mas com uma exigência: desde que a
jovem não saísse da cozinha e assim aconteceu. O filho do patrão tornou-se um
lindo jovem que nesse dia foi nadar na piscina do jardim da mansão. Da janela
da cozinha, Kelly acompanhava os movimentos dele e num instante, William
percebeu alguém na janela. Pegou seu binóculo e seu coração palpitou ao ver
aquela maravilhosa jovenzinha da cor de jambo e olhos azuis como os seus.
No mesmo instante perguntou a sua mãe quem era aquela jovem que
estava debruçada na janela e ela respondeu: é uma pobretona, filha bastarda da
nossa criada de muito tempo.
Passado alguns anos, nunca mais William viu Kelly e já com vinte
e um anos, uma força descomunal pairou no seu pensamento: queria saber do
paradeiro da jovem, pois a criada, já aposentada, não trabalhava mais lá.
Um dia...quando seus pais foram a uma reunião formal, William
mandou os empregados dormirem e sozinho começou a vasculhar numa escrivaninha
algum papel que mostrasse o paradeiro da criada. De tanto procurar achou...
A princesa dos seus sonhos morava numa pequenina cidade do
interior de São Paulo. Arrumou sua mala, pegou todo dinheiro acumulado de suas
mesadas e rumou à procura do seu amor de quinze anos que nunca saiu do seu
pensamento.
Chegou à cidade de trem, desceu e perguntou a primeira pessoa
que encontrou se sabia o endereço de Kelly e, com este, logo encontrou sua
casa. Ficou ansioso e seu coração a palpitar, quando bateu à porta da sua casa:
Kelly assustou, tremeu e começou a chorar ao ver quão lindo era o seu amor.
Então,William perguntou por que ela chorava, e ela respondeu: eu não posso
concretizar esse amor com você, pois por um triste destino, você é meu irmão.
William chorou tal uma chuva interminável.Os dois se abraçaram, ele deu-lhe um
beijo na testa e partiu.
De volta a mansão de seus pais, eles estavam enlouquecidos a sua
procura e o pai perguntou: aonde você foi William? Ele respondeu: fui atrás de
uma jovem por quem me apaixonei aos quinze anos, era Kelly, a filha da criada.
Seu pai estremeceu: não se preocupe meu pai, pois eu sei que ela é minha irmã.
Assim é a vida: a mãe de William divorciou-se do seu pai, por
tê-la enganado por tantos anos e William fez questão de morar com sua sofrida
mãe numa simples casa no interior de Goiás.
Chegando lá, continuou os estudos, conheceu outra jovem, não era
o mesmo amor, mas casou-se com ela e tiveram um casal de gêmeos: o menino
parecido com o pai e a menina com o seu amor antigo. Ironia do destino...
Ninguém nunca mais tocou nesse triste episódio.
Virou mais uma página do livro da vida de William e com certeza
Kelly também fez o mesmo.