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Sinto-me fora de mim, meu olhar roda o mundo em segundos e vejo além do meu olhar. É um medo que me absorve de não poder correr, vejo nitidamente o passado de pessoas que nem conheço e tenho medo do futuro. Por que eu?
Dói minha mente quando abro a internet e vejo fatos de anos passados, mas a minha curiosidade é a do presente, mas nada acontece. Será uma maldição? Quero ser normal como minhas amigas, mas não consigo. Eu vejo além do meu olhar.
Houve situações que parecia estar em transe e, nesse instante puxei com força uma mulher que ia atravessar a rua, nisso passou na velocidade máxima um carro. Foi por pouco!
Ela me deu a mão para me agradecer, não a senti e tal como um curto-circuito desapareceu. O que acontece comigo? Não sou normal?
Com o passar do tempo, sem contar a ninguém, fui me acostumando a esses relances voltei pra casa e conversei com minha mãe, disse a ela tudo o que estava acontecendo e, para surpresa minha ela me explicou: filha, como você sabe não tem irmãos, mamãe não engravidava, fiz de tudo e, nada. Certo noite ouvi choro de bebê, abri a porta da sala e me deparei com você enroladinha em jornais, peguei-a dei-lhe um banho quentinho e coloquei pijaminha, dei-lhe mamadeira e num embalo você dormiu no bercinho.
Como? Mamãe já com a intenção de adotar já tinha tudo pronto.
Mamãe: eu a amo, mas não suporto viver nessa agonia. De repente "voei" e vendo além do meu olhar percebi que meu lugar não era na Terra, ou seja, em lugar algum. Fiquei vagando no ar, mas ninguém me via.
Passado nove meses, aí sim nasci de mamãe, um bebê normal para a felicidade dos meus pais. No dia do meu nascimento, eu era um bebê normal. Mamãe que não podia procriar foi agraciada com três filhos normais.