Nos meus dezoito anos

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Era uma noite clara, as estrelas brilhavam os nossos beijos, nos amávamos tanto que o ciúme veio nos fazer companhia. Passou um rapaz deu-me uma piscada, isso foi o tudo para segurar firme nas minhas mãos e subirmos um monte. Lá me deixou, desceu às pressas.

Fiquei apavorada, pois começou a escurecer e precisava descer de lá, aí lembrei que tinha sempre na bolsa duas velas e uma caixa de fósforo. Comecei a descer com uma vela acesa, não conhecia o lugar e,voltei. No céu nenhuma estrela, nuvens brancas a bailar e eu a chorar e a me questionar do porquê do castigo, só porque era muito bonita?

Sentada no cume do monte ouvi passos, um jovem com um farolete que me disse: não chore, vou lhe tirar daí, pegou em minhas suadas mãos levantando-me com carinho  e me disse que ele era o causador de tudo, fiquei de longe observando os dois e de boa distância os segui e vi o que ele fez, me escondi entre os gramados d'uma escola, nisso ele desceu correndo pegou seu carro e cantou pneu.

Eu subi o morro para beber suas lágrimas e segurando na sua cintura com um farolete descemos a passos lentos, chegamos até a cidade e fomos direto para a delegacia fazer um boletim de ocorrência.

Depois de tudo que nos apresentamos, ele era o tenente Rosimar e eu simplesmente Maria. Nunca mais meu ex chegou perto de mim. 

Não se ama uma única vez, ama-se quem nos trata com carinho e nos protege. No sábado seria minha formatura, ele foi meu padrinho e na hora da valsa rodopiamos o salão de tanto amor.

Passei a amá-lo também e, logo após minha formatura nos casamos, a festa foi patrocinada pelo meu sogro foi linda e fomos morar na nossa pequena casa onde cabia o nosso imenso amor.