sexta-feira, 13 de junho de 2014

Amor além da morte


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Marilda era a mais linda jovem da minha pequena cidade. Era muito disputada e eu como um rapaz pobre e recatado, procurava nem olhar para ela quando passava por mim. Depois da passagem, meu olhar só era para ela, pernas tremiam, enfim eu a estava amando.
Uma cidade pequena, só um clube para bailes e naquele mês haveria um. E todos os jovens estavam eufóricos nos preparativos para o baile.
Eu, trabalhava num mercadinho e estudava à noite e ainda ajudava minha família que era grande.Portanto minha roupa de baile era uma só, nunca sobrava dinheiro para me vestir bem, mas não ligava, pois gostava da minha simplicidade, o que me ajudava era a minha alta estatura e os meus olhos azuis, meio apagados pela vergonha de encarar qualquer mulher.
Marilda era o meu oposto, solta, extrovertida, sorridente e brincalhona, mas tinha uma qualidade que não batia com a minha:era filha do usineiro mais rico da cidade.
Chegou finalmente o baile tão esperado. Era exatamente meia noite quando cheguei ao baile; lindas jovens passavam por mim jogando aquele charme e eu abaixava a cabeça, mudava de lugar.
De repente a orquestra para todos os que estavam dançando. Marilda subiu até a orquestra e disse: hoje quero fazer algo inusitado; Vou roubar o par de uma linda jovem, é apenas uma brincadeira e aqui meu irmão irá dançar com aquela que ficar só no salão. Foi um zum...zum... danado. 
Ela desceu linda as escadas na lateral, acredito que todos os rapazes ficaram eufóricos, eu procurei não tremer muito as pernas quando ela chegou a minha frente e levantou meu braço. Quase desmaiei de tanta felicidade. 
E o baile continuou; Marilda colou seu lindo rosto perfumado no meu, eu fui às nuvens e voltei rapidinho, então ela disse: Jônatas, eu o amo e beijou meus lábios vagarosamente, devo ter enlouquecido, abracei-a com força e beijei seus lábios com muita paixão, foi quando ouvimos o bater de palmas, acordamos, sorrimos e continuamos a dançar até o alvorecer.
Nos casamos e fomos morar numa bela casa, presente de seu pai, eu fui trabalhar na Usina dele e nós dois íamos fazer Faculdade à noite. Meu Deus,como éramos felizes! No ônibus jogava seus cabelos doirados no meu ombro e adormecia.
Já fazia cinco meses do nosso casamento e na volta da Faculdade houve um acidente com o nosso ônibus, muitos feridos e alguns mortos e, desmaiei quando vi Marilda sem vida.
Todos os dias venho aqui onde ela foi enterrada e choro a sua ausência; depois vem aquela paz, parece que ela está junto a mim.
Jamais quero outra mulher, Marilda sempre será o único amor da minha vida...
  

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Romantismo ( Feliz dia dos namorados )




Parece que o romantismo acabou
Não, não deixemos isso acontecer
É a mola que fomenta o que começou
A gentileza que fez o amor florescer

Um olhar tímido, uma taça de vinho
Coração aquecido do início do amor
Outros encontros no simples barzinho
Ele tímido à trazer na sua mão uma flor

Um encontro no sono do lindo pôr do sol
 Rápidos beijos fazendo coração bater forte
Carregando uma chama de paixão ardente
Um silêncio para ouvir o canto do rouxinol

Um banho de mar com o choro das ondas
Um olhar mais profundo, cálido, mas sedento
A posse de dois corpos é inevitável nesse pranto
Suave de amor, paixões e prazeres mais a soltas


quarta-feira, 11 de junho de 2014

O mistério da mansão




Era uma mansão diferente das outras, pois a quem passasse por ali sentia um calafrio na espinha e apressava seus passos, pois o medo tomava conta do seu corpo e espírito. Era uma sensação de não estar em lugar algum, o medo que se sentia fazia dessa mansão ser chamada de Mansão Mistério.
Até o sol, a lua e as estrelas passavam longe dessa enorme mansão. Os raios do sol escuros e chuva faziam morada nesse castelo. Por que chovia torrencialmente todos os dias em todo perímetro do castelo? Ninguém ainda sabia.
Perto do castelo havia uma escola e nela uma classe, a dos corajosos, então eles resolveram fazer uma visita ao castelo para tentar descobrir o que ele tinha que “borrava” de medo todos os marmanjos da cidade.
A professora não foi, tinha medo, mas de tanto insistirem com a diretora tivemos a permissão para o passeio. Era uma classe de trinta alunos, vinte eram meninas e dez eram garotos.
No outro dia, todos apostos para desmembrar o mistério que oprimia os moradores circunvizinhos. No portão havia dois enormes sinos, onde nós crianças dependuramos neles para tocá-los.
Nesse instante apareceu o mordomo, um homem gordo, baixo de bigode e cartola, horroroso e esbravejou: o que vocês querem? Todos bateram o queixo de medo. Nesse ínterim eu o mais corajoso disse que queríamos visitar o castelo para um trabalho na escola.
O mordomo riu esbaforido, mostrando aqueles dentes podres e um mau cheiro impregnou os narizes de todos. Muitos até vomitaram.
O feio mordomo abriu o portão e, de tão velho fez um barulho estridente que doeu até os tímpanos.Subimos aquelas enormes escadas, um calafrio tomou conta de todos e ao chegarmos perto da porta, ela se abriu sozinha ringindo de terror.
Agarramo-nos uns aos outros, pois lá dentro do castelo fazia um frio de batermos os dentes e não levamos nenhum agasalho.
Fomos andando vagarosamente observando tudo, nenhum detalhe poderia escapar. Vitória, a aluna medrosa, de repente viu uma senhora num quadro, era uma bela mulher, ficou encantada, mas pausadamente a mulher se transformou num bicho horrível. Ainda bem que ficava só no quadro.
O mordomo nos convidou para um saboroso café, quando entramos na sala de refeição ficamos deslumbrados com tamanha beleza de tudo que se encontrava na sala. O café, que mais parecia um banquete já estava na mesa. Quantas iguarias gostosas! O mordomo sentou e pediu para que todos se sentassem para saborear o delicioso café.
Eu, então, muito atrevido perguntei a ele: Porque essa mesa tão grande se o sr. está tão só? Ele me respondeu que no castelo havia muitas pessoas.
Começamos a saborear nosso café. Que delícia! Tudo era de um sabor todo peculiar.
Nisso, foi entrando uma fila, nem sei o que eram: pessoas com túnicas e véus brancos, nada disseram; sentaram-se à mesa e todas aquelas delícias iam se arrastando para elas, levantaram o véu que cobriam os seus rostos, muitos de nós desmaiamos, cada rosto nos era conhecido por ter estudado na história do mundo. Só vou falar o nome de um para não assustar quem está lendo esse conto: Hitler, faltando pedaços de sua face. Os que desmaiaram se refizeram e se achegaram perto de mim e disseram: vamos embora, pois aqui é o Castelo das Almas, nem o inferno as quiseram; então o mordomo disse: "pera" aí, porque tanta pressa? Todos se agarraram a mim.
Eu, Ricardo, aluno corajoso da escola sendo o narrador dessa história, pedi para que todos dessem as mãos e fizemos uma oração muito forte, cada um deles desmanchou-se formando um montinho de cinzas fétidas. E o mordomo? Virou um capeta horrível, saiu voando com aquele sorriso sarcástico gritando: vou procurar outro castelo, pois esse não é mais assombrado e futuramente será um grande museu.
E assim aconteceu... Visitas ao Museu das Almas, preço único: alimentos não perecíveis e roupas.
Hoje, adentrando ao Museu das Almas, mas sem medo, vi a beleza suntuosa daquelas paredes. E vocês me perguntam: quem era o dono do castelo? Como ninguém apareceu para reclamar ser o legítimo dono, passou a ser propriedade do Estado e, é muito bem cuidado dando emprego a muitas pessoas.
Querem trabalhar lá? Há vagas. Façam suas inscrições.kkk . 

"Ricardo de Almeida"

Alguém tem outro desfecho para esse conto? Coloque-o nos comentários, por favor.  


segunda-feira, 9 de junho de 2014

Viagem sem rumo

Henriette Sauvant


Meu nome é Lourival, um rapaz quieto, vinte anos, saudável e um amante dos livros. Fazia Faculdade de Biblioteconomia, à noite, numa cidade afastada da minha. Trabalhava de faxineiro na Biblioteca Municipal da minha cidade e, nas horas vagas "comia os livros", adoro ler romances e quando pegava um, lia-o meio que fracionado, nas horas vagas.
Cheguei em casa muito tarde da Faculdade, "morto de sono", tomei um copo d'água e fui dormir. Dormi e sonhei que era um grande romancista e resolvi buscar minhas inspirações dando uma volta ao mundo.
Sabendo da minha situação financeira confeccionei um grande livro, coloquei duas enormes  velas, adentrei e, nisso um vento favorável balançou meu novo meio de transporte e ele foi levitando ao infinito à desbravar. Ia anotando tudo que via e quando a chuva caía  planava embaixo de uma nuvem seca, assim a viagem dos meus sonhos estava sendo realizada.
Pude conversar com as nuvens e a lua, ver o sol e as estrelas coloridas de longe, os outros satélites e sentir uma brisa que passava por mim, acordando-me do esplendor para que eu não perdesse o foco, que era anotar tudo que visse; nisso passou um cometa, deixando um rastro de partículas de gelo que algumas bateram no meu rosto e pude sentir uma gélida temperatura em meu corpo e em minha mente ia anotando tudo o que me acontecia no céu.
Depois de tanto viajar flutuando, deu-me uma saudade doída da minha cama quentinha. Acordei.
Fui trabalhar tão cansado de tanto sonhar que na hora do almoço só queria dormir. Pedi à bibliotecária acordar-me na hora que findasse meu horário. Ela era muito gentil e assim o fez.
Comecei, então, a pensar o que fazer com tantas belezas que tinha visto, seria egoísmo guardar só para mim e comecei a rabiscar um livro e a cidade inteira me  ajudou. Nome do livro: Viagem sem rumo.
Foi um sucesso, vendido em vários países do mundo...
Terminei a Faculdade e enveredei a escrever livros e hoje sou um grande escritor, graças a minha força de vontade, muitas leituras e aos meus amigos.
"Muito obrigado a todos que fizeram do meu sonho uma realidade a ser reconhecida mundialmente; jamais irei esquecer de vocês".
Essa frase foi escrita embaixo de um pequeno agradecimento no jornal da minha querida cidade.
                                                
"Lourival da Silva"

Vão ser 2 por semana

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Atenção: Férias Indeterminadas...


 8 de dezembro feriado

Às 21h entrarei no blog
Se tiver comentários responderei
Até uma possível
Volta
Beijos

Lua Singular



Bem aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Salmos 1:1