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A
floresta está fria, o caminho ainda é longo até chegar o Sol, nisso uma
pequena chuva de orvalhos molhou todo meu corpo nu. Dos meus cabelos escorriam
gotículas de orvalho passando por minha boca as quais algumas eu as bebia o
resto banhava todo meu corpo.
Tive
uma sensação de nulidade, pois meus passos na linda floresta ficavam pesados
quando meus pés afundavam em charcos formados de orvalhos, queria caminhar mais
rápido e não conseguia, nisso pedi ao Sol alguns de seus raios para secar meu
corpo e os charcos, ou então não conseguiria chegar até ele e saber o que
queria de mim. Nisso o Sol clareou a floresta.
Do
céu eu vi o Sol sorrir dizendo: amo você minha linda fada, mas se chegar perto
de eu a queimarei e você morrerá, então vou ficar longe de você. Chorei
doído, também amava o Sol.
O
tempo passou, a dor amenizou meu peito e voando entre gotas de orvalho vi Ícaro
com suas asas de cera, ele circundou minha cintura, voamos até seu castelo. Lá
tomamos banho, colocou-me a mais bela roupa digna de uma rainha toda de pedras
preciosas e ele com sua túnica de fios dourados e, com nossas grandes asas
fomos viajar para conhecer o Universo sem fim.
Voltamos
para o castelo, já casados e dei a Ícaro dois lindos filhos e como nada é por
acaso perdemos nossas asas, mas o amor era mais forte do que o voo em todo o
Universo.