quarta-feira, 10 de julho de 2013

Por ti, menina



Por ti menina, eu faço a lua aparecer
A noite calma chegar só pra eu te beijar
As estrelas enciumadas se ascenderem
Só para verem o nosso amor, menina

Gosto desse teu jeitinho meigo de sorrir
Envergonhada do meu abusado abraço
Mas sei que corresponde a esse afago

Amor menina quando tu estiveres pronta
Quero levar-te pra namorar no mar azul
Beijar teu corpo nu, debaixo das ondas
Testemunhas: a lua e as coloridas estrelas

Depois do amor, envergonhada pedirá mais
 Praia deserta vislumbrará nossa louca paixão
  Corpos já cansados, adormecerão na praia

Dorli Silva Ramos

terça-feira, 9 de julho de 2013

Não se deixe influenciar



  Nascemos parecidos fisicamente, mas o nosso intelecto difere de pessoa por pessoa. Cada um tem sua personalidade e muitos tendem influenciar-se por atitudes de pessoas que chegaram ao sucesso rapidamente, sem antes saber o que elas fizeram para estar no topo das invejas.
 Deixar-se influenciar pelas atitudes de outras pessoas é sinal de fracasso intelectual, afinal cada um tem sua personalidade e mudá-la é arrancar do seu cérebro a capacidade de pensar e realizar feitos que serão de grande proveitos  para a humanidade. É desumano.
 Que sejamos nós mesmos, com nossas potencialidades, sempre aprimorando conhecimentos para nos tornarmos pessoas mais humanas, conscientes e dormir o sono dos anjos.


Dorli Silva Ramos

Voando ao paraíso



Eu sou um lindo anjo invisível
Voei muito alto pra chegar ao paraíso
No topo de uma alta montanha decidi
Arranquei as minhas brancas e pesadas asas

Tinha chegado ao paraíso,estava nublado
Voei sem medo no meio das nuvens
Que vieram saudar a deusa do infinito
Foi com esse nome que a chuva me batizou

Então, escureceu, mas veio o brilho das estrelas
Seus sorrisos pareciam ouro cintilantes em movimento
Reluziram meu sinuoso voo até chegar a musa lua
Emudeci quando a vi perto de mim, a lua dos sonhos

A lua dos eternos e apaixonados namorados
Com minhas mãos toquei-a com ternura
Ela agradeceu dando-me sua cor aperolada
Num instante, mamãe me acordou no meio do sono

Dorli Silva Ramos

segunda-feira, 8 de julho de 2013

A trilha do amor (miniconto)



 Fui procurar na vida paixões que me enlouqueceste. Segui uma trilha tortuosa cheia de espinhos, a qual não aguentava mais tamanho tormento. Era um sugar meu corpo, cada um de um jeito nojento.
 Foi aí que percebi o que  procurava estava dentro da minha casa, mas quando voltei toda arrependida; outra ocupava o meu lugar... Retornei o caminho da trilha, do sofrimento infinito.
 Fui atrás de emoções, esqueci que a felicidade morava dentro da minha casa, mas ele cansou...


Dorli Silva Ramos

Pequenos detalhes



 Pequenos detalhes da natureza nos fazem sentir envergonhados por estarmos sempre reclamando da vida. O bicho homem, dotado de uma inteligência mais apurada, perde em sabedoria para os outros animais, pois não conseguem ver com olhos emocionados  todo o verde  da campina do solo. Este, brotando lindas árvores frondosas e delicadas flores de muitas cores que oferecem seu néctar à muitos animais que ficam felizes depois do beijo adocicado. A natureza sorri bela e colorida. 
 Toda a maravilha da natureza só pode ser admirada por pessoas sensíveis, que possuem em seus corações a sensibilidade de saber olhar o belo, o que deve ser inatingível às mãos de homens insensíveis que com um canivete cortam lindas flores campestres para enfeitar sua sala ou agradar uma pessoa em especial. Suas irmãs choram suas mortes.
 Mas haverá um dia, em que esse lugar paradisíaco irá virar um campo arenoso, porém, enquanto houver uma flor no deserto, ainda haverá esperança para as pessoas de bom coração.


Dorli da Silva Ramos

domingo, 7 de julho de 2013

A lua se apaixonou




Todos as noites ia à praia sozinho
Olhava o céu e parecia que a lua sorria
Fiquei intrigado e estava ansioso
Para logo chegar à noite e ver a lua

Uma noite tive a maior surpresa da vida
A lua foi abaixando suavemente
Ao chegar à praia virou-se para mim
Um lindo rosto de mulher apareceu

Ia desfalecer quando ela me segurou firme
Seus lábios ficaram bem junto aos meus
Ela me beijou e disse que me amaria
 Atou minhas mãos e levou-me ao infinito

Ela se transformou numa sedutora mulher
Nossos corpos num só, uma só paixão
Adormeci tamanha era a minha felicidade
Acordei na praia deserta, já era dia...


Dorli Silva Ramos

sábado, 6 de julho de 2013

Sorriso



Não há nada mais lindo do que o sorriso espontâneo de uma mulher
Principalmente no alvorecer


Dorli Silva Ramos

Como eu vejo a vida (miniconto)


Pinterest.com/

 Como um filme, sentado nesse banco frio, sozinho, mas feliz por ter vivido intensamente todas as fases da minha vida, sem muitos atropelos, talvez um vidinha boba, mas que fez vibrar minha infância a brincar com meus amigos nas peladas num campinho improvisado.
 Jovem, casei muito cedo com Bárbara, mulher linda, inteligente e cheia de dengos para comigo, me premiou com dois filhos lindos que hoje moram fora do país e às vezes nos comunicamos. Minha querida Bárbara há uns anos foi para outro plano e, fico aqui nesse banco a recordar como fui feliz. Da uma vontade de chorar de saudade do tempo que passou tão rápido que eu nem percebi.


Dorli Silva Ramos

sexta-feira, 5 de julho de 2013

O barulho da vida



Nada mais sublime poder ver o dia nascer num bosque, onde todos dormem e de repente ouvir o barulho da vida 


Dorli Silva Ramos

Madrugada silenciosa



No meu jardim, tristonha fico a pensar
Onde foram as estrelas do céu sem brilhar?
A Lua se escondeu envergonhada de mim
Pra onde levaram os meus sonhos de amor?

Hoje aqui sozinha querendo chorar a solidão
E vocês não querendo acordar a vida?
Vou gritar até meu peito doer de saudade
Daquele bandido que viajou e nunca voltou

 Vocês dormem felizes, eu fico a relembrar
A fragrância dele que impregnou toda a casa
Seu pijama, seu travesseiro, minha saudade
Minha vontade de amá-lo só mais uma noite

Nada...ele sumiu da minha vida como o Sol
O Sol eu vejo todos os dias a clarear o céu
E ele sumiu na escuridão da noite sem estrelas
 Numa noite tão escura como essa madrugada

Dorli Silva Ramos

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Ternura



Ternura
Dos teus gestos
A colheres flores do jardim

 Delicadeza
Do teu olhar ardente
Rasga todos os meus pecados

 Minha
Alma já refeita
Grita perdão dos defeitos

Rogo
 Teu lindo amor
Por toda a minha vida

Quero
Plantar flores
Num enorme jardim

Pra
Colher beijos
No jardim feito de sonhos

Também
 Iremos aconchegar
No nosso ninho de amor


Dorli Silva Ramos

Encontros na estação (miniconto)



 Vou reviver um passado cheio de glamour. Eu era linda, como a primavera, apaixonada por um poeta que ia me encontrar todos os dias à tarde na estação, onde depois eu pegava um velho trem de volta para casa depois do trabalho. Ele beijava meus lábios com suavidade e  declamava versinhos que me encantava.
 Escrevia todos os dias cartas de amor, as quais tenho até hoje bem amareladas pelo tempo e sem aquela fragrância de perfume francês que colocava nelas.
 O casamento estava planejado para dali a dois meses, tudo praticamente arrumado. Ia morar numa linda metrópole...
 Não sei o que aconteceu...Sumiu, assim como quase me faltou o ar que respirava. Ansiava loucamente envelhecer com ele. Mas o destino não quis.
 Simplesmente se esvaiu, procurei-o e procuro-o até hoje, pois gostaria de saber o que aconteceu e, nada...Nunca mais amei ninguém.
 Será que morreu?


Dorli Silva Ramos

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Amor moleque



Gosto desse teu jeito moleque
de me amares com ternura
Gosto desse teu jeito moleque
de beijares meu colo

Gosto desse teu jeito moleque
de fazeres amor comigo
Gosto desse teu jeito de moleque
de me trazeres flores

Gosto desse teu jeito moleque
de me acordares sorrindo
Gosto desse teu jeito de moleque
 de dizeres que me amas

Gosto desse teu jeito moleque
de me beijares com paixão
Gosto desse teu jeito moleque
de me enlouqueceres

Dorli Silva Ramos

Meus delírios (miniconto)



 Cansada da solidão do quarto fui deitar-me na sala ao som de uma música leve. Adormeci. Não sei por quanto tempo fiquei nesse transe no sofá, pois acordei pior que antes. Um vazio tomava conta da nossa casa, antes enfeitada com seu cheiro, seu perfume inebriante que me deixava louca de desejos.
 Uma noite infernal, fui até a cozinha, parecia que tudo se movimentava: os lustres, as mesas os copos a tilintar, então, abri a janela e estava chegando uma ventania, fechei-a depressa, corri para o quarto, enrolei-me no cobertor e comecei a chorar meus delírios. Via vultos e sons de choro de crianças. Pensei: estou louca.
 De repente ouvi um abrir de uma porta e estático na porta do quarto, iluminado só com um abajur, deu para perceber suas lágrimas que corriam seu rosto. Estava arrependido.
 Então disse: venha me amar

Dorli Silva Ramos

terça-feira, 2 de julho de 2013

Na tua leveza



Na leveza do teu andar
Areia seduzida pelas marcas
O mar quieto e sombrio
A te vigiar

Equilibrando na areia morna
Estás a brincar na praia sombria
A solidão do mar aprecia
 Tua magia de mulher

O vento leve passa por perto
Da mais brilho no caminhar
Tu brincas tal criança
És leve como a brisa

Silhueta de mulher jovem e bela
Que encanta só a natureza
Se o mar pudesse te enamorar
Te levaria pro fundo do mar

Dorli Silva Ramos

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Vida colorida (miniconto)



 Eu queria ter um pincel para pintar o céu bem colorido, o sol amarelo, as nuvens brancas como a neve e o arco íris, que nos visita após a chuva, a mesma que deixa a grama verdinha, tal qual em meus traços. 
 Depois, quando crescesse, queria ganhar um caderno, uma borracha e um lápis e, nesse caderno, escreveria toda a minha vida... Vida cheia de alegrias, felicidades, decepções e amarguras.
 Quando, já mais madura, com o caderno lotado de escritos e sem ter outro para completar os fatos do meu viver, usaria a borracha para apagar todas as vezes que dos meus olhos caíram lágrimas de dor, lágrimas de saudades, lágrimas de injustiças, lágrimas de abandono.   Sobrariam ainda alguns espaços para escrever que consegui vencer um itinerário de vida sofrido que me trouxe amor e felicidade.
 A duras penas, sobrevivi.


Dorli Silva Ramos

Da para esquecer??



Ninguém olvida um amor
Um beijo quente
Um sorriso irradiante
Um olhar com imensa paixão

Ninguém olvida o primeiro toque
O calor que transpira a pele
Um desejo desvairado da posse
Do doce e suave relaxar

Ninguém olvida a lua enciumada
As estrelas sorrindo o amor
Ondas batendo os corpos na areia
Uma louca explosão de amor

Ninguém olvida o primeiro filho
Que veio enfeitar a vida
Perpetuar nosso amor no futuro
À beijar nossos netinhos


Dorli Silva Ramos

Um grito de liberdade(miniconto)


Claude Nonet - soleil levant - 1872

 Não aguentava mais aquela vidinha estúpida que levava com minha família, onde minha mulher só resmungava e maltratava a mim e ao nosso filho, como se fôssemos propriedades dela.
 Meu garoto com sete anos e eu trabalhávamos de sol a sol, onde ela ficava só a conversar com as vizinhas.      
 Chegava, nem a cama estava arrumada, o jantar ainda por fazer e, sempre gritando: se quiserem que façam, pois não sou a empregada de vocês.
 Foi o último jantar que preparamos, meu filho arrumou a mesa com requinte e uma garrafa de vinho foi colocada na mesa para acompanhar nosso jantar. Ela ficou espantada e perguntou: por que vinho? Estamos comemorando o quê? E eu respondi: a você, a mulher mais linda desse rincão, ela não disse nada, dos seus olhos caíram duas lágrimas de arrependimento.
 Jantou como uma leoa e gorda como uma anta, ali mesmo na sala dormia e roncava, enquanto eu e meu filho arrumávamos uma "trouxa" de roupa cada um e uns alimentos. Partimos silenciosamente...
 Pegamos um barco e sumimos dessa vida para nunca mais voltar. Nem quero saber o que aconteceu com ela, acredito que teve que trabalhar para comer.
 Hoje, meu filho já é um doutor e eu me orgulho muito dele, pois lutamos muito para conseguir viver n'outro lugar desconhecido e eu? Conheci Isabela, uma doce mulher e uma excelente mãe.
 Não houve outro jeito, tive que dar um grito de liberdade, hoje sou um homem realizado e feliz.

Dorli da Silva Ramos

domingo, 30 de junho de 2013

Divagando em emoções(miniconto)




 Às vezes, venho aqui nesse paraíso paradisíaco para divagar minhas emoções, apesar de ainda ser jovem, da para escrever um livro de vivências concretizadas e outras que ficaram só na ilusão.
 Aqui é um palco solitário, onde eu posso divagar minhas emoções fincando nas ilusões da vida, uma vida cheia de projetos inacabados. Preciso urgentemente concretizar meus sonhos, ora o tempo passa paulatinamente, mas passa...
 Um amor que antes cheio de anseios, acabou por minha estupidez, vou tentar resgatar, de dentro do meu coração aquela leveza de saber amar. Ele me espera com seu coração ferido pela dor do abandono.
 Aqui, o silêncio conversa comigo, me da esperança de mudanças para ser feliz como há tempos, com toda a intensidade do meu coração.
 Para esse palco solitário dou adeus, vou cuidar de mim, pois mereço ser feliz junto com alguém especial que me ama.


Dorli Silva Ramos

sábado, 29 de junho de 2013

Eu fui...



Eu fui a mulher que te enfeiticei
Te enlouqueci, te enfureci
Te dei meu amor, meu corpo
Te arrebentei de paixões

Eu fui a mulher que te enciumei
Pela beleza, pela sutileza
Pela meiguice, pela educação
Pelo charme e beleza

Hoje sou uma mulher madura
Que beija, abraça, caminha ao teu lado
Que divide tuas tristezas e angústias
Que te da forças pra continuar

Amanhã serei uma mulher velha
A beleza ficará escondida nos sulcos
Que as rugas roçarão teu rosto
E te direi: ainda te amo


Dorli Silva Ramos

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Sonhar contigo



Mulher dos meus insanos e loucos sonhos
Às vezes me pego alucinado a pensar em te sentir
Saborear do teu doce gosto e ter que resistir
No teu peito nu jamais  mato os meus devaneios

Na escuridão da floresta tu vens a me encontrar
Tu clareias minha vontade de te beijar
Ilumina a noite com teu encantado lampião 
Me abraça de norte a sul com as mãos

Tuas asas acompanham essa nossa linda sedução
Depois se soltam e nos deslizamos com furor
Teu cheiro impregna meu corpo e fico em agitação
Duas almas e dois corpos fundidos no amor

Nesse cenário de satisfação meu corpo quer mais
Sem dizer nada, coloca tuas asas e voa
Deixando-me ainda insatisfeito com meus ais
 Na cena do amor, imploro teu corpo à toa 
   

Dorli Silva Ramos   
  

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Felicidade, emenda Constitucional? (reedição)



  Fiquei estupefata quando abri a porta de casa e ouvi a seguinte notícia na televisão: Felicidade poderá virar emenda Constitucional, como a dos Direitos Humanos. Que horror!
 Felicidade, emenda? Felicidade é cultivada por nós, dia após dia durante a nossa vida. Para ser feliz não precisamos morar em grandes mansões e termos contas bancárias recheadas pelo mundo. O que diferencia o pobre do rico é que a felicidade parece gostar mais das pessoas simples, honradas e de bom coração e que,com certeza, têm mais momentos felizes assim como: jogar uma pelada num campinho abandonado; ter tempo para conversar com seus filhos, dando exemplo de dedicação e hombridade; tomar uma cervejinha com os colegas; jogar conversa fora saber ouvir; cantar; sorrir e sorrir muito.
 A felicidade não pode ser uma imposição Constitucional, não sei de quem saiu essa ideia absurda que felicidade tem que ser direito. Ou você é ou não é feliz. Depende do seu modo de viver, o de buscar dentro da sua alma o seu querer ser feliz.
 Felicidade é querer; é sonhar; é realizar; é acreditar em nós mesmos que somos capazes de vencer as dificuldades para atrairmos a tal felicidade.
 Se os senhores doutores da verdade quiserem ser felizes e terem os seus nomes perpetuados para estudarmos na História do Brasil, criem uma emenda Constitucional para agregar nossos irmãos favelados à cidade. Pois eles por serem pobres e negros e não tendo onde morar com dignidade, vivem amontoados em grandes favelas e, não havendo oportunidades de um bom trabalho e de uma educação de qualidade irão, com certeza, caírem nas drogas, assaltarem e matarem os mais afortunados.
 Tenho vergonha em saber que a Copa do Mundo de 2014 será no Brasil em várias sedes e, se a final da Copa for no maior Estádio do Mundo, o Maracanã, no Rio de Janeiro, vai ser uma humilhação para nós, pois quando os “gringos” virem esta cidade, que é considerada a “Cidade Maravilhosa”, rodeadas de favelas, vão se decepcionar com a crueldade que fazem com a população menos favorecida. Portanto, fazer da felicidade uma emenda Constitucional é o mesmo que obrigar os “poderosos” cumprirem os Direitos Humanos, pois nem esses são respeitados pela maioria dos parlamentares; por isso é que são infelizes.
 É tempo de eleições, qualquer absurdo como esse, é olvidar que somos pessoas inteligentes e de bom discernimento.

Dorli Silva Ramos

30/05/10 14:57
Horário de luz natural do Pacífico

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Gotejando no vazio(miniconto)



 Estava bem, de repente me deu uma vontade louca de sumir, saí correndo sem destino, fui parar num matagal e, cansada sentei-me na relva molhada, embaixo de uma árvore, pois havia corrido durante meu louco devaneio. Olhei para o céu, a lua entristecida escureceu, as nuvens, antes brancas, ficaram escuras e revoltas com meu surto de loucura.
 Algumas nuvens se apiedaram de mim, começaram, então, a gotejar na minha cabeça, gotas de águas miraculosas que me fizeram acordar, então, foi aí que percebi que estava perdida no meu vazio.
 E agora? Pensei...perdida nesse matagal com fome e frio, o que vou fazer? De repente o céu clareou, uma fila de lindas estrelas caminhavam e eu as seguia como que por um impulso anormal, percebi que elas estavam me levando de volta para casa.Cheguei à frente da minha casa.
 A rua estava cheia de pessoas desesperadas à me procurar, foi quando elas me reconheceram e gritaram: ela voltou! Minha mãe assustada nem perguntou o motivo da minha fuga, me abraçou e me beijou e vi quando ela deixou cair uma lágrima de felicidade que fez questão de bebê-la.
 Até hoje, ninguém tocou mais no assunto e eu nem quero mais recordar a lágrima doída que mamãe bebeu, beijei meus pais e fui dormir.



Dorli Silva Ramos

terça-feira, 25 de junho de 2013

Sou a tua paz



Sou tua amiga bela cigana
Venho trazer a tua paz momentânea
Exagera na consciência crítica
E se perde nas condutas

Sobre tua cabeça derramo sabedoria
No teu coração trago euforia
De um amor que está engasgado
Serás teu trate-o com leveza

Não mais derrape na tua vida louca
Pois aqui nunca mais voltarei
Terás que fazer valer tua conduta
De amor, respeito e fidelidade

A vida é um lago cheio de opções
Mas se perderes essa que te dou
Morrerás na tua estúpida solidão
Sofrerás a dor do abandono


Dorli Silva Ramos

A HORA DA VERDADE



 Você não tem medo da justiça Divina?
 Você usou as pessoas para galgar algum sucesso?
 O que você fez  de mal para sorrir com a sua inveja?
 Você fez complô com seus amigos para derrubar o outro da escada?
 Tentará comprar pessoas que estão a sua frente para entrar no céu?
No céu inexiste dinheiro, usará sua fala mansa para dissipar seus concorrentes?
Não adianta, pois todos os outros foram leais aos mandamentos de Deus.
Você já humilhou alguém diante de muitas pessoas e ficou assistindo o desfecho?
O Diabo também é muito poderoso e poderá lhe dar a satisfação temporária.
Sente-se feliz em ver seu irmão triste e consequentemente no fundo do poço?
Se nada fez dessas barbaridades sua vida será um sucesso, se contrário um fracasso.
Pois Deus não dorme e consegue vê nossas más ações e ler até nossos infames pensamentos.


Dorli Silva Ramos