Você estava longe, além mar, minha saudade parecia querer abraçar o oceano e, num ímpeto de loucura agarrei as mais altas ondas de um mar violento,
que sorrindo levou-me até a uma linda praia deserta. Era noite, as estrelas
brilhavam, estava desnorteada, praia vazia e senti um vazio no peito: uma
saudade da lua, que me apareceu sorrindo. Nisso, a campainha toca, acordei
assustada, adormecera no sofá, descalças, abri a porta; chovia.
Senti uma fragrância conhecida, desci rapidamente as escadas e ao
abri o portão, não acreditei, pois vi meu amor, que desesperado de saudades, me pegou no colo e
disse: amor, quantas saudades tive de você e, um longo beijo aconteceu.
Ao invés de entramos levou-me até um bosque perto para dizer-me:
eu nunca mais vou deixá-la sozinha, pois não há nada para matar a saudade que
sentimos do nosso lar. Vamos continuar vivendo nessa mesma casa, pois é aqui que mora a
felicidade. Voltamos, tomamos um banho quente, nos amamos e; adormecemos.