Abro a
porta quero conhecer o céu escuro, mas não tenho asas. Paro e choro. Fecho a porta, Choro
muito. De repente um anjinho abre minha porta bem devagarzinho para não me
acordar e ele disse: pode se achegar, eu não consigo dormir.
O
anjinho colocou duas asinhas no menino e saíram voando pelo céu escuro,
sorrindo muito, deu alô as estrelas, jogou beijinhos para a Lua, ela retribuiu.
Deitaram
nas nuvens branquinhas, mas começou a garoar e o anjinho deu a mão para o
menino e voaram rapidamente até chegarem ao seu quarto são e salvo. O garoto
agradeceu e disse ao anjinho. Volta? Quando sonhar comigo voltarei. Eu irei
sonhar. Tchau.
No
outro dia bem cedo sua mãe entrou no quarto, viu a janela aberta e duas asinhas
na cadeira. Saiu do quarto, falou com seu marido que combinaram não falar nada
durante o dia, só a noite.
Durante
o jantar sua mãe tocou no assunto, ele contou sua verdade. A hora que o garoto
foi brincar com seu cachorrinho seu pai pegou as asinhas para
análise.Paralisou. Era uma asa de verdade.
O
tempo passou, o menino esqueceu, o pai jogou pela janela a asinha e um anjinho
o pegou. Desmaiou. Sua mulher estranhando a demora do marido, subiu até o
quarto do garoto e ele estava desmaiado, Ao voltar do transe contou tudo a mulher.
Ninguém
falou mais nada...