sábado, 22 de outubro de 2011

A PREGUIÇA DO VAGABUNDO


João era filho de um grande fazendeiro, nunca quis ajudar seu pai nem nas tarefas mais fáceis como: ir a cidade comprar adubo, poucas coisa que seu pai precisava na enorme fazenda de café e, várias vezes os empregados o via dormindo embaixo do pé de café. Esse tal João era mesmo um folgado, tinha preguiça até de tomar banho, só queria se esborrachar em qualquer lugar para descansar.
Mas o destino mudou um pouco a sua rotina de vida, quando num triste dia seu pai morreu, chorava com tanta preguiça que tirava pequenos sorrisos no velório.
A fazenda virou uma bagunça, os empregados não queriam trabalhar, só receber, os pés de café foram tomados pelo matagal e morreram. Ele precisou indenizar os empregados quando os mandou embora. A dívida era tanta que mesmo vendendo a fazenda não deu para pagar todos os compromissos. Ficou sem nada e, desolado pois não gostava de pegar no batente, pediu a um amigo seu que o enterrasse vivo.
Como era a vontade do amigo, comprou um simples caixão e, convidou alguns velhos amigos para o cortejo.
Naquela época, o defunto era velado em casa, levado a uma capela na cidade para o padre encomendar o corpo, depois seguir para o cemitério, a última morada.
Era um domingo ensolarado, quando vinha passando numa rua da cidade um caixão e algumas pessoas carregando o corpo. Um senhor que estava na calçada perguntou: de quem é o corpo e eles responderam: é do seu amigo João. o senhor disse: pare o enterro, colocaram o caixão no chão, eis que de repente João, que estava bem vivinho, ergueu a tampa do caixão. Qual não foi o espanto de todos, principalmente daquele senhor que era seu amigo.
Seu amigo disse: o que é isso amigo, querer se enterrar vivo? E João disse: eu não tenho mais nada, perdi minha fazenda e não tenho vontade de trabalhar e não tenho mais o que comer. O que é isso amigo, eu lhe dou um saco de arroz, então o a preguiça do vagabundo falou mais alto: tem que descascar? Sim, respondeu o amigo. Então João respondeu: segue o enterro.

Um comentário:

  1. Boa noite! Dorli,
    Minha madrastra contava esse conto quando eu erra criança.
    muito legal!
    Bjs
    Ana

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