Na
impotência da vida sou o nada
A
brisa gélida sufoca meus sonhos
Vou
me embrenhar pela vida afora
Sou
um grão areia no belo universo
A
morte abraça meu corpo gélido
Tenho
muitas ilusões ainda doídas
Sou
só, sujo com o suor do andar
Meu
destino é o caminho do nada
Sinto
frio não sei onde vou parar
A neblina faz um odor fedorento
A neblina faz um odor fedorento
Ao
atar o meu corpo no caminhar
Minha
verve é tolhida pelo vento
Paro
no lago banho as tais ilusões
A tal sina é meu 'andejar' no nada
Recolhi
alguns dos meus sonhos
Lindo, lúgubre, tocante, assustador... São tantas as definições, talvez contraditórias até, sobre estas palavras que no final resta apenas sentirmos o poema... E, a fim de aumentar a intensidade da experiência de ler esta obra, humildemente, recomendo a leitura ao som da peça ao piano de Eric Satie, chamada "Jazzopédie"... Beijos e parabéns a autora!
ResponderExcluirUm belo poema que me fez lembrar outro de Fernando Pessoa
ResponderExcluirNão sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
Um abraço e boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
Maravilhoso poema! Amei
ResponderExcluirBeijo e uma excelente semana.
Lindo poema, gosto da criatividade dos poetas, que sabem extravasar os sentimentos e fazer poemas assim como esse.
ResponderExcluirBeijos.
Um poema escrito com uma profundidade tocante Dorli!
ResponderExcluirDigno de aplausos.
Bjs,obrigada pelas visitas e uma feliz semana.
Carmen Lúcia.
Poesia molto bella.
ResponderExcluirBuona serata...ciao