quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Sonhando um despertar



Quando...

Tu me chamares, eu irei te encontrar
Quando...
Quiseres um molhado beijo, te enviarei 
Quando...
Sentires frio, o meu corpo irá aquecê-lo
Quando...
Quiseres me ver, verás minha imagem no ar

Quando...

O calor for forte caia no mar, lá me encontrarás
Quando...
Chorares e a noite chegar, serei a mais linda estrela
Quando...
A noite estiver escura, verás a linda estrela brilhar
Quando...
O cansaço dormir seu corpo sonharás somente comigo


Quando...

Acordares com o choro das ondas do mar, sou eu
Quando...
No teu peito doer de saudade, estarei chegando
Quando...
Quiseres meu beijo, a brisa passará nos teus lábios
Quando...
Teu corpo arder de paixão, serei a tua chuva gelada

Quando...

Estiveres num sono profundo, serei toda tua
Quando...
Cansares de me esperar, digo-te estarei por chegar
Quando...
O teu peito doer de saudades minhas, estarei pertinho
Quando...
Deitado na relva sonhar comigo, despertarás com meu beijo

Pois, nem a distância e as intempéries da vida me fará esquecer de ti.

  


terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Vida Simples (miniconto)




 Como seria bom morar à beira d'uma floresta, um enorme rio para tirar alimentos, uma hortinha, um galinheiro, ver as crianças brincando e muito amor. Um pequeno fogão a lenha para dar melhor sabor aos alimentos fresquinhos.
 Ali não haveria inflação, inveja, prepotência, maus vizinhos e nem traição, seria apenas uma vida simples de sobrevivência, à espera da benção do Senhor.
 As crianças teriam liberdade de nadar no rio, subir nos altos coqueiros e se lambuzarem e, gritariam ao mesmo tempo: como somos felizes! Poderíamos viver na companhia de alguns animais da floresta...
 Quando a chuva chegasse sorrateira, iríamos tomar banho de água natural, pularíamos no belo rio, à olhar no horizonte distante a magia do pôr do sol.




segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Filhos, melhor não tê-los, mas se não tê-los como sabê-los(reedição)


 Filhos quando pequeninos são dependentes de tudo e, vê-se a mãe ou o pai sempre cuidando dos banhinhos, dando papinha, levando ao médico, fazendo festinha de aniversários, muitos presentes e um incondicional amor. É a fase mais gostosa para os pais, pois eles os protegem,eles são uns mimos e nos agraciam com muitos beijinhos.
 Chegou à hora de ir à escola, o primeiro dia chora, depois vai se acostumando e, geralmente são as mamães que os vão buscar, muitos carinhos. Por volta dos oito anos, eles querem ir à escola sozinhos, tem vergonha dos pais. Depois é que vem o pior: a adolescência, a escola é apenas um lugar para arrumar "amigos" e, muitas vezes os filhos são malcriados com os pais. Depois vão pra Faculdade, acabou a proteção, vão pelas cabeças dos "belos" amigos e, muitos acabam se perdendo na droga e, estudo que é bom nada. Os pais choram.
 Quando eles percebem o tempo que perdeu já é tarde, seus pais adoecem e morrem e, eles arrependidos vão ficar à deriva. Ou seja, eles mataram seus próprios pais!
 Meus caros leitores, não vão dizer que estou errada, pois vejo muitos casos assim e me apiedo dos pais que sofrem envergonhados as loucuras dos filhos.
 Como no tópico deste: Mas se não tê-los, como sabê-los?


domingo, 26 de janeiro de 2014

A Faculdade da Vida (miniconto)




 Eu curso a melhor Faculdade do Mundo, ela se chama Faculdade da Vida, onde as matérias são muito difíceis e muitos alunos desistem antes da diplomação. Nela não pagamos nada, nem precisamos de física, química, ler livros extensos e muito menos fazer provas.
 Nessa Faculdade, não existem notas, mas as disciplinas são difíceis e muitos não conseguem ir bem: amor incondicional, equilíbrio, honestidade, desprendimento, solidariedade, humildade, discernimento e perdão.
 Foi me apresentada uma balança para sentar, com dois pesos exatamente iguais, o primeiro pendia para o mal e o segundo para o bem.
 Tive que escolher a que lado sentar, escolhi o lado que me dava mais honradez. Estudo nessa Faculdade há muitos anos, mas ainda não recebi meu diploma.
 Como as disciplinas são muitas e difíceis, não sei se vou conseguir meu diploma, pois só Deus poderá me entregar.



sábado, 25 de janeiro de 2014

No jardim da minha casa(miniconto)




 Da janela do meu quarto vejo meu jardim de rosas vermelhas, ao olhá-las meu coração sangra de saudades do meu amor. Moro só, pois a traiçoeira morte tirou-o de mim no auge da sua mocidade e a lembrança que tenho quando vou deitar-me é você pálido na cama.  Sinto falta dos seus beijos e paixões e, de repente tudo ficou só nas lembranças eternas.
 Sinto saudades suas, vivo por viver. O vazio da nossa casa me congela, eu não consigo viver sem você, mas não descuido do nosso lindo jardim, converso com as rosas vermelhas e elas me confortam.
 Fecho a porta, as cortinas balançam e a brisa que entra tem o seu aroma, sinto você perto de mim e, assustada começo a chorar. Ouço sua voz, será que enlouqueci? A mesma voz macia que tinha, senti sua mão gelada querendo me levar de casa. Gritei.
 No outro dia, ao acordar vi um bilhete em cima do travesseiro que era seu e nele escrito: logo virei buscá-la, lá não tem saudade, dor e sim rosas vermelhas.
 No outro dia o céu estava cheio de estrelas, ele pegou em minhas mãos e me disse: nesse lugar onde iremos nosso amor se perpetuará para sempre. Saímos voando.
 No outro dia acordei com os gritos de Isabela, a faxineira.
 Que pena!



sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

O desentendimento no céu(miniconto)



 Houve um pequeno desentendimento no céu, pois o Sol se apaixonou por uma linda estrela e, nesse ímpeto começaram a namorar na imensidão do Universo sem fim.
 A Lua por sua vez ficou enciumada, é claro, era apaixonada pelo Sol, mas se o Sol se aproximasse da Lua era uma morte cruel, ela derreteria.
 A Lua chorava e apagava a claridade da noite, as estrelas irmãs estavam em preparativos para o belo enlace matrimonial e nos esqueceram. A noite ficava mais escura e emudecia as chorosas ondas do mar.
 Para os habitantes da Terra foi muito bom, as ondas do mar ficaram mais serenas, à noite os namorados viam as alegrias nos céus e as quatro estações do ano voltaram, na sutileza dos belos anos de outrora.


quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Onde estão os vaga-lumes(miniconto)



 Quando pequena eu e minhas amigas não víamos a hora de anoitecer para catar vaga-lumes e guardar numa caixinha de fósforo.
 A cidade era pequena, bons vizinhos e, à noite todos saíam com suas cadeiras para conversar, cada um colocava sua cadeira na calçada. Que delícia: bons papos e bolinhos de chuva.
 As crianças brincavam de catar vaga-lumes, muitas delas tinham medo de pegar nos insetos, então, nós ajudávamos a encher suas caixinhas. É lógico, deixávamos um pouquinho aberta, não queríamos matá-los, só brincar.
 Hoje, não vejo aqueles lindos insetos brilhantes. Onde foi parar minha querida infância? Sumiu tal qual os lindos vaga-lumes e as nossas brincadeiras, também não vejo as borboletas, será que desapareceram?





quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Discrepância Social Brasileira (reedição)



 Vivemos num mundo de absoluta desigualdade social e, por infelicidade, está o Brasil nesse contexto vergonhoso.
 Somos na sua maioria de mestiços, pobres, desempregados ou com funções subalternas vergonhosas, ganhando o insuficiente para nossas necessidades. Infelizmente temos a televisão e assistimos a podridão política, onde os mais despojados subjugam as nossas inteligências. Dão maus exemplos de corrupção.
 Esses exemplos vão se alastrando à maioria muito pobre e sem nenhuma esperança de uma vida digna, caem nas drogas e violências: matando, roubando, envergonhando-nos, pois muitos são pobres, mas honestos.
 Os ricos quase nunca são julgados culpados pelas falcatruas; trafegam em carros blindados, contratam seguranças e suas mansões são gradeadas, com medo da violência que eles mesmos patrocinaram.
Já os pobres, coitados, quando apanhados, muitas vezes, são açoitados por alguns maus policiais, que por muitas vezes os levam à morte.
 Quando os pobres são julgados, quase sempre são culpados e, com certeza, se houvesse pena de morte no Brasil, todos seriam exterminados, dando lugar apenas a maioria rica e mesmo assim, nosso Brasil seria pequeno para eles e não tendo mais a quem trucidar, iriam exterminar-se mutuamente. Seria o fim do que poderia ser um bom exemplo de país.
  

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Oração Cigana




Cigana, cigana minha
Força e esplendor
De ti recebemos.
Teu corpo envolto em fitas e cores
Segue alegre a rodopiar
Tua força guerreira
Nos atenda em horas de aflição
Ah! Minha linda cigana
Venha povoar meus sonhos
Venha meus pedidos atender
Oh! Linda cigana altaneira e alegre!
Cubra-nos com tua saia colorida,
Escondendo-nos dos invejosos
Cigana encantada,
Que nessa hora possamos sentir
Segurança, paz e felicidade.
Abra nossos caminhos
Com o poder da Mãe-Terra
Peço a vós que meus pedidos sejam atendidos,
Por Santa Sara Kalil, a padroeira dos ciganos,
e por todos os espíritos ciganos que aqui viveram.
Nesta corrente de fé, Cigana
Optchá!

( Janet Aysso )





segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Tolerância Zero ( reedição )



Aos que enganam a si próprio;
 é lastimável
Aos que tentam enganar os outros;
 estão sendo piegas dos sábios
Aos que não olham os seus narizes;
 são dignos de dó
Aos que se acham os melhores;
 não são nada, só carcaças
Aos que manipulam verdades; 
são uns fracassados
Aos que se escondem atrás das mentiras;
são uns covardes
Aos que tentam espoliar a outrem;
 são uns derrotados
Aos que se acham superiores;
 escorregam escada abaixo
Aos que ensinam falcatruas aos imbecis;
serão desmascarados por eles
Aos que olham os outros com desdém;
engolem suas arrogâncias
Aos que chegam ao sucesso pisando nos outros;
as Torres Gêmeas caíram
Aos arrogantes e insuportáveis com inépcias;
seus orgulhos os matarão
Aos que não conhecem a ira de Deus;
esperem chegar as suas mortes

Pois é enganando, desprezando, mentindo, manipulando, espoliando os outros
Que serão os tolos das suas próprias ignorâncias


domingo, 19 de janeiro de 2014

O último beijo



Beijou-me com muita paixão
Apertou-me em teu peito
Sussurrava-me em acalento
Que eu era tua flor-da-paixão

Fui pra casa pensativa
Pensando no teu beijo ardente
De madrugada o celular abraçava
Dele nunca mais sua voz aclamaste

Gostava de te ver a mendigar amor
Agora não queres saber de mim
Abusei de ti sem nenhum amargor
Choro teu beijo com aroma de jasmim

Aquele foi o teu beijo de despedida
Vou sofrer  a minha estupidez
Vê-lo aos longos beijos com outra
Sou hoje, rainha da embriaguez


sábado, 18 de janeiro de 2014

Minha maldição!



 Era exatamente meia noite, na pequena igreja as luzes se ascenderam e os ponteiros cruzavam-se. E eu? Nessa tumba gelada, sozinha, numa força maquiavélica, levantei a tampa e ela se abriu, olhei o meu corpo antes lindo, desejado(...) hoje um esqueleto sem nenhum pedaço de carne a preenchê-lo que range a cada passo que dou.
 De repente ouço um outro fremir de ossos.- Quem será? Meus ossos tremiam de medo, poderia ser de um estuprador. O que farei se não tenho ninguém para me defender? Os passos continuavam mais perto, tal era o bater dos meus ossos de medo.
 Senti uma gélida mão nos meus ombros e voltei-me para ver quem seria, quase revivi de medo. Não era um estuprador e sim meu marido que morrera antes de mim. Fiquei pasma, então lhe disse:
 - Até aqui você não me da sossego? Morreu de tanta vadiagem nos bordéis da vida, ainda bem que agora não tenho que lavar aquelas ceroulas nojentas que jogava no tanque. Ah! se você soubesse, quantas delas enterrei no fundo do quintal. Lembra que quis me bater por não ter ceroula para sair, corri de você; peguei o machado que estava atrás da porta e abri sua cabeça ao meio, nenhum gemido você deu(...) foi o seu fim. Arrastei seu corpo num pequeno matagal, não deixei nenhum vestígio e saí pela vila procurando por você. 
 Você mereceu seu bandido! Gritei por você e a vizinhança veio ao meu socorro. Há!Há!  Debulhei tantas lágrimas de crocodilos que um amigo seu, o João, lembra-se dele? Veio me consolar. Coloquei você nessa tumba gelada e, não demorou muito tempo casei-me com ele. Aquilo sim que era homem...sedutor , carinhoso e rico.
 Infelizmente como nem tudo são flores fui acometida de uma tuberculose, João internou-me num hospital e só saí de lá para morar aqui.
 Enfim, olhando pra você com tanta raiva, começo a agredi-lo e nossos ossos, com a ventania da tarde, voaram e caíram na minha tumba! Isso que é sofrível: ter que aguentá-lo apertadinho a mim para toda a eternidade.

Imagem da Teka




sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Eu Espero



  Eu espero que você ame: ame primeiro a Deus, ame sua linda família, que tenha uma boa casa para agregar seus filhos, que tenha um bom emprego para dar estabilidade a sua família, que você tenha muita saúde no seu viver e que não pragueje a luta pela sua vida.
 Você fala, anda, trabalha, é inteligente, quantos não debulham nenhuma lágrima, pois estão no seu triste final ou estado vegetativo numa cama da U .T .I.
 Espero que sua vida seja um milagre, uma vitória para os seus anseios, que more no seu coração a alegria, que saiba amar seu irmão, não o deixe na contramão do seu coração, que seja só um Eu.


SOL NA SUA VIDA


Vida o maior presente de
Deus





quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Mulher singular


http://quadroseretratos.wordpress.com/

 Estava esperando numa fila enorme para entrar no teatro quando me deparei com uma linda mulher. Seus olhos fitaram os meus, algo situou no meu corpo, não sei bem o quê. Fiquei pasmo com seu olhar sereno e simultaneamente altivo. Sentou-se na sua poltrona com singeleza e, quando vi uma poltrona vazia ao seu lado me atrevi e cheguei perto da jovem e perguntei:
 -Posso me sentar? Ela balançou levemente a cabeça concordando.
 Minhas pernas tremiam, não sabia o que falar, então, essa doce mulher começou a conversar comigo com tanta firmeza e educação que cheguei às nuvens várias vezes.  Perguntou meu nome e tremendo ao falar: - meu nome é Regis e o seu perguntei quase engasgando. Meu nome é Raquel.
 Raquel era única, sabia me envolver, para mim inigualável, era uma mulher singular.
 Começou a peça, ela atenta e eu perdido por aquela mulher que mexeu com meus neurônios e todos os órgãos do corpo, minhas mãos congeladas não paravam de tremer.  Não assisti nada, foi quando de repente foi anunciado o intervalo da peça. Ela olhou pra mim esboçou um sorriso malandro e perguntou: está gostando da peça? Disse que sim.  Olhou bem nos meus olhos senti um arrepio na espinha, foi quando ela pegou em minhas mãos, quase morri, sorriu novamente, apagou a luz e a peça continuou.
 Finda a peça, ainda com suas mãos atadas às minhas caminhamos um pouco quando passou um carro com um motorista. O Motorista saiu do carro e disse a jovem: vamos entrar? Sim respondeu ela, mas antes vamos levar esse jovem a sua casa. E o carro saiu vagarosamente, andou muito, pois morava na periferia. Parou em frente a minha casa, abri a porta e ela disse: gostou da peça?Criei coragem e respondi: gostei de você, ela sorriu.
 A porta se fechou e o carro partiu e eu ali parado feito um bobo quando minha mãe gritou: Regis! Você está delirando, está com febre, o que aconteceu? Regis ainda atordoado respondeu a sua mãe: hoje, pelo ao menos em sonho conheci uma mulher especial, ou seja, uma mulher singular.


quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Amor entre homem e mulher( readaptação )



Sorrir juntos nas grandes alegrias
Chorar em demasia nas horas tristes
Ter comprometimento  um com o outro
Repartir o prato de comida se for escasso

Trabalhar muito para ter boa estabilidade
Dividir as várias tarefas diárias
Consolar-se mutuamente na nostalgia
Completar-se em um único ser

Agradecer a Deus pelos filhos sadios
Mas se não os forem aceitá-los com amor
O tempo encarrega de haver oportunidades
Cabe só a nós saber usufruí-las

Deus deu muita inteligência ao homem
 Também um bom discernimento 
Do que é bom ou ruim a ele próprio
O amor é lindo quando é sincero!



terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Um sopro de morte (reedição)



 Ninguém deve ter medo de morrer. É apenas uma passagem a que todos nós vai acontecer. É a única justiça, absolutamente perfeita, pois irão passar por esse túnel: ricos, pobres, brancos, negros e toda a massa humana e os seres vivos.
 Fica a indagação sobre a morte, quando não é abrupta e sim pacientes hospitalares, em caráter irreversível. O que passa na consciência dessas pessoas que mesmo em estado de coma, ainda que pouco, possa discernir o que está acontecendo? Pensa? Talvez.  Lembram-se do que fizeram no decorrer de suas existências? Feriram alguém com perversidade? Traíram a confiança de outrem? Ocultaram maldades e querem se redimir?  Mas como? Elas não conseguem se comunicar com ninguém. Pode ser que quisessem pedir perdão, beijarem seus filhos, seus pais e dizerem até breve.
 Portanto, façamos o melhor de nossas vidas, sem humilhar os mais fracos, ajudando sempre que possível os mais necessitados, tanto no campo material como espiritual, para que na hora da nossa morte, não fiquemos aflitos e tenhamos uma boa serenidade para chegarmos ao nosso fim.



segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Não deixe a depressão matá-los (reedição)



 As pessoas maduras e jovens da década de sessenta eram muito mais felizes do que as de hoje. Na metade dos anos sessenta eu era uma jovem até um pouco atrevida para a minha época. Namorava muitos rapazes, às vezes três de uma única vez, gostava de brincar de esconde- esconde com eles, nada era sério, mas sentia-me feliz das audaciosas brincadeiras com os namoricos. Tinha uma amiga que ficava de olho quando por acaso aparecesse dois de uma só vez. Tirava os saltos altos e corria pelas ruas da minha pequena cidade para esconder-me em minha casa. Não falava nada e, ia dormir. Que dormir! Achava graça do vaivém dos namoricos.
 Era muito feliz, meu compromisso era só estudar e paquerar os jovens mais bonitos da cidade e das cidades circunvizinhas. Os bailes então... já tinha meus parceiros para dançar que vinham de outras cidades e lá ia eu rodopiando, aliás com minha mãe por perto, até quase ao amanhecer. Enquanto dançava jogava olhares maliciosos para os lindos jovens da orquestra e assim fui vivendo até encontrar meu verdadeiro amor.
 Andava de lambreta, de Gordine e almoçava com ele nos restaurantes da cidade vizinha o dia que tinha estágio na escola.
 Na escola era muito feliz, os rapazes traziam da cantina da escola delícias para eu comer e a cada um colocava um apelido: porquinho, risadinha e muitos outros. Até os professores eu conseguia, naquele tempo, driblar e matar algumas aulas para namorar.
 O uniforme era saia plissada, dois dedos abaixo do joelho, camiseta branca, um sapato que achava horrível (preto) e meias brancas soquetes. Ninguém falava em drogas e muito menos em depressão. A vida era calma e saudável e eu soube aproveitar bem esse tempo.
 Não perdia nenhum baile, gostava de dançar de tudo e sorria, sorria muito para a vida...Não tinha tudo que queria, pois meus pais estavam fazendo os seus pezinhos de meia, mas eu me virava com alguns trabalhos manuais que os vendia à vista.
 Hoje, a ambição tomou conta de quase toda a humanidade, dinheiro, status e muitas dívidas para comprarem carros do ano, roupas de grife, muitos cartões de créditos estourados. É lógico, com toda essa ambição é um convite para a depressão.
 O namoro virou ficar, não se faz mais a diferença. Tudo é normal, crianças nascendo fora de hora, mães desesperadas à cuidar desses filhos que não foram feitos com amor e sim de uma simples transa inconsequente. Aí, a vida ficou banal e os jovens dizem que não têm sorte.
 Meus leitores, a vida somos nós quem a traçamos. Vivamos com dignidade e amemos as pessoas, as crianças e o mais importante vamos sorrir muito e procurar amizades alegres, pois hoje a população mundial aumentou assustadoramente e, está ficando um pouco difícil viver. Mas temos que lutar e vencer e não deixarmos essa maldita depressão impregnar nossa vida. 
Tem cura a depressão? Sim e muito fácil, não precisa nem de remédios: Ser o que somos e vir a ser um dia o que formos capazes de ser, essa é minha receita. Ela não me pega.
Não tenhamos pressa de morrer, a vida ainda é bela para quem tem a cabeça no lugar e um sentimento gostoso de poder conversar com as flores, com os animais, acordar com a brisa no alvorecer e dormir com a beleza do pôr do sol.



Quem planta amor e dignidade colhe felicidade
Quem planta ódio e ambição colhe solidão e depressão



domingo, 12 de janeiro de 2014

A chuva ( reedição )


mensagens e gifs da Teka

Oh! chuva abençoada
Molhe meu rosto cansado
Limpe-o de todas tristezas
E traga-me serenidade

O cheiro da terra molhada
Impregna todo meu corpo
Tornando-o tão perfumado
De odor incomparável

Venha chuva de mansinho
Molhe a terra do sertão
Para que nossos irmãos 
Tenham direito ao seu pão

Até breve chuva abençoada
Vá molhar a terra toda
Mas não abuse da sua força 
Para não termos calamidades