quinta-feira, 6 de junho de 2013

Hoje eu descobri:



Hoje eu descobri que não vale a pena sofrer por quem nos menospreza, pois a certeza é que iremos para o mesmo lugar, escuro, gelado, sufocante e abandonado: a nossa última morada. Saber quando sairemos de lá, ninguém descobre. Talvez nunca. Nunca é uma palavra muito forte, vamos deixá-la para depois do ocorrido.

Enquanto estivermos vivos, vamos viver com alegria, soltar risos de emoções e chorar nos dissabores e nos conformarmos com ganância em que o homem se propõe a viver aqui na Terra.Coitados, deveríamos sentir pena, pois o meu corpo dói hoje o seu vai doer amanhã. Quiçá ele doa, pois isso denotará muitos anos, conhecendo o ser humano tão complicado. Eu também sou, mas tem gente que guarda no coração mágoas que vão se acumulando pela vida que não vale muito ser vivida nesse turbilhão de agentes com flechas querendo nos ceifar para ficar com nosso parceiro(a), dinheiro e todo o nosso suor derramado para poder ter uma vida digna.

Aonde foi parar a dignidade do homem? Uma ventania passou sorrateiramente e a levou para se diluir no ar e ficamos, quando velhos, à deriva num barco estreito esperando que alguém vá nos buscar. Ninguém irá não, nem seus filhos, maridos ou esposas, pois se foi é porque não serve mais para nada. Está velho(a).

Por uma tolice do destino, nosso coração começa a falhar e no deleite da insubordinação à vida vamos nos sucumbindo paulatinamente. E muitos torcendo.: Ainda não morreu?Sorrisos..., pois todos iremos passar pelo mesmo caminho que poderá ser curto, médio ou a perder de vista.

Agora eu me pergunto: Por que tanto orgulho, se ao morrermos nossa carne irá se putrificar em poucas horas e você sorri porque no testamento, você pensa que está. Está sim no testamento de Deus.


Dorli Silva Ramos

Beijos apaixonados( reedição )



Com é bom namorar e beijar
Beijos profundos e apaixonados
Com o tempo os beijos esfriam
E vamos nós outros beijarmos

Muitos namorados e grandes paixões
Beijos demorados, beijos suaves
Mas são beijos diferentes
Ninguém vive sem beijar

Se fôssemos contar nos dedos
As pessoas que beijamos
Precisaríamos de muitas mãos
Mesmo assim não daria pra contar

Vocês jovens não percam tempo
Ganhe-os a beijarem muito
Loiros, morenos, negros e várias raças
Não devem nunca se privar

O tempo passa rapidinho
Começamos a envelhecer
Os beijos já ficam sem graça
Pra que precisamos beijar?


Dorli da Silva Ramos

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Minha sina...



Ó lua, só tenho a ti nesse meu vazio
Todas as noites aqui te espero
O dia para mim é um calvário dorido
Todos me chamam de bruxa...

Viro peixe quando quero nadar
 Sou mulher sensível e quero amar
Mesmo sabendo ser uma bruxa
Sobem o morro para me explorar

Meu corpo sai fumaça de tanta paixão
Muitos querem respirar a fumaça
O meu corpo só aceita quem me ama
Mas como ninguém gosta de mim...

A minha sina lua é ficar só no teu reflexo
Até que as estrelas resolvam chegar
Para brilhar o universo e minha amargura
De não ter pra quem dar meu coração

Dorli Silva Ramos

terça-feira, 4 de junho de 2013

Mulher da cor do pecado (reedição)



Mulher negra da cor do pecado, da cor do café
Quem é que não gostaria ser amado por ela?
 Não precisa se lambuzar de maquiagem
Sua beleza é irradiante e bem natural

Sua pele é aveludada que inveja qualquer mulher
Seu corpo é bem esculpido, sua boca é só paixão
Seu andar é malicioso, seu sorriso é nuvem branca
Seus cabelos encaracolados a deixa mais sedutora

Seu odor se mistura com um perfume raro
Que enlouquece muitos homens
 Quando vai fazer amor
Explode como um vulcão

O homem que tiver o privilégio de ter essa mulher
Seu sossego acabará para sempre
Seus ciúmes doentios poderão maltratá-la
E ele correrá o risco de perdê-la
Para outro, aí, irá endoidecer

Dorli da Silva Ramos

Teus olhos...



Teus lindos olhos brilham tal estrela
A mais cintilante estrela no céu
Os teus são os meus olhos para o céu
Que me enfeitiçaram o coração

Quando me olhas sinto um calafrio
Irradias raios incandescentes e enlouquece
Todo meu corpo perdido por ti
Não suporto, te aperto em meu peito

Mulher, quem foi que fez este teu olhar?
Que faz meu sangue ferver nas veias
Minhas pernas bambearem de emoção
Amparo-me em ti e beijo teu olhar

Desço meus lábios que alcançam os teus
Que num bailado infinito apressa
Uma louca paixão descendo sorrateira 
Alcança o prazer sem o seu olhar

Dorli Silva Ramos

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Nosso casebre de amor( reedição )



Foi nesse casebre de amor que eu e Rosinha
Após o enlace matrimonial fomos morar
Ela era uma linda jovenzinha inexperiente da vida
E eu um garotão louco de paixão

Esse casebre ficava no sítio do meu pai
Que com sua infinita bondade nos cedeu
Para um início de vida que seria de muito amor
Grande dignidade e muito trabalho

Os anos iam passando e o que mais queríamos na vida
Não chegava: Seriam os filhos
Rosinha era estéril e não poderíamos dar nosso amor
As belas crianças a correr pelo campo
A nos chamar de papai e mamãe

Sonhávamos um sonho lindo sem riquezas
Mas rodeados de amor e, o tempo passou...
Um dia, por um milagre, nos foi confiado
Um lindo bebê que havia perdido a mãe
Num parto muito complicado

Aquele lindo bebê é um "dotor"sim "sinhô"
Trabalhamos muito pra lhe dar um diploma
Hoje está bem casado e não se esqueceu
Dos seus velhos pais adotivos amados

Hoje somos bem velhinhos sem mais aquelas paixões
Melhoramos nosso casebre de amor
Somos hoje felizes do nosso jeito simples
Resmungando por qualquer coisinha
Essa foi uma vida bem vivida

Dorli Silva Ramos

As máscaras que camuflam.



A maioria das pessoas precisam usar máscaras para camuflar uma personalidade sórdida para enganar muita gente, mas existem pessoas que não precisam delas para desmascará-las: elas não fazem nada só para terem o gostinho de ver até onde vai a mente humana.
Com tantos exageros de máscaras belíssimas que temos por aí, tenho certeza que o inferno já deve estar cheio delas...E o que fazer com as novas máscaras dos sórdidos? Elas estão se alastrando pelo mundo com um sorriso encantador e palavras dóceis e, assim, vão levando pessoas simples de coração a se comportarem como suas ovelhinhas mansas. Mas, existem as raposas muito espertas que não caem sobremaneira no encanto dos seus elogios. Que pena!
Acordem para a vida, olhem-se no espelho e digam a si mesmos: eu sou um ser esplêndido e não vou me deixar influenciar pelo belo, pelo inusitado e pelo "puxasaquismo" que sempre existiu na humanidade. " Puxasaquismo" é tão tão insignificante que nem existe num dicionário sério. Uma palavra que causa náuseas e que nos limita menosprezando nossa inteligência.
Portanto: " Olho Vivo "


Dorli Silva Ramos

domingo, 2 de junho de 2013

O Silêncio



Não gosto do silêncio
Da uma sensação de impotência
De nada poder fazer
Nem como se defender

O silêncio da pessoa amada
Estraçalha minha alma
Nunca diz se me quer ou não
Nem decide o amor

O silêncio do domingo à noite
Fico muito atordoada
Não sei onde vou ou se fico
Pois todos querem o silêncio à dormir

O maior silêncio é a noite gelada
Onde quero muito conversar
 Consigo até ouvir o tique-taque do relógio
Pego um livro, mas ele é mudo

Perco o rumo na minha enorme casa
 Todos dormem no seu respirar
Eu aqui muda falando com o vazio
Saio à noite, vou conversar comigo mesma

Dorli Silva Ramos

sábado, 1 de junho de 2013

Rastejando pensamento



Rastejo meu pensamento
Nesse quadro que você pintou
Apalpo cada pássaro que voa o infinito
Aqueço meus pés nas areias

Ando a ponte de madeira até o final
Era nesse lugar que me amava
Contornava meus braços no seu colo
Beijava seus lábios incandescentes

Nesse vazio procuro no quadro você
As ondas que quebram na praia
Bebem lágrimas de saudades
Que caem dos meus olhos chorosos

Pintou esse quadro no meu aniversário
Me pincelou bela e esbelta pra você
Por um descuido da vida, você morreu
 Vive hoje no quadro e pensamento

Dorli Silva Ramos

Beijo ao luar



Oh! que saudades tenho
Dos tempos de outrora
Onde os beijos eram cálidos
Perfumados de amor

A lua sorria pros namorados
Que às escondidas se beijavam
Depois sentavam na areia
Sonhando uma vida a dois

De repente vem uma onda forte
Pega-os de surpresa na areia
Rolam abraçadinhos .Que delícia!
Se entreolham, roupa colada

O coração dos dois aceleram
Um abraço mais apertado
Corpo esquentava entranhas
Saíam a correr do pecado

A vontade era da entrega total
Mas isso só poderia fazer
Se o casamento acontecesse
Numa noite especial


Dorli Silva Ramos

sexta-feira, 31 de maio de 2013

As estrelas e a flor (reedição)



As estrelas brilham no céu
Com o nascer d'uma bela flor
Na sutil primavera
A mais amada das estações

As estrelas nos regam com amor
Onde explodem grandes paixões
A flor nasce no campo aberto
Com esplendor e suave perfume

Amo as estrelas e a flor com ardor
A flor oferece-se ao nosso amor
Que é estrela aquecendo a flor
As duas se unem com grande calor

Nesse enlace se completam
Pois se uma  flor morre no alvorecer
As estrelas brilham ao anoitecer
Para o ressurgir d'uma nova flor


Dorli Silva Ramos

Delírios noturnos



Em qualquer canto da noite, à beira d'um riacho, ao pé do jatobá; um sono funesto toma conta do meu corpo e, durmo abraçada a duas rosas, a vermelha é a insanidade dos meus desejos carnais e a branca é a saudade d'um amor que matou meus sonhos e se esvaiu por uma estrada sem fim.

Na dormência do meu corpo é onde encontro inspirações para lhes escrever, pois não sou eu e sim um delírio obcecado com vontade incontrolável de ceifar aquele maldito que sem destino se foi, deixando meus  desvairados sonhos pela metade. Preciso achá-lo nem que tenha que morrer para devolver-lhe a outra  metade dos meus instigantes e cruéis sonhos.

Não sou nada, mais pareço um espectro vagando durante o dia em pecados insanos, pois preciso comer para dormir e sonhar com você, ser asqueroso dante inimaginável. Destruiu meus lindos sonhos de mulher à ser uma vadia qualquer, dormindo em becos para poder sonhar e acabar minha estória.

Já cansada das orgias, algo insólito aconteceu aquela noite: fui caminhando até chegar embaixo de um pessegueiro. A lua e as estrelas dormiam, parecia um breu, nisto senti dores pelo corpo, foi onde percebi minha silhueta toda costurada. Estava morta. Aquele maldito me matou: levantei sorrateiramente e, não longe dali, com meus olhos de raios x eu vi: era ele dormindo, lindo como as nuvens sombrias e, nesse dia elas escureceram, ficamos os dois em delírios.


Dorli Silva Ramos

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Adeus na estação



Hoje choro ao recordá-la na estação
Com seu lindo vestido vermelho
Na mão um lenço à enxugar as lágrimas
Que dos seus lindos olhos caiam

O tempo passou como um rio corrente
Deixando pra trás o meu amor
Hoje arrependido, velho, sinto saudades
Da cabocla linda que ficou na estação

Ainda ouço o apito do trem sossegado
Da alta janela beijou meus lábios
Prometi a ela que um dia viria buscá-la
Para ser a rainha do meu coração

Os anos passaram depressa, só lembranças
Já velho e debilitado sinto saudades
Da única mulher que chorava na estação
Meu coração ficou talhado de dor

Perdi meu amor por ganância
Pois fugi com uma mulher rica pra capital
 Me abandonou no meio do caminho
Só me restou a dor e solidão

Dorli Silva Ramos

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Rascunho de vida ( ficção )



 Fiz da vida um rascunho, aos poucos fui riscando no papel todos os meus anseios, meus namorados, os bailes ao som de músicas românticas, as paqueras com os músicos e a pausa para beber a cuba libre no bar do clube e retocar minha maquiagem no banheiro próximo. De repente a música começa, saio sorrateiramente do banheiro sem olhar para ninguém, sabia que era a jovem mais linda do baile.
Ao chegar ao salão, os jovens se aninhavam para dançar comigo e eu com desdém apontava o pretendido para dançar. Na quarta parada, ao sair do banheiro vi um jovem moreno escuro, com os olhos azulados, passei perto dele, ele me agarrou pela cintura e rodopiou o resto do baile. Sentia aquele perfume másculo e ficava louca de tesão.
Continuei o meu rascunho:
Cinco anos se passaram e não vivi o que rascunhei.Perdi a minha juventude....
Já meio balzaquiana continuei indo a bailes, mas parecia nada tinha o mesmo sabor: por mim passavam jovens lindas e eu sempre era a última a ser convidada a dançar. A música parava e eu ficava com minha cuba libre de um lado para o outro e, nada acontecia: estava envelhecendo, voltava do baile e chorava.
Continuei o meu rascunho:
Casei-me com um solteirão, vizinho meu, mas não podia ter filhos, pois com meus quarenta anos seria difícil a gravidez e não tinha idade para criar os meus filhos.E a vida foi passando depressa, meu marido morreu, fiquei só naquele casarão.Quem passasse por lá ouvia algumas notas musicais que tirava do piano.
O tempo passou e sentada numa cadeira de balanço na varanda da minha casa, peguei o rascunho da minha vida, li e reli várias vezes. Só houve um problema: a vida nunca saiu do rascunho daqueles papéis, eu nunca a vivi.


Dorli da Silva Ramos

terça-feira, 28 de maio de 2013

Lavagem cerebral...


                                                                             
Essa noite, ao dormir, quero fazer uma lavagem cerebral, esquecer de tudo e de todos que um dia passaram por mim, me amaram, me odiaram e me fizeram sofrer. Amanhã de manhã vou ser uma onda, portanto não terei sentimento ruim, nem nome, residência, vou morar em todos os cérebros que um dia tiveram contacto com o meu, podendo fazer só boas coisas a todos que de mim não tiverem medo. Medo de que? Uma onda? Ela é desprovida de sentimentos ruins, ela irá povoar seus neurônios todas às vezes que eu for solicitado para fazer o bem, se pedir o mal, farei no pedinte uma forte lavagem cerebral, irá virar uma criança que terá que se virar sozinha e aprender a ser boa. Quando o dever for cumprido, devolvo-lhe seus neurônios limpos e voltará para seu lugar.
Todas as noites sem prenúncio de chuva, ondas coloridas e cintilantes irão passar por todas as cidades do mundo: feche os olhos, se tiver medo, mas se não tiver peça algo inusitado que seja do bem, o seu pedido só será aceito se tiveres no coração um único adjetivo: o perdão, se desprovido dele, perde seu tempo, pois o perdão é só o que quero para fazer desse mundo, um outro onde pessoas irão se amar para sempre e nada faltará a ninguém.
Convenhamos que a matemática é exata, mas milhões de pessoas a usam para tentar driblar a outrem, mas a mim ninguém conseguirá, pois sou uma onda onde tudo sabe e pode tanto destruir o que for imundície, sobrando o amor e a alegria de viver.
Quando as mentes da maioria dos humanos quiserem que seus irmãos sejam como eles, então, o mundo será outro: não haverá disputa, inveja e só a compreensão e o amor sobreviverá em seus corações.


       Dorli Silva Ramos

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Meu país ( reedição )



O Brasil é por natureza lindo em algumas regiões. Ele ocupa a 6ª maior economia mundial, mesmo sabendo que é um dos países que possui mais água doce do mundo, a sua distribuição não é uma boa equação.
No Nordeste, há a seca que judia, mata o gado, as plantações e as ilusões dos pobres sertanejos e, não tendo outra alternativa, migram com suas famílias rumo a outros Estados, sendo o mais procurado o Estado de São Paulo.
Chegando na capital do Estado ficam maravilhados com a cidade grande e, têm a esperança de uma vida melhor e um bom emprego. Quantas ilusões de prosperidade. Decepcionam, pois com pouco estudo e, não tendo onde morar e nem emprego vão morar debaixo dos viadutos, deixando suas famílias à mercê dos bandidos que os oferecem a melhor faculdade, onde não precisa fazer cursinho, nem vestibular para entrar nela: É a Faculdade do Crime. Não é todo sertanejo que se submete a tais propostas e, muitos vão comer restos no lixão, vender sucatas para conseguirem voltar pro sertão.
Muitos migrantes vêm para as cidades do interior para o corte de cana, que está cada dia mais escasso, pois as máquinas tomaram os seus lugares; sobrecarregando os municípios dormitórios, vivendo em cortiços amontoados e fétidos, dando gastos extras para a municipalização como: saúde, moradia, alimentação e educação e, nessas cidades o número de criminalidade aumenta em grandes proporções. Existem pessoas de boas e más índoles em qualquer lugar.
O Rio Tietê atravessa o Estado de São Paulo. Há uns quarenta anos era navegável, suas águas eram límpidas e cristalinas: dava-se para nadar e pescar.
Em se tratando da capital, o Rio Tietê recebe toda a podridão das indústrias e o descaso de seus habitantes que jogam entulhos nele.
Quando se chega  à bela metrópole, passando quase que obrigatoriamente pelo Rio Tietê, sentimos um fedor podre que nos enoja  também nos envergonham pela sujeira, a beleza da capital.
Que país é esse que está se igualando aos melhores do mundo nessa lerdeza de concretização de projetos essenciais e, olhe que pagamos os maiores impostos.
O governo já recebeu projetos para a despoluição do Rio Tietê que ficaram guardados nas gavetas e, com certeza, já estão amarelados pelo tempo.
O Brasil deveria copiar sem desdém o exemplo de despoluição do Rio Tâmisa, na Inglaterra, onde hoje os peixes nadam, retirando o oxigênio de suas águas despoluídas, além da beleza dos passeios à barco enchendo o coração dos apaixonados de mais amor.
Por que no Rio Tietê não se pode fazer nada? Nem para os pobres sertanejos? Aonde foi parar a vontade política do  Brasil, lindo por suas belas paisagens?
Portanto, meus leitores, apesar de tantos problemas que temos, aqui ainda é o melhor país do mundo para se viver.



Dorli Silva Ramos

Viajando sonhos



As brancas nuvens desceram à terra
Um trem colorido apitava sem parar
 Apavorados, com medo ficamos, entrei
 Num trem desconhecido, estava vazio

Olhando pela janela pude ver o belo
Uma colorida natureza linda e intacta
Com grandes rios, mares e animais
Não havia nenhum ser humano...

Ele deslizava as nuvens brancas
Não havia maquinista, estava só
Então comecei a chorar a solidão
Dormi, acordei o trem estava cheio

Crianças correndo, pessoas falando
Não conhecia ninguém. De repente
Meus amigos começaram a entrar
Senti falta de alguns, doeu o coração

Mas noutra estação estavam todos lá
Foi uma alegria total, coração sorriu
Pudemos ver as estrelas coloridas
A famosa lua dos eternos namorados

Era outro mundo, outro viver feliz
Conversamos com o sol escaldante
Mas um grossa chuva de pedras caiu
Pelas janelas pegava as pedrinhas... 

De repente um grande solavanco no trem
O que será? O maquinista apareceu
Vamos voltar à terra com urgência
Seus pecados estão balançando os vagões

Voltamos à terra com muitas tristezas
Pois iríamos conhecer todas as galáxias
Senti uns pingos d'águas cair meu rosto
Acordei, chovia, tinha goteira no telhado


Dorli Silva Ramos


Abaixem a "setinha" até o fim, tem surpresa.

domingo, 26 de maio de 2013

Saudade de ti, meu amor



Enquanto teu corpo é leve como a pluma
Viajas todo o universo sem usar avião
Tens a beleza das estrelas azuis cintilantes
Eu aqui só choro a dor da saudade de ti

Não vou aguentar ficar sem ti nesse mundo
Quero voar contigo, estou cansada da solidão
Mas, amanhã ao anoitecer venha me buscar
Juntos voaremos todas as galáxias do mundo

À noite de mãos dadas começamos um novo amor
Leve, sem dor, sem sofrimento, apenas amor
Amor suave, tranquilo, sem beijos e paixão
Aqui não sentimos desejos carnais, somos almas

Para sempre estarei pertinho de ti no infinito
Conversaremos com todo o universo e vemos o mar
Dormiremos abraçados numa perfumada nuvem
Assim a vida continuará eu contigo e tu comigo

Saudades de ti, meu amor

 Dorli Silva Ramos


Abaixem a setinha até o fim, tem surpresa