Picasso
A ventania chega forte
faz estragos
Não perdoa ninguém, nem
mulheres
Nem crianças, adultos e
velhos escapam
Todos se escondem
embaixo da cama
A cama quebra e pela
porta nos leva a alma
O rio transborda leva
pedaços de humanos
Que horror! Vamos
rezar...Nada adianta
Vemos pessoas pedindo
perdão pela traição
Quem diria que aquela
tonta da feia Joaquina
Tivesse um amante
enquanto seu marido batalhava?
Ninguém conhece o outro,
o bizarro goteja lágrimas
Onde estão as crianças?
Desceram a correnteza
Lá embaixo anjos lindos
foram socorrê-las
A ventania passou levou
nossos sonhos e barracos
Todos amontoados numa
escola, ouve-se gemidos
De dores e saudades do
que a ventania arrebentou
Barracos e os corpos dos
amigos; ouve-se lamentos
A vida é assim para a
pobreza mundial, a sofreguidão
Uma descrição dos horrores das enchentes, que turvam nossos olhos e expõem a fragilidade da vida e de todos nossos sonhos.
ResponderExcluirOs fenômenos da natureza desconhecem classes sociais, embora nos pobres faça mais estragos.
Bom texto Dorli.
Abraços com carinho
Triste a ventania e seus efeitos...Tão normal atualmente...bjs, chica, ótima semana!
ResponderExcluirPoema lindo, triste e muito real. Gostei
ResponderExcluirBeijo e uma excelente semana.
http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/
A ventania é mais um reclamo da Natureza, pelas agressões que o homem lhe impõe. A ambição e a falta de respeito estão acima de tudo. Belo poema amiga Dorli.
ResponderExcluirBeijos,
Furtado
Dorli eu tenho muito medo desses ventos fortes,principalmente quando estou só,por outro lado penso nas pessoas que vivem em barracos e são destruídos pela forte ventania.
ResponderExcluirAdorei ler.
Bjs-Carmen Lúcia.
No teu poema, Dorli, está presente uma realidade
ResponderExcluirque não pode ser negada. É bem assim mesmo. Parabéns.
Abraço.
Pedro.