Somos grãozinhos de areias e, não longe,
grandes pás nos jogam em caminhões para nos levarem a fábricas de vidro sem
nenhum dó, eu, particularmente sou o pontinho menor que se encontra numa praia
ou uma duna deserta ou em solos arenosos. Ao chegarmos à fábrica o sofrimento
começa, nos separam e vamos para a fundição. Meu Deus! Penso. Vão nos derreter
e sentindo um calor insuportável, todos os grãos chegam a desmaiar.
Pronto,
tudo consumado...Nos tornamos lindas taças de vidros para enfeitar as festas,
principalmente as de finais de ano e nos enchem de vinho, outros de
champagne francês, enfim cada um tem o seu gosto.
Algumas
taças, como nós somos de sorte, moramos numa mansão de bordeaux, onde há muitas
mulheres bonitas e homens elegantes, todos perfumados e aos pares em mesas, nos
pegam, nos cheiram, nos beijam para degustarem vagarosamente até o seus
corpos esquentarem, depois nos deixam abandonadas nas mesas e saem para
concretizarem suas paixões, ficamos enciumadas, mas inebriadas pois beijamos
muitos lábios quentes e coloridos.
Bebemos
as ilusões dos noivos nas festas de casamentos, quantas mentiras eles prometem
e, depois de alguns anos bebendo o amor, nos abandonam num cantinho qualquer à
beber o fel da separação. Só não há briga na separação das taças de vidros, mas
nós duas acostumadas a bebermos desse amor, nos estilhaçam no chão
fazendo de nós cacos que serão jogados em
lixões. Foram as nossas mortes.
Mas,
sempre haverá um consolo para os vidros em geral, pois eles não se transformam
só em taças e sim em: copos grandes, pequenos, enfeites suntuosos,
aparelhos domésticos, enfim continuamos com nossa descendência a brilhar o
amor, a festa de final de ano o belo reveillon.
Portanto,
a vida dos vidros não é muito diferente das dos humanos, a única diferença é se
um copo de vidro quebrar, outro no lugar surgirá e não é assim que acontece com
os humanos
Minha simples participação a convite da Cris Henrique: Partindo de um copo de vidro
http://www.oquemeucoracaodiz.blogspot.com.br
Dorli da Silva Ramos
Dorli minha querida.
ResponderExcluirQue texto soberbo! Adorei esse final. Um copo quebrado é passível de reposição. Já um coração... impossível remendar e a troca quase nunca sai perfeita. Você é surpreendente.
Beijinhos da amiga
Gracita
Olá amiga Dorli!
ResponderExcluirEste sim, está perfeito de acordo com o que o exercício no livro pede.
Está excelente! :)
Parabéns, amiga!
O outro conto estava muito bom também, mas para o desafio este é de facto certo.
Gosto de vir aqui ao teu blog. Conhecemo-nos pouco ainda, mas gosto de te ler.
Beijinhos e mais uma vez os meus Parabéns,
Cris Henriques
Abençoada, o seu conto ficou lindo. Bela participação a sua neste desafio.
ResponderExcluirOi Dorli!
ResponderExcluirQue lindo!
PARABÉNS POR TÃO LINDA PARTICIPAÇÃO.
Um grande beijo!
Parabéns Dorli! Este conto também está criativo, relatas o inicio da vida do copo, até ao final. Também as pessoas se quebram, e muitas vezes são rápidamente substituidas, tal como os copos.
ResponderExcluirUm abraço.
http://falandocomosmeusbotoes.blogspot.com
Boa Noite!
ResponderExcluirPassei para conhecer o seu Blog e achei tudo muito interessante. Parabéns!Feliz Ano Novo!
Estou te seguindo. Aguardo a sua visita.
http://professoracleides.blogspot.com.br/
http://cleidespedagoga.blogspot.com.br/
Abraços
Somos fragmentos que formam um todo de sentimentos e reações...beijos amiga e um belo dia pra ti.
ResponderExcluirBelo e verdadeiro conto Dorli ...Lindo viu um beijo Pedro Pugliese
ResponderExcluirinteressante!
ResponderExcluirLindo Dorli !! cada pessoa um copo, uma taça, um cristal, cd um com sua caracteristica, e cd um vivendo em seu mundo que é sempre tão diferente um do outro, amei, parabéns
ResponderExcluirOlá Dorli :)
ResponderExcluirSua participação no desafio proposto pela Cris, foi brilhante.
O texto 'Somos vidros com vidas' é criativo e eu gostei muito.
Parabéns!
Um abraço \o/