A
vida é feita de sonhos, mas como é bom sonhar o colorido das matas, das árvores,
o rio dormindo a nos encantar. No fundo dessa paisagem simples casa com fogão a lenha, o
cheirinho da comida natural é um chamamento para quem está apreciando toda essa
bela natureza. Entramos, a mesa estava pronta e vovó dizia: "vamu gente,
vamu cume" e rapidamente lavávamos as mãos no tanque e atacávamos as
iguarias: batata doce frita, linguiça de porco, salada de verduras todas
misturadas, arroz, feijão e água da mina e como sobremesa, doce se abóbora
feito pela vovó. Que delícia!
"Ajudávamos
a lavar os trens", vovó ia dormir, antes sentava na cama, orava para nosso
vovô que está no céu, eles viveram juntos
durante trinta e oito anos e sempre dizia que as saudades dele eram muitas...
Vovó
não queria morar na cidade, nasceu em meio à natureza e gostava do silêncio da
fazenda assim ouvia o som da chuva, o vento batendo seu rosto e ouvia o
chilrear dos pássaros, fazia seu crochê, ela enxerga mais do que nós e nunca
usou óculos e sempre dizia: no campo se vive mais e com saúde.
Enquanto
ela dormia, nós descalços nos deliciávamos com as belezas naturais, pisávamos
nas poças d'águas e atravessávamos o rio que era raso, dava pra gente ver os
peixinhos nadando felizes.
Vovó
dizia que quando não chovia sentava no banco com sua ajudante e ficavam
contando "causos", só que quando elas viam a lua andar no céu
e as estrelas coloridas piscando, às vezes elas paravam para agradecer a Deus e a toda a natureza,
pois aqui não há poluição e sim o cheiro do mato.
Mais uma história de vida com momentos interessantes partilhados em boa leitura! Bj
ResponderExcluirLinda e doce história num bucólico cenário vivida! beijos, tudo de bom,chica
ResponderExcluirComo escreveu António Gedeão:
ResponderExcluirEles não sabem que o sonho
é uma constante da vida
tão concreta e definida
como outra coisa qualquer,
como esta pedra cinzenta
em que me sento e descanso,
como este ribeiro manso,
em serenos sobressaltos,
como estes pinheiros altos,
que em oiro se agitam,
como estas aves que gritam
em bebedeiras de azul.
Eles não sabem que o sonho
é vinho, é espuma, é fermento,
bichinho alacre e sedento,
de focinho pontiagudo,
que foça através de tudo
num perpétuo movimento.
Eles não sabem que o sonho
é tela, é cor, é pincel,
base, fuste, capitel,
arco em ogiva, vitral,
pináculo de catedral,
contraponto, sinfonia,
máscara graga, magia,
que é retorta de alquimista,
mapa do mundo distante,
rosa dos ventos, Infante,
caravela quinhentista,
que é cabo da Boa Esperança,
ouro, canela, marfim,
florete de espadachim,
bastidor, paço de dança,
Colombina e Arlequim,
passarola voadora,
pára-raios, locomotiva,
barco de proa festiva,
alto-forno, geradora,
cisão de átomo, radar,
ultra-som, televisão,
desembarque em foguetão
na superfície lunar.
Eles não sabem, nem sonham,
que o sonho comanda a vida.
Que sempre que o homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança.
O que seria de nós se não alimentássemos os sonhos?
ResponderExcluirHoje:- Anunciando a Primavera.
Bjos
Votos de uma óptima noite
Gostei de ler
ResponderExcluirBonita historia
Comecei a seguir o blog voltarei mais vezes
Bjs
Kique
Hoje em Caminhos Percorridos - Por favor não deitar as beatas ao chão...
Boa noite de paz interior, querida amigia Dorli!
ResponderExcluirQue belíssimo conto bem bucólico e agradabilíssimo de se ler!
Parabéns por ter uma cabeça tão boa e escrever tão bem tanto em prosa como em verso!
Tenha dias felizes e abençoados!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem
Que linda história amiga Dorli,você consegue nos transportar para esse lugar tão maravilhoso.
ResponderExcluirBjs-Carmen Lúcia.