sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Chuva que molha a terra e meu coração.


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Andando à toa pela estrada da natureza
Uma chuva fina começou a cair no meu ser
Debaixo de uma frondosa  árvore pus-me a pensar
Enquanto via os pingos caírem nas folhas a sorrirem

Bem lá no fundo do meu coração comecei a recordar
O tempo triste que morava no sertão, onde chuva fugia
Adorava minha moradia, um casebre de pau-a- pique
Mas chorava a fome da família, peito dilacerado, saí.

Vim morar pras bandas de cá, onde a chuva é boa
Minha rocinha verdinha, gado pastando e família feliz
Logo que a chuva passar vou seguir até minha roça
Lugar lindo, nascente com águas cristalinas à jorrar

À noite, na varanda, pego meu violão e choro saudade
Saudade do meu sertão e amigos que lá esperam chuva
Cartas mando para lá e amassadas voltam para mim
Amigo, sou sertanejo turrão, mas não deixo meu sertão

postmarisanches_sertão.jpg

Dorli Silva Ramos


2 comentários:

  1. Nada mais belo do que um mundo molhado,,,tudo sereno...pleno,,natureza viva...beijos de bom final de semana.

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  2. Belíssimo, lembrar daquilo que faz e sempre fez bem...

    Cristovam

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